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Resenha - It's Naz - Nazareth

Por Ivison Poleto dos Santos
Postado em 22 de novembro de 2017

Após um tempo pensando percebi que ainda não havia publicado a resenha que escrevi tempos atrás sobre o "It's Naz" do Nazareth. Acho que é porque coloquei o álbum na matéria sobre melhores álbuns ao vivo e achei que bastasse. Na verdade não basta! O Nazareth é uma banda que merece mais divulgação pela excelência de seus trabalhos nos anos 1970 quando ajudou a moldar esse estilo que adoramos: o Heavy Metal. Sim, o Nazareth, concordando vocês ou não, é um dos pioneiros do nosso amado estilo. E este álbum é, para mim, o ápice musical da banda.

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Na minha opinião, além do peso contido em músico em músicas como "Hair of the Dog" e "Razamanaz", a voz de Dan McCafferty é o grande chamariz da banda, pois ele consegue ao mesmo tempo unir uma vocal agressiva, rasgada e ao mesmo tempo melódica! Quase impossível não? Pois é, mas ele conseguiu e ao vivo. Aliás, Axel Rose e outros, embora não reconheçam devem muito ao rapaz. Voz única que sumiu dos meios metálicos e roqueiros. Hoje só há dois tipos de vozes: os melódicos e os guturais. Nada contra, mas eu gosto da variedade que existia.

O Nazareth foi uma bela banda que conseguiu um bom reconhecimento nos anos 1970, mas que foi caindo com o tempo, infelizmente. Tudo isso graças a uma música: Love Hurts que os catapultou para o sucesso e ao mesmo tempo para o ostracismo. Paradoxal? Eu explico. Vou explicar dando um exemplo conhecido. O vocalista do Kiss quando ouviu Beth pela primeira não aceitou colocá-la no álbum, pois achava que iria macular a fama de maus garotos da banda. Cedeu após ver que os caraminguás começaram a cair na sua conta. Ou seja, as baladas eram a receita para vender, porém ao mesmo tempo fazia com que os fãs mais radicais torcessem o nariz para a banda. E somente o tempo para mostrar quem estava certo. Foi o que aconteceu com o Nazareth. Era uma banda que tínhamos vergonha de dizer que gostávamos dela mesmo com petardos como Razamazz e Hair of the Dog, figuras fáceis nas rádios rock. Para piorar os rapazes eram excelentes baladeiros, embora neste álbum estejam gravadas somente a dita e Heart’s Grown Cold, excelente por sinal. O Nazareth possui várias outras, porém esta foi sua praga. Ninguém queria ser identificado com uma banda que gravava várias "mela cueca"...

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Mas voltando ao álbum. Hum, eu já disse que é fantástico? Não, usei excelente. Antes de tudo, porém tenho que contar como o conheci. Na verdade eu só ouvi o álbum inteiro um bom tempo depois. Explico. Eu o ouvi pela primeira uma fita cassete de um amigo que já tinha selecionado as faixas que gostava mais. Era o que fazíamos. Pegávamos um álbum emprestado e gravávamos as faixas que mais tínhamos gostado, afinal as fitas cassetes também não eram baratas e queríamos fazer aquela seleção! Coisas que ainda se faz, porém em outros formatos. Então, eu ouvi apenas umas músicas. Mas foram suficientes! Amei o álbum! Logo depois o comprei em vinil! E um tempo depois em cd. Só não tenho em MP3 ainda não sei porque.

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Mas como nem tudo neste mundo maledeto é perfeito o álbum tem um defeito gravíssimo! E este defeito é oriundo da que eu considero a pior versão realizada de uma música de outro artista. Não sei porque raios eles resolveram gravar uma versão de Cocaine do Eric Clapton. Bom, você estar pensando "Mas que raios! Cocaine é maravilhosa!". Sim é. O problema é o seguinte, uma banda quando decide gravar uma versão tem duas opções, ou grava respeitando a original e a toca da mesma forma ficando apenas como uma versão da sua banda ou a transforma radicalmente. É nesta segunda roubada que caiu o Nazareth. É uma opção arriscada que pode dar certo. A versão de Knocking On Heaven’s Door do Guns’n’Roses é muito boa; "With a Little Help Of My Friends" com Joe Cocker ouso dizer que é melhor que a dos Beatles, mas o Nazareth quebrou a cara. Para piorar resolveram gravá-la como reggae, ou seja, totalmente fora da praia deles. Não podia dar outra coisa: DESASTRE! Interessante que no mesmo álbum há uma versão absolutamente correta de "Tush" do ZZ Top, uma outra música que já foi exaustivamente gravada.

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Enfim, é um álbum memorável para quem gosta de rock dos anos 1970 daquele tipo que não se faz mais.

Como disse no início, o Nazareth é uma banda que precisa ser revivida e redescoberta "for those about to rock".

Disco 1
1. "Telegram: On Your Way/So You Want to Be a Rock 'n' Roll Star/Sound Check"
2. "Razamanaz"
3. "I Want to (Do Everything for You)"
4. "This Flight Tonight"
5. "Beggars Day"
6. "Every Young Man's Dream"
7. "Heart's Grown Cold"
8. "Java Blues"
9. "Cocaine"
10. "Big Boy"

Disco 2
1. "Holiday"
2. "Dressed to Kill"
3. "Hair Of The Dog"
4. "Expect No Mercy"
5. "Shapes of Things"
6. "Let Me Be Your Leader"
7. "Love Hurts"
8. "Tush"
9. "Juicy Lucy (Studio Track)"
10. "Morning Dew (1981 Studio Version)"

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Sobre Ivison Poleto dos Santos

Veterano das guerras metálicas. Pesquisador, escritor, resenhista, músico frustrado (por isso tudo o anterior). Ao contrário da opinião comum, acho que o melhor do Metal ainda está por vir e que existem grandes bandas novas por aí. Só procurar. No meu caso elas vêm até mim.
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