Symmetrya: Eternal Search é um disco para ouvidos atentos
Resenha - Eternal Search - Symmetrya
Por Samuel Coutinho
Postado em 25 de julho de 2016
Nota: 9
Sempre é bom você ir na sua prateleira e pegar aquele disco de alguns anos atrás e relembrar velhos hits. Músicas que você nem se lembra mais, mas que, com certeza, uma só audição te fará voltar no tempo e lembrar das letras, acordes, solos e tudo o que te fez ficar de queixo caído naquela época. Há quase 10 anos atrás, em 2007, a banda catarinense SYMMETRYA estava lançando seu primeiro álbum completo "Eternal Search". Disco muito bem feito e que alimentou ainda mais o metal nacional. Um álbum mais voltado para o power-metal com músicas mais rápidas e precisas. Como conheci a banda a um par de anos atrás, não tive a oportunidade de comentar sobre o disco de estréia dos caras. "Eternal Search" é uma boa pedida para quem aprecia power-metal nacional. Mesmo tendo recebido um exemplar do álbum recentemente, confesso que já ouvi o álbum várias e várias vezes, graças a um irmão...que me indicou a banda.
Ouvi a banda pela primeira vez quando assisti ao video clipe de "Learn To Live", fiquei muito interessado no sons dos caras e corri atrás do disco, para ouvi-lo por completo. Já de começo temos a tradicional faixa de introdução, usadas pela maioria das bandas de power-metal. "Ascension" dá um ar de que tudo vai explodir nos próximos minutos. Quando entra a primeira canção "Learn To Live", eu estava certo, energia pura. O poder dessa música e o peso dela é algo sensacional, as partes progressivas me convenceram mais uma vez de que o disco valia mesmo a pena ouvir. A banda ainda contava com o guitarrista Ney Soteiro, músico virtuoso e que ajudou a banda a ter solos mais encorpados e técnicos. Vocal indiscutivelmente agressivo e que te deixa confortável pra continuar ouvindo o disco. A próxima música, a faixa título "Eterch Search" faz jus ao nome do disco. Sem dúvida uma das melhores do álbum, dobradinha entre guitarra e teclado, cedidos pelos músicos convidados Deny Bonfante e Juliano Scharf, respectivamente. Bonfante co-produziu, mixou a masterizou o disco.
Continuando com a força vista no início do álbum, "Lost" chega pra continuar quebrando tudo. O baterista Marcos Vinicius "Nana" se encarrega de retribuir com um ótimo groove de pedais, fazendo a música ganhar ainda mais peso. As melodias de teclado são trabalhadas uniformemente com as linhas vocais de Jurandir Junior. Solo de guitarra com leaks bem colocados, sem deixar de mencionar os riffs que a essa altura já tinham me feito balançar muito a cabeça. Seguindo, temos a 5ª faixa, "Dead Zone", mais harmoniosa e sem deixar esmorecer os riffs que as vezes são cadenciados por um bonito dedilhado. O vocal agradável de Jurandir conduz a música de boa forma controlada, melódico e agressivo por igual. A faixa "Symmetry", antigo nome da banda, usado em 2003, é emocionante, me fez esquecer que já estava na metade do disco. Vou ser sincero, ainda torço pela volta de Ney nas guitarras, sem desmerecer o competente trabalho de Alexandre Lamim (ex-baixista do grupo), que assumiu a guitarra no álbum mais recente.
Prosseguindo. "Misbilief", puro power-metal com um refrão pegajoso, aliado ao ótimo desempenho de Jurandir Júnior na sua função com uma ajudinha adicional nos vocais de Ronaldo Simolla, que também produziu o álbum. Após uma forte dose de peso e velocidade, diminui-se um pouco o ritmo ao entrar a "In The Mouth Of Madness" com uma bela introdução da banda logo dando espaço para voz e piano, acalmando um pouco a pegada. Por ser uma música mais calma, é a mais longa do disco, 7m:30s, mas vale cada segundo e a música possui um mensagem forte para refletir. A faixa seguinte "Wings Of Tragedy" é outra que possui um refrão fácil de decorar para quem ouve na primeira vez. A música possui um andamento mais equilibrado, sem muita velocidade. Solo de guitarra chamando a atenção mais uma vez, e vou te falar.....esse álbum sobrou guitarra. Ney Soteiro acrescentou muito à banda, riffs precisos, solos virtuosos e composições.
Um exemplo citado na última frase pode ser conferido na faixa derradeira, "Inner Force". Um riff de guitarra que motiva e ouvir a música por vezes seguidas. A canção é cheia de pontos altos, os riffs como eu já falei, os teclados com um tom mais dark, a bateria mais devastadora do que nunca, e muito mais que eu poderia acrescentar aqui. Depois de quase 1 hora de audição, o disco se encerra após muito peso, técnica e entusiamo. Um disco para quem tem ouvido preparado. Para quem não conhece a banda, a banda de Joinville/SC tem 2 álbuns completos lançados, sendo o mais recente "Last Danw (2014). A Symmetrya une o melhor do metal, com passagens de power-metal e prog, tudo para produzir um ótimo trabalho como o que eu acabei de comentar. "Eternal Search" é um belo disco, produção de primeira, definido, muito bem apresentado e que foi considerado um dos melhores lançamentos de 2007, citado entre os 10 melhores pela revista Roadie Crew.
Track-list "Eternal Search":
(Force Majeure Records)
01. Ascension
02. Learn To Live
03. Eternal Search
04. Lost
05. Dead Zone
06. Symmetry
07. Misbelief
08. In The Mouth Of Madness
09. Wings Of Tragedy
10. Inner Force
Video de "Learn To Live"
Video de "Wings Of Tragedy"
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