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Maestrick: novo álbum coloca a banda na rota do metal mundial

Resenha - Espresso Della Vita; Solare - Maestrick

Por Júlio Verdi
Postado em 30 de julho de 2018

Quando nos referimos ao assunto rock and roll (e sua família de subestilos), é muito comum se ouvir que "o rock está estagnado", ou "hoje apenas se copiam coisas do passado, nada se cria". Em muitas situações isso se aplica sem dúvida. Mas não se pode afirmar que não seja criado algo de interessante e de supremo valor artístico, advindo de músicos que ainda hoje atuam na criação autoral do rock.

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O que vamos abordar a seguir é apenas mais uma prova cabal disso.
Quando lançou, em 2011, seu primeiro álbum, "Unpuzzle!", a banda paulista Maestrick não só cravou um dos melhores discos de estreia de uma banda nacional, como surpreendeu crítica e público com uma coleção de ótimas e bem produzidas canções, cuja maior referência se estabelecia no prog-metal. Após o álbum ser também lançado na Europa, EUA e Ásia, a banda fez diversos shows no Brasil e até no Chile. Em 2013, em meio ao processo de composição do que viria a se tornar o sucessor de "Unpuzzle!", a banda soltou o EP "The Trick Side Of Some Songs", com versões de artistas que foram algumas de suas influências confessas, como Queen, Dio, Jethro Tull, Floyd, Beatles e outros.

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Em 2018, o grupo anunciou o fechamento de contrato com a gravadora japonesa Marquee/Avalon, uma das grandes gravadora mundiais, para distribuir seu novo álbum "Espresso Della Vita - Solare" no mundo todo. No Brasil o disco saiu em 28 de junho de 2018, após uma noite de lançamento no evento do Central Panelaço, em São Paulo/SP, que contou com a presença de músicos como João Gordo (RDP). O disco, que saiu anteriormente no Japão, recebeu a nota 86/100, da revista japonesa Burrn!.

Não há como destacar a atuação diferenciada de um ou outro músico, visto que todos mostraram evolução técnica ao longo dos últimos anos. O que mais sente-se no entanto é a amadurecida capacidade de composição deles. A bateria é precisa em andamentos e viradas e um baixo técnico sempre na cara, junto a levadas de muito bom gosto de teclados e vocais carregados com a dose certa de dramaticidade.

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O que o Maestrick apresenta então em "Solare"? Se tivesse uma expressão que pudesse resumir o trabalho esta seria "diversidade criativa". Mas é muito pouco para definir o que Fábio Caldeira (vocal/teclado), Heitor Matos (bateria) e Renato Montanha (baixo) conseguiram registrar no álbum. Isto porque estamos diante de uma dos mais criativos, inteligentes, interessantes e cativantes discos que uma banda de heavy metal já lançou no Brasil. E vou mais além, não é fácil lembrar de uma banda em todo o globo que tenha feito recentemente um trabalho com tão intensa densidade artística.

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O trio que capitaneia a banda, se juntou ao renomado produtor brasileiro Adair Daufembach (Project46, John Wayne, Hangar), que foi o responsável por registrar também as guitarras do disco, que se mostram por demais surpreendentes. Recentemente o tecladista Neemias Teixeira ingressou na banda. Se o primeiro álbum já trazia muita variação ainda que bem calcado nos trilhos do prog-metal, "Solare" foi mais além e conta com um oceano de variações e arranjos, costurados por diversas linha de instrumentações (viola caipira, violoncelo, flauta, violino, ukulele, etc), mas ainda assim conseguiu se mostrar mais direto e objetivo.

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Nele vemos elementos de metal clássico, melódico, jazzisticos, influência de rock clássico e muita world music. Após "Origami" abrir o disco, com a nítida intenção de mesclar muitos momentos melódicos que se seguem posteriormente no disco, nossa viagem no espresso segue com "I a.m. Living", que vem com um metal direto e grudento, com um forte refrão (artifício sabiamente utilizados em outras músicas). O que se percebe no disco é que bateria, baixo e teclado ditam o formato das composições, ainda que as guitarras trazem o elo de ligação entre os 3 elementos, soando também bem diversificada, em solos e riffs. "Rooster Race" segue a linha mais direta da segunda faixa, mostrando muitos elementos de brasilidade ao longo de sua execução.

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Em "Daily View" a direção do teclado remete a influências do Queen, e tem levada com a suavidade vocal e seus backings. "Waters Birds" caminha nessa direção de variação constante, apresentando uma levada orquestral, um belo trabalho de criação de guitarra, que se reveza com a força das vozes. "Keep Trying" enxerta momentos de hard rock e AOR na obra, se mostrando direta e onde as vozes tem uma força dramática, ancorada pelos backings.

Em "The Seed" um coral de dezenas de vozes introduz mais um tema que mistura peso, velocidade e vocais fortes. Chegamos em "Far West". O tema é conduzido pelo baixo, que abre os primeiros movimentos. A música tem seu tempo de velocidade, e clima conduzido por voz e guitarra que nos transporta sim para um clima western, como propõem o titulo e a letra da música.

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A seguir o espresso aporta na estação de "Across the River", que poderia ser classificada como a mais radiofônica do disco. O início com cordas dedilhadas e vocal suave e dobrado, com aura de blues, dá espaço minutos depois à pegada pesada, com belas intervenções melódicas da guitarra. E eis que chega "Penitência", a única faixa em português do disco. E acredito que ela seja a passagem mais polêmica do álbum. Começa uma levada com influências de músicas nacionais em sua cadência rítmica (incluindo as percussões) e referências a personagens do folclore e história do Brasil. Mas ao contrário por exemplo de "Ratamahatta", do Sepultura, mais uma vez ela ganha contornos variados por conta da força das vozes, de Fábio bem como das cantoras principais dos backings, Danielle e Carol, além de outras participações.

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Cada um terá suas preferências no disco, obviamente. Pra mim, as duas faixas que fecham a obra se encontram com essa condição. "Hijos de la Terra" inicia-se com a intenção dessa interação entre a world music e o heavy metal. Uma música poderosa, onde os elementos se entrosam de maneira simétrica. Bateria perfeita, elementos sonoros andinos e a inclusão precisa da cantora chilena Cinthia Santibañes, fazendo os refrães cantados em castelhano. Tem-se. a sensação que essa faixa será bem aclamada internacionalmente, muito por conta da dramaticidade envolvida.

E por fim, a viagem acaba em "Trainsitions", um trocadilho com o conceito do álbum e a transição que deverá ser encontrada na segunda parte do "Espresso Della Vita", álbum que será lançado nos próximos anos, trazendo a continuação do conceito de "Solare". Esta última faixa é uma suíte, dona muito bom gosto em sua melodia e um refrão daqueles que a gente fica cantarolando por dias.

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Isto é apenas uma síntese de cada música, mas elas tem muitos mais detalhes, que a cada audição nos são revelados. A inserção de dezenas de elementos musicais se mostram corajosa, sem ser pretensiosa ou forçada. O álbum conta com a presença de diversos músicos convidados, como Fernando Freitas (percussão), Maurício Lopes (backings/vozes), Kevin Miura, Rosecler Caldeira, Bárbara Silva (vozes), dentre várias outras pessoas que participaram dos corais.

Em "Solare", o Maestrick foi ousado, se desafiou, foi ambicioso e conseguiu emplacar um álbum que será evidentemente muito elogiado mundo afora. Gravaram um majestoso álbum, assinaram com uma major e começar sua primeira tour internacional. Todos elementos que devem fazer com que o nível de sua carreira musical seja elevado a patamares muito maiores.

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Uma conversa com Fábio e Montanha

Ready to Rock - Como é a sensação, após longos anos de ver finalmente "Espresso della Vita - Solare" ser lançado?

Renato Montanha: É a mesma sensação de ver um filho nascer, nos proporcionando uma alegria gigantesca de poder mostrar ao mundo o nosso modo de expressar nossos pensamentos e sentimentos com música. É uma das coisas mais gratificantes do mundo.

Fábio Caldeira: Sinceramente, a minha ficha ainda não caiu. Porque a gente passa tanto tempo compondo, produzindo, depois gravando, aí decidindo as artes... "de repente" chega o lançamento e você assusta. Mas o sentimento em comum aqui é a gratidão. Por mais uma vez, termos tido condições de fazer o nosso melhor em cada detalhe desse novo disco.

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RR - Vocês conseguiram um disco rico em composição, carregados de diversos elementos e variações, mas ao mesmo tempo direto e objetivo. Como isso aconteceu?

Montanha: Nós passamos anos compondo, testando e tentando chegar a um resultado final honesto fazendo diversos ensaios e pré-produções, para mostrar a historia do "Solare". Fizemos muitos testes e audições de todas as músicas para tudo "estar nos trilhos" para todos poderem entrar na primeira estação conosco e seguir viagem.

Fábio: Tudo foi de forma natural. E digo isso porque nós não estamos preocupados em sermos ninguém nem nada além de nós mesmos. A gente quer apenas pintar a nossa vizinhança, a nossa terra, as experiências que nós e as pessoas próximas a nós tiveram e tem. A música é uma consequência disso, eu penso, e aí quando um conceito de música aparece, nós procuramos ao máximo, deixa-la o mais visual possível, e isso faz com que tenhamos muito zelo, porque tudo que tem que dialogar.

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RR - Que peso teve a participação de Adair na produção para fazer com que tanta complexidade gerasse um disco de tão alto nível?

:Fábio: Olha, foi como se ele fosse parte da banda desde a primeira conversa que tivemos. Pessoalmente, ele se identifica muito com a abordagem artística do Maestrick, então foi fácil ele se integrar e aí colocar todo o seu conhecimento em prática.

Montanha: O Adair teve um grande peso pois além de gravar as guitarras ele tinha que fazer tudo soar no seu devido lugar (e nós usamos muitos instrumentos). Nós usamos várias camadas de arranjos, como se fosse um bolo mesmo, e é muito complexo fazer tudo soar quando temos varias frequências sendo disputadas e o Adair fez isso com maestria.

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RR - Se "Unpuzzle!" já dava sinais que estávamos diante de um disco excepcional de estreia, "Solare" foi mais além. Mostrou um amadurecimento impressionante em termos de criação. Como vocês, de dentro da banda enxergam isso?

Montanha: Vejo isso como uma evolução de um trabalho árduo que estamos fazendo, nós sempre fomos abertos a escutar novas sonoridades e ouvir feedback das pessoas para melhorar a nossa forma de passar o que sentimos em música. Pode-se dizer que sempre estamos fazendo uma reciclagem de ideias.

Fábio: Muito obrigado mesmo por pensar isso. A verdade é que somos um bando de curiosos. Gostamos muito de estudar, de pesquisar, cada um dentro da vertente artística e musical que mais lhe interessa. Isso por si só, eu creio, já contribui para um movimento de amadurecimento, que por sua vez, traz uma maior percepção de quem somos, do que realmente queremos e do que precisamos para alcançar isso.

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RR - Em "Solare" vemos momentos orquestrais, diversidade musical universal, elementos musicais brasileiros, e ainda assim traz a cara do metal da banda. Imagino que tenha sido por demais trabalhoso encaixar tudo isso ao longo das músicas?

Montanha: Nós sempre trabalhamos com vários estilos para manter as personalidades variadas dos integrantes da banda e não é a coisa mais fácil do mundo de se fazer, mas sempre buscamos ter um pé no rock e mostrar que a música é universal e pode-se ter mesclas interessantes.

Fábio: Nós temos muitas coisas em comum, mas acho que a chave está nas coisas que não temos em comum, porque isso faz com que tenhamos que nos adaptar e buscar uma reinvenção constante. E sobre ser trabalhoso, eu olho pelo lado de que é necessário, então se é a estrada que temos que percorrer para fazer o que gostamos da melhor forma possível, que seja.

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RR - Qual a sensação de ter conseguido um contrato com major japonesa Marquee/Avalon?

Fábio: Primeiramente, de gratidão imensa. É um grande sonho realizado, uma grande honra e uma grande responsabilidade, pois temos que continuar seguindo com os valores que temos, com muito respeito e amor.

Montanha: Foi uma explosão mental, sempre sonhei em entrar no mercado asiático e antes de lançar o disco conseguir uma gravadora do calibre da Marquee/Avalon foi algo que até hoje estou digerindo.

RR - O álbum foi lançado no mundo todo. O que esperar que esse fato eleve a carreira da banda para um nível maior de reconhecimento?

Montanha: Eu acredito que o importante é que o mundo tenha a possibilidade de escutar nosso material para que possamos ir pessoalmente mostrar o que temos a oferecer em performance.

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Fábio: Nós estamos atentos para o que vier, mas o principal é mantermos o foco e seguirmos um passo de cada vez. Assim o próximo degrau, seja lá qual for, será natural e uma simples consequência.

RR - Em outubro estão programados 15 shows na Rússia, Suíça, Itália, Alemanha. Qual a expectativa?

Fábio: Vai ser sensacional! Estamos muito felizes e ansiosos. Será uma experiência incrível e pretendemos fazer um documentário de toda a tour pra lançarmos posteriormente.

Montanha: As melhores possíveis, estou com um frio na barriga por ser a primeira tour europeia mas vamos levar o nosso melhor e vamos abrir nossos corações no palco para que o público assista nosso show com a honestidade que passamos nas músicas.

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RR - Como se dará a escolha do repertório em relação às novas músicas, uma vez que não será possível reproduzir ao vivo em muitas delas todos os elementos gravados?

Montanha: No show de estreia tocaremos o "Solare" na íntegra e colocaremos algumas musicas que sabemos que o público gosta de ver ao vivo do "Unpuzzle".

Fábio: Mesmo que as músicas tenham muitos elementos, se você tirar tudo e deixar só guitarra, baixo, bateria, teclado e uma voz, elas vão funcionar também. É uma preocupação que temos quando estamos compondo. Além disso, nós tocamos com o metrônomo o show inteiro, então todos os elementos das músicas estarão lá. Não deixaremos de tocar nada, mas elementos como sonoplastias, e algumas percussões e coros, como o de 32 vozes da "The Seed", vão para o "VS", como é feito normalmente em grandes shows.

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RR - Depois do disco sair no Brasil, como tem sido a recepção dos brasileiros que tiveram contato com o disco?

Fábio: Está sendo sensacional! A galera está abrindo o coração para o disco e tendo, cada um da sua forma, uma experiência. Essa foi nossa intenção desde o começo. Isso estreita nossa relação com o público, afinal, o que é de um trem, sem seus passageiros?

Montanha: Foi maravilhosa, várias pessoas comentam de aspectos que gostaram do disco físico, de algum detalhe no encarte e isso é muito empolgante para mim.

RR - Uma pergunta que tenho que fazer. A música da banda está cada vez mais rica e variada. A linha de frente do Maestrick, ao longo dos últimos anos, tem sido Fábio, Heitor e Montanha. Como uma banda de heavy metal (que tem a marca progressiva como referência) não possui um guitarrista fixo?

Montanha: Por enquanto não encontramos o guitarrista fixo mas faremos mais audições para selecionar um guitarrista em breve e temos o Neemias Teixeira nos teclados como membro fixo da banda.

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Fábio: Muitas pessoas acham que ter uma banda é só conseguir tocar as músicas, ir em ensaios e fazer shows. Mas, isso é apenas, e repito, apenas, uma pequena parte de todo o trabalho. Encontrar pessoas que estão dispostas a entender isso e a trabalhar com o afinco, profissionalismo e responsabilidade não é fácil. Com muita alegria seremos daqui pra frente, quatro na linha de frente, como o Montanha disse. Mas estamos fazendo ensaios com guitarristas desde o ano passado, então no momento oportuno, encontraremos alguém, como encontramos o Neme (Neemias Teixeira). E para os shows que já temos, contaremos com um convidado, o guitarrista Vitor Mancini, de Ribeirão Preto.

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RR - Tenho a sensação de que todos na banda participam do processo de composição das músicas? Como se dá isso?

Fábio: Sim, todos participam. Nós somos quatro pessoas que convergem para o mesmo lugar. Mesmo que a mesma pessoa traga 10 ideias, todos darão opinião sobre ela. E de alguma forma, nós sabemos muito bem onde cada um se sente mais à vontade. Seja criando um riff, um groove, uma melodia, variação harmônica, nós confiamos uns nos outros e sempre fazemos o que é melhor pra música.

Montanha: Todos temos voz livre para mostrar ideias e trabalhar nelas. Quando um traz uma ideia nós a tratamos com respeito e tentamos fazer algo com ela, todos dão sugestões para transformar esta ideia em algo que se torne uma música, as vezes a ideia de bateria se torna um riff de guitarra por isso que todos participam das composições.

RR - A previsão é que a carreira da banda tenha altos voos daqui pra frente. Como será para os músicos, mantendo residência em São José do Rio Preto? Há planos para uma mudança residencial geográfica?

Montanha: Não há previsão para nos mudarmos, hoje em dia conseguimos nos locomover e trabalhar sem ter que morar em um grande polo como São Paulo e Rio Preto é a nossa cidade de coração.
Fábio: Muito tranquilo. Tudo o que estamos fazendo e faremos, sempre acontece depois de muito planejamento. Então, não importa se teremos que ficar um mês ou mais fora, seja onde for e por qual razão. Iremos, mas voltaremos pra casa. Eu acho que ter um lugar pra voltar que você ama, é uma das coisas que tornam as viagens especiais.

RR - Fique à vontade para finalizar com a informação que desejar.

Fábio: Muito obrigado por ouvir o disco, por fazer essas perguntas, pela intenção de nos ajudar, por ceder o espaço e pela amizade. Eu desejo, de coração, que a viagem de todos nessa vida seja de muitas lições, de respeito ao próximo e de belas experiências, porque isso é toda a bagagem que a gente leva, quando chega nossa hora de descer. Um forte abraço!

Montanha: Eu quero agradecer imensamente a possibilidade de responder esta entrevista, fico muito honrado de poder falar sobre a banda e o "Solare" e de comunicar o show de estreia da Maestrick dia 29 de julho as 20h no Vila Dionísio-RP, lá teremos uma loja com produtos a venda e esperamos todos amigos e fãs. Valeu.

Contatos:

https://www.facebook.com/maestrick/

"Espresso Della Vita: Solare" no Spotify:

https://spoti.fi/2KQ9hXw

A versão física em digipack está à venda na Die Hard Records.


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Sobre Júlio Verdi

Júlio Verdi, 45 anos, consome rock desde 1981. Já manteve coluna de rock em jornal até 1996, com diversas entrevistas e resenhas. Mantém blogs sobre rock (Ready to Rock e Rock Opinion) e colabora com alguns sites. Em 2013 lançou o livro ¨A HISTÓRIA DO ROCK DE RIO PRETO¨, capa dura, 856 páginas, trazendo 50 de história do estilo na cidade de São José do Rio Preto/SP, com centenas de fotos, mais de 250 bandas, estúdios, bares, lojas, festivais e muitos outros eventos. Curte rock de todas as tendências, em especial heavy metal e thrash metal.
Mais matérias de Júlio Verdi.

 
 
 
 

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