Gotthard: "Silver" não empolga, mas mostra alguma evolução
Resenha - Silver - Gotthard
Por Igor Miranda
Postado em 25 de janeiro de 2017
Nota: 6 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Não é fácil para uma banda como o Gotthard chegar ao seu 25° aniversário. O grupo surgiu na Suíça, terra de pouca tradição no rock, e alçou-se à fama com um segmento que remete muito mais aos Estados Unidos: o hard rock. Para dificultar ainda mais este caminho, o vocalista Steve Lee morreu em 2010 e o grupo decidiu seguir com Nic Maeder em seu lugar.
O título de "Silver" remete a esses difíceis, porém gloriosos 25 anos vivenciados pelo Gotthard. As "bodas de prata" do grupo são celebradas em seu 12° disco de estúdio.
Considerando o tom celebrativo de "Silver", o Gotthard preferiu fazer menos experimentos ao longo do álbum. É um disco mais hard rock, apesar de dispor de flertes mais específicos ao pop rock. Ainda assim, há alguns momentos diferentes do convencional, como a leve "Beautiful" e a groovy "Miss Me".
O uso de instrumentos orquestrados e os teclados ocasionais são os principais diferenciais de "Silver" com relação aos antecessores. São elementos que já apareceram em outros discos, mas, aqui, surtem um efeito melhor.
Contudo, "Silver" apresenta os mesmos problemas de seus dois antecessores diretos. E alguns deles estão ligados à produção. Parece que Leo Leoni fez curso com John Shanks, produtor dos álbuns mais recentes do Bon Jovi, e desaprendeu como usar a distorção em sua guitarra.
Nas músicas mais agitadas, ouve-se muito pouco a guitarra - e o resquício do que se escuta, não traz sustentação. Quando aparecem, os teclados soam mais consistentes que as seis cordas. Tal punch só surge em "My Oh My", penúltima faixa da tracklist. Músicas como "Electrified" e "Tequila Symphony No. 5" poderiam ser bem melhores se os guitarristas aparecessem mais.
Outro ponto a se destacar - de forma parcialmente negativa - é o contestado vocalista Nic Maeder. As composições nem sempre ajudam, mas ele ainda precisa se encontrar. Por vezes, tenta emular Steve Lee, mas sem maestria. Quando envereda por caminhos mais autorais em sua voz, especialmente nas baladas, se sai bem. Já os "rocks" soam sem identidade.
Positivamente, há de se destacar que "Silver" tem um repertório um pouco melhor que "Bang!", antecessor e um dos álbuns mais fracos do Gotthard. Ainda não é o suficiente para salvar o disco de uma avaliação mediana, mas é um começo.
Steve Lee faz falta, tanto por sua voz única quanto pelo entrosamento autoral ao lado de Leo Leoni. Entretanto, a banda precisa seguir em frente, já que optou por isto. Aqui, os músicos parecem, enfim, terem entendido isto. Só falta tratar Nic Maeder como alguém que não seja apenas um cover de Lee.
Nota 6
Nic Maeder (vocal)
Leo Leoni (guitarra)
Freddy Scherer (guitarra)
Marc Lynn (baixo)
Hena Habegger (bateria)
01. Silver River
02. Electrified
03. Stay With Me
04. Beautiful
05. Everything Inside
06. Reason for This
07. Not Fooling Anyone
08. Miss Me
09. Tequila Symphony No.5
10. Why
11. Only Love is Real
12. My Oh My
13. Blame on Me
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro tecladista estrela do rock nacional: "A Gloria Pires ficou encantada"
Axl Rose ouviu pedido de faixa "esquecida" no show de Floripa e contou história no microfone
A banda desconhecida que influenciou o metal moderno e só lançou dois discos
A melhor música dos Beatles, segundo o Ultimate Classic Rock
"Um cantor muito bom"; o vocalista grunge que James Hetfield queria emular
Nicko McBrain revela se vai tocar bateria no próximo álbum do Iron Maiden
Documentário de Paul McCartney, "Man on the Run" estreia no streaming em breve
Slash quebra silêncio sobre surto de Axl Rose em Buenos Aires e defende baterista
Regis Tadeu explica por que não vai ao show do AC/DC no Brasil: "Eu estou fora"
O convite era só para Slash e Duff, mas virou uma homenagem do Guns N' Roses ao Sabbath e Ozzy
Janela de transferências do metal: A epopeia do Trivium em busca de um novo baterista
Organização confirma data do Monsters of Rock Brasil 2026
O que realmente fez Bill Ward sair do Black Sabbath após "Heaven & Hell", segundo Dio
Os 11 melhores discos de rock progressivo dos anos 1970, segundo a Loudwire
Krisiun celebra o aniversário do clássico "Apocalyptic Revelation", gravado em apenas uma semana
A paródia de letra do Capital Inicial que Biquini Cavadão criou para declarar sua inveja
Corey Taylor revela os discos que levaria para uma ilha deserta (e só um é de metal)
Refrãos: alguns dos mais marcantes do Rock/Metal

Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto
"Hollywood Vampires", o clássico esquecido, mas indispensável, do L.A. Guns
"Hall Of Gods" celebra os deuses da música em um álbum épico e inovador
Nirvana - 32 anos de "In Utero"
Perfect Plan - "Heart Of a Lion" é a força do AOR em sua melhor forma
Pink Floyd: O álbum que revolucionou a música ocidental



