RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Doe Sangue ao Som do Rock

Cannibal Corpse: Os 24 anos sangrentos de "Butchered at Birth"

Resenha - Butchered at Birth - Cannibal Corpse

Por David Torres
Postado em 03 de julho de 2015

Quando se fala em Death Metal, é praticamente impossível de não se lembrar do Cannibal Corpse. Oriundos de Buffalo, Nova York (EUA), o grupo consolidou o seu nome na história da música extrema mundial e é, indubitavelmente, uma das bandas mais bem sucedidas comercialmente não apenas do cenário Death Metal norte americano, mas em âmbito mundial. Resumidamente, a banda foi fundada em meados de 1988, lançou uma aclamada "demo" batizada apenas com o seu nome no ano seguinte, seguida de um álbum de estreia completamente esmagador em agosto de 1990. Em 1991, o quinteto retornou ao estúdio para conceber mais um trabalho infame, cruel e sensacional, o clássico "Butchered at Birth". Lançado em 29 de junho de 1991, através da gravadora Metal Blade e contando novamente com a produção do experiente Scott Burns (Obituary, Sepultura, Terrorizer), esse segundo álbum de estúdio foi uma evolução perfeitamente natural e monstruosa para a banda. É um disco muito mais pesado e grotesco do que o já avassalador "debut" "Eaten Back to Life" e apresenta uma sonoridade ainda mais crua, veloz e suja, ainda mais direta e brutal. Hoje, essa obra selvagem e mutiladora completa o seu 24° aniversário e a seguir, iremos dissecar esse trabalho sanguinolento.

Cannibal Corpse - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Impossível citar um trabalho da banda sem mencionar as polêmicas ilustrações de capa, não é mesmo? Desde o lançamento do primeiro álbum, o grupo conta com as artes grotescas e geniais do artista norte americano Vincent Locke, ilustrador talentosíssimo que já concebeu trabalhos para bandas como Coffins e Ditchcreeper, além de ter produzido diversos trabalhos para os quadrinhos, tais como Batman, Witchblade e Sandman. A capa de "Butchered at Birth" é certamente uma das capas mais icônicas do Death Metal, assim como a do disco sucessor, o igualmente clássico "Tomb of the Mutilated" (1992). Para variar, essa ilustração foi censurada por cerca de três anos. As primeiras prensagens foram revestidas em papel de embrulho branco e carimbadas em tinta vermelha com o nome e o título do álbum da banda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Uma sinistra introdução similar a de "Hell Awaits", do Slayer, construída com base em um verdadeiro emaranhado de guitarras distorcidas simulando o som de uma motosserra enquanto o vocalista Chris Barnes profere uma voz grotescamente macabra ao fundo abre caminho para os "riffs" impiedosos da faixa de abertura, "Meat Hook Sodomy". As seis cordas cortantes de Jack Owen e Bob Rusay, aliadas a bateria moedora de ossos de Paul Mazurkiewicz soam como britadeiras que perfuram o seu crânio e os seus ouvidos violentamente. Os vocais de Chris Barnes, por sua vez, estão ainda mais guturais e brutais do que no "debut" de 1990. Palhetadas certeiras, mudanças de andamento insanas e viradas de bateria aniquiladoras são alguns destaques dessa monstruosa faixa de abertura. Os "riffs" de "Gutted" rasgam os alto-falantes e iniciam a mortal segunda faixa do disco, que por sinal, é um dos grandes destaques do disco e certamente a faixa mais lembrada desse trabalho também. Mantendo sempre a temática "gore" e "splatter" em alta, Chris Barnes e Cia. cometem mais um massacre sonoro que não decepciona.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

"Living Dissection" não deixa por menos e martela os nossos ouvidos ferozmente. Aqui nós temos mais uma vez um formidável trabalho de bateria, "riffs" brutalmente sujos, guturais arrasadores e solos insanamente agudos, curtos e velozes, visivelmente influenciados pelos solos do Slayer. Em seguida é a vez de "Under the Rotted Flesh" que abre com uma levada frenética de bateria e "riffs" viciantes e implacáveis. Dementes alterações rítmicas que impulsionam o ouvinte a "banguear" intensamente também fazem parte desse banquete musical canibalesco. Outra composição cujo qualquer elogio acaba sendo pouco para descrevê-la. O "riff" Death/Thrash cadenciado da excelente "Covered with Sores" ecoa pelos alto-falantes e rapidamente recebemos mais uma grandiosa pancadaria. Outro ponto alto do disco! As guitarras de Jack Owen e Bob Rusay abrem a ótima "Vomit the Soul". A banda não perde a mão e tritura nossos tímpanos com mais uma chuva torrencial de "riffs" rispidamente sujos, além de uma "performance" bestial de bateria e guturais vomitados de maneira completamente selvagem e sem qualquer misericórdia. Destaque para a participação de um grande convidado: Glen Benton (Deicide), que faz um insano vocal de apoio. Vale lembrar que Benton já havia realizado uma pequena participação especial em duas faixas do álbum anterior da banda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

A faixa título, "Butchered at Birth", prossegue com esse segundo trabalho de estúdio e mais uma vez promove um verdadeiro esquartejamento sonoro, com seu andamento pesadíssimo e intenso. A carnificina continua com a veloz "Rancid Amputation". A essa altura, nossos ouvidos já estão completamente esmagados e estropiados pelo massacre promovido pelo quinteto. "Innards Decay" é a última chacina cometida pelos músicos e encerra esse brutal registro de estúdio trazendo guitarras violentamente alucinantes, além de uma bateria arrasadora do início ao fim.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Dono de uma reputação tão infame quanto o seu conteúdo, "Butchered at Birth" é indiscutivelmente um clássico não apenas da banda, mas do gênero. Um legítimo arregaço sonoro de alta destruição e merece ser ouvido por todos os apreciadores não apenas de Death Metal ou da banda, mas de Metal Extremo como um todo.

Escrito por David Torres

01. Meat Hook Sodomy
02. Gutted
03. Living Dissection
04. Under the Rotted Flesh
05. Covered with Sores
06. Vomit the Soul
07. Butchered at Birth
08. Rancid Amputation
09. Innards Decay

Chris Barnes (Vocal)
Alex Webster (Baixo)
Paul Mazurkiewicz (Bateria)
Jack Owen (Guitarra)
Bob Rusay (Guitarra)
Músico Convidado:
Glen Benton ("Backing Vocals" na faixa "Vomit the Soul")

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Gustavo Godoi Alves | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre David Torres

Formado em Propaganda & Marketing, se autodenomina "Fanfarrão" graças ao seu senso de humor e modo de enxergar o mundo à sua volta. Apaixonado por filmes de terror, quadrinhos e bandas como D.R.I., Faith No More e Napalm Death, escreve também para o blog Blasting Noise Fanzine. Possui muitos sonhos, dentre eles dar início a um projeto de grindcore.
Mais matérias de David Torres.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS