Rotten Filthy: a fé, espiritualidade e os cultos aos orixás
Resenha - Hierophant - Rotten Filthy
Por Vitor Franceschini
Postado em 08 de abril de 2019
Nota: 8
Foram três anos de espera, desde o excelente trabalho "Inhuman Sovereign", lançado em 2015 e que, como debut, abriu o caminho do Rotten Filthy no cenário nacional. O disco, que já mostrava a versatilidade da banda, possibilitou que tocassem em seu estado (Rio Grande do Sul), São Paulo e Rio de Janeiro, além de repercutir musicalmente bem.
"The Hierophant" conta com a estreia do vocalista James Pugens em estúdio e, acima de tudo, mantém as características da banda que é focada no Thrash/Death Metal. Porém, é nítido o objetivo do quarteto em expandir sua música, e o que encontramos no novo disco é ainda mais versátil.
A variação está praticamente em tudo, desde os riffs intrincados, passando pelas linhas duras e complexas de baixo, além de uma bateria que procura explorar ao máximo o possível o seu espaço. Isso gera uma música pesada, quebrada e com viradas insanas. O novo vocal acompanha essa versatilidade, ora gritando com êxito, ora pendendo para o gutural, mas principalmente colocando bastante sentimento nas músicas.
Os temas de "The Hierophant" abordam a fé, espiritualidade e os cultos aos orixás, e mesmo diante do peso das composições, a banda consegue transmitir emoção em sua sonoridade, que inclusive é complexa. Mas não pense que as composições soam cansativas, pois são objetivas acima de tudo.
A produção de Bollet (Hecatombe) deixou a sonoridade mais aguda, dando um ar ainda mais abrangente ao Metal do Rotten Filthy, mas poderia ter deixado o timbre da guitarra mais sujo, para dar mais peso, porém é uma visão individual. No mais, ouça composições como Freezing Desolation, Monarchy of Bliss, Into a Sacred Rite e Tyet, seja feliz.
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