Asking Alexandria: novo álbum é melódico, mas também pegajoso
Resenha - Black - Asking Alexandria
Por Guilherme Niehues
Postado em 21 de abril de 2016
A banda ASKING ALEXANDRIA teve várias alterações em sua sonoridade, desde os primórdios da banda – tentando se refinar e somar algo novo sempre. Muitos fãs não ficaram felizes com essa direção, que teve uma influência de Post-Hardcore com elementos eletrônicos para ir se moldando mais na vertente de um gênero que eu ainda não consegui classificar exatamente, mas se encaixaria em momentos mais cadenciados entre o melódico, com vocais limpos e passagens menos intrincadas.
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O álbum THE BLACK (25 de março de 2016) causou um hype nos fãs por se tratar do primeiro registro oficial sem o excelente vocalista Danny Worsnop, atuando como frontman e deixando suas linhas vocais registradas ao longo de toda a existência da banda, até então.
O novato Denis Stoff (da banda ex-Make me Famous) deixou claro que não tentaria manter o mesmo padrão de vocais de Danny e cravaria sua própria marca dentro do novo som proposta pela banda com esse álbum.
Agora que você está ciente um pouco sobre o álbum THE BLACK, vamos falar sobre a sonoridade que abrange as 11 faixas dessa bolacha.
Ao longo do play é possível perceber uma – talvez – evolução da banda no que diz respeito ao ritmo adotado, cadenciado entre o melódico e peso, seguindo uma linha que é possível notar também no álbum Reckless & Relentless (2011). Todavia, é preciso ressaltar que esse é o álbum que mais apresenta refrões pegajosos e com vocais limpos, muitas vezes ecoando a voz limpa do novato Denis e quebrando um pouco o ritmo da música como um todo. Há quem goste desse tipo de sonoridade e outros que ainda preferem refrões mais pesados, vai do gosto de cada um.
Mas, não se engane, ainda existem as famosas quebras de ritmos, entre melodia e peso, tanto nos riffs quanto nos vocais que vou acabar citando mais abaixo.
Instrumentalmente falando, a banda mantém o mesmo ritmo apresentado no From Death to Destiny (2013) e as guitarras sempre se sobressaem ao longo de cada uma das faixas e a bateria perde um pouco o foco, mas acaba se encaixando na proposta como um ótimo coadjuvante.
O novo vocalista assume bem o posto, possuindo um vocal que consegue executar o que o antigo vocalista conseguia, ou seja, aqui temos vocais limpos, rasgados e guturais. Todos muito bem encaixados, trincados e executados de uma forma que não deixa a desejar. Aliás, o próprio ex-vocalista chegou a elogiar a música I Won’t Give In.
Apesar de toda a evolução, infelizmente a banda acabou se apegando demais nos refrões e criando quase sempre uma mesma visão. Vocais mais cantadas e abertos, como é possível observar na música The Lost Souls. Particularmente, eu ainda não consegui digerir muito bem essa parte, mas acho que é apenas questão de costume.
Em resumo para os preguiçosos:
O álbum em si traz uma evolução e se encaixa com o vocalista novato. Existe em sua sonoridade os momentos mais equilibrados que remetem a discos anteriores e momentos mais trincados, que deixaram os fãs mais saudosos contente, especialmente por existir ainda os vocais rasgados e guturais.
Infelizmente, o álbum peca no exagero dos refrões extremamente pegajosos e cantados, não dando um espaço para passagens mais soturnas ou sombrias. Parece que, eles querem fazer com que ao menos um ou outro refrão fique grudado na sua cabeça.
Lembre-se, essa resenha é para demonstrar minhas impressões sobre o álbum descrito, portanto carrega uma carga grande de opiniões pessoais. Ouça o álbum por contra própria e descubra se você concorda ou não comigo.
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