Kings Destroy: Mais maduros, mais coerentes e mais agradáveis
Resenha - Fantasma Nera - Kings Destroy
Por Ricardo Cunha
Postado em 13 de maio de 2019
Nota: 9
Banda do Brooklyn/NY fundada em 2010. O grupo é composto por Carl Porcaro (guitarra), Chris Skowronski (guitarra), Steve Murphy (vocal), Rob Sefcik (bateria) e Aaron Bumpus (baixo). A discografia contém os seguintes registros: Old Yeller (EP,2010), And the Rest Will Surely Perish (2010), A time Of Hunting (2013), Kings Destroy (2015), None More (EP, 2017) e Fantasma Nera (2019), do qual falaremos agora.
"Fantasma" foi produzido pelo canadense David Bottrill que, entre outros, trabalhou com estrelas do progressive rock como King Crimson (Thrak), Tool (Ænima, Salival e Lateralus) e Dream Theater (Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory), entre outros. Com 10 faixas e 43 minutos, Fantasma Nera é um disco completo em todos os sentidos. Se comparado com alguns dos trabalhos anteriores, aqui, o quinteto nova-iorquino parece ter reorientado seu foco para melodia e para a precisão e isto deu à banda, mais capacidade de comover o ouvinte. E, com uma produção eficiente, os caras conseguiram aumentar o impacto de suas canções como é possível perceber em momentos como Fantasma Nera, Dead Before ou Yonkers Ceiling Collapse, capazes de despertar sentimentos que vão da euforia à reflexão. Dependendo do estado de espírito de cada um. Do meu ponto de vista, esse é, no geral, o trabalho mais polido, pesado e mais rock ‘n’ roll da banda, que parece ter iniciando o seu processo de maturidade aqui e, logicamente, isto se reflete na postura da banda como um todo, que agora, adota pontos de vistas mais maduros, mais coerentes e mais agradáveis, do ponto de vista musical.
Para concluir, podemos dizer que, pode ser apenas uma impressão ou uma viagem da parte deste que vos escreve, mas parece que em "Fantasma", a banda acabou antecipando algum futuro de sua própria evolução. Num cenário em que o futuro de toda a música se apresenta como algo incerto e perigoso, os caras ousaram fazer um álbum sóbrio num lugar onde tocar hardcore excessivamente agressivo é Lei. Não temos como prever se terão êxito, mas a teoria da evolução prova que NÃO foram os indivíduos mais fortes que suportaram mais dificuldades, mas sim, aqueles com mais inteligência e maior capacidade de adaptação.
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