Marilyn Manson: O salto criativo com "Antichrist Superstar"
Resenha - Antichrist Superstar - Marilyn Manson
Por Narcissus Narcosis
Fonte: Mansonwiki
Postado em 16 de outubro de 2015
MARILYN MANSON fez cabeças virarem com o lançamento de estreia "Portrait of an American Family", de 1994, e continuou o impulso com o EP "Smells Like Children", de 1995. Mas foi catapultado para o estrelato de fato com "Antichrist Superstar", a primeira parte de uma trilogia que viu MANSON crescer verdadeiramente como um artista.
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MANSON continuou a sua amizade com TRENT REZNOR, indo para o Nothing Studios, em Nova Orleans, para trabalhar no álbum. REZNOR trabalhou como produtor, enquanto um número de assistentes - o produtor Sean Beavan, os guitarristas Robin Finck e Danny Lohner, e o baterista Chris Vrenna - fizeram o trabalho musical e atrás da mesa.
Em uma entrevista para a Rolling Stone, MANSON revelou que a ideia de "Antichrist Superstar" surgiu de um sonho que ele teve. Ele explicou: "Eu comecei a ter sonhos e visões do mundo sendo destruído e eu era o único que restava. Era como uma retribuição final para todas as coisas que aconteceram comigo enquanto crescia. Um sonho ocorreu em algum momento do futuro - pode mesmo ter sido em Fort Lauderdale. O entretenimento tinha ido a um extremo em que as pessoas tinham se transformado em zumbis apenas para isso. E eu tive essa estranha visão de que as mulheres estavam com morte cerebral, mas presas em gaiolas e com as mandíbulas amordaçadas para não morderem os pênis dos caras que estavam em volta se masturbando. Foi um completo Sodoma e Gomorra. E em seguida, eu estava lá apresentando todo o evento, ou fazendo parte daquilo de alguma forma. Essa foi provavelmente a primeira aparição do anticristo superstar erguendo a sua cabeça feia.
MANSON pegou o título do musical "Jesus Cristo Superstar", de Andrew Lloyd Webber, e lhe deu o seu jogo de palavras peculiar. Cavando em algumas das ideias de seus sonhos, MANSON traçou o álbum como uma crítica social mordaz, com um ser sobrenatural que toma o poder e conduz o mundo para a total destruição. Ele disse à Kerrang que parte da inspiração veio do filósofo alemão Friedrich Nietzsche.
Além das influências externas, MANSON também encontrou-se lutando contra a sua própria identidade no mundo, e isso aparece no álbum também. O vocalista declarou na época: "Às vezes eu me pergunto se eu sou um personagem a ser escrito ou se estou me escrevendo. É confuso! Uma das canções do disco, 'Little Horn', investiga tanto o sonho acima mencionado quanto o que seria realidade. Ele explicou: "Se você pensou sobre isso por muito tempo, você poderia colocar a questão: será que o anticristo superstar criou MARILYN MANSON como um veículo para a sua ascensão ao poder? Eu sinto mesmo que onde estou agora é onde não há linha entre o que está no álbum e o que é a realidade. Eles trabalham juntos e um apenas alimenta o outro. O álbum fala sobre sermos a maior banda de rock do mundo, e isso vai acontecer."
Enquanto REZNOR foi o produtor do disco, o mais próximo confidente de MANSON foi o baixista TWIGGY RAMIREZ. A única pessoa a quem eu posso me reportar é o TWIGGY, revela o roqueiro. "Eu sempre me senti ignorado e faminto por relacionamentos. Mas é especialmente verdadeiro agora. Seria difícil se relacionar com alguém que não tenha ficado na frente de milhares de pessoas gritando o seu nome ou que não tenha ficado ao seu lado fazendo merda e usando drogas por três dias, ou ainda que não tenha ido dormir porque o seu peito inteiro estava sangrando por causa de vidro quebrado." RAMIREZ ainda acrescenta o que a parceria entre eles significa: "O dia que eu o conheci, eu sabia que trabalharíamos juntos.Conforme a banda ganhou popularidade local, eu pensei que era o meu lugar para estar na banda ou destruí-la."
Como se viu, RAMIREZ foi profético, servindo como parceiro musical de MANSON com o curso da trilogia antes de sair após o apoio no álbum "Holy Wood", de 2000. A trilogia, que também inclui o álbum de 1998 "Mechanical Animals", foi lançada com a ordem cronológica inversa, com "Antichrist Superstar" sendo a conclusão, e os outros dois servindo de prequel.
Quanto a "Antichrist Superstar", o álbum foi lançado em 8 de outubro de 1996, por meio da Nothing Records, gravadora de REZNOR. A primeira música que os fãs ouviram foi a faixa-título, single promocional do álbum. No conceito geral, a canção é centrada no ponto onde a vítima do abuso assumiu a identidade do anticristo superstar e prepara-se para detruir tudo em seu caminho. MANSON, em quase todas as apresentações, executa a música do alto de um púlpito. A música não tocou nas rádios, mas se tornou uma parte sólida dos shows ao vivo.
O primeiro single de fato a ser extraído do álbum foi "The Beautiful People". MANSON escreveu a faixa sobre o que ele chama de "a cultura da beleza". A explosiva e agressiva batida tornou-se uma das mais conhecidas músicas do cantor. Ele disse à Kerrang: "Foi em algum lugar do Sul [quando ela surgiu], o que é irônico. Lembro-me de tocar a batida no chão e, em seguida, o meu baterista tocá-la na bateria."
MANSON teve um dos vídeos mais populares e marcantes de sua carreira com "The Beautiful People", dirigido por Floria Sigismondi. O vídeo seria nomeado para um par de prêmios no Video Music Awards, incluindo o de melhor vídeo de rock. Em uma das performances mais memoráveis da música, MANSON adentrou o palco do VMAs ladeado por falsos agentes do serviço secreto, subiu até o pódio e declarou:
"Meus companheiros americanos. Nós não seremos mais oprimidos pelo fascismo do cristianismo. Não seremos mais oprimidos pelo fascismo da beleza. Eu vejo vocês lá fora tentando ao máximo não parecerem feios, tentando ao máximo não se encaixarem, tentando ao máximo ganharem o caminho aos céus, mas deixe-me perguntar: você quer estar em um lugar cheio de cuzões?"
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O outro grande single do álbum foi "Tourniquet", uma faixa derivada de outros sonhos do MANSON. A dark e sensual canção, por vezes agressiva, rompeu os limites da Mainstream Rock quase um ano depois que o disco foi lançado. Outras peças fundamentais no álbum incluem "Cryptorchid", cheia de distorções, a groove e apoteótica "The Reflecting God", e a abertura frenética com "Irresponsible Hate Anthem".
O álbum estrearia em terceiro lugar na Billboard 200, e passou a ser disco de platina. Mas, de maior importância, "Antichrist Superstar" viu a emergência do surgimento de um verdadeiro artista. MANSON disse à Rolling Stone, logo após o lançamento do álbum: "De vez em quando, eu vou sair à varanda e pensarei em pular. Vou pensar: 'Isso é a emoção final, já que sou insensível a todo o resto?' Mas eu sinto que tenho mais a fazer. Eu acho que ainda tenho muito mais a oferecer do que as pessoas possam esperar. Quero dizer, além do fim do mundo.
Acontece que ele estava certo, pois MANSON ainda prospera nos dias de hoje.
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