Six Feet Under: Chris Barnes e sua insanidade estão de volta
Resenha - Crypt of the Devil - Six Feet Under
Por David Torres
Postado em 20 de maio de 2015
Após dois anos sem lançar nenhum material inédito de estúdio, Chris Barnes e seu Six Feet Under põem fim no hiato retornando com "Crypt of the Devil", o décimo primeiro álbum da carreira dos veteranos. A fama que precede Six Feet Under dentro do cenário do Death Metal mundial nunca foi das melhores, entretanto, o grupo lançou ótimos trabalhos ao longo de sua carreira e esse disco mais recente felizmente é um bom registro e não soa como um prego no caixão na discografia dos norte-americanos.
Six Feet Under - Mais Novidades
Lançado no dia 5 desse mês sob o selo da Metal Blade Records e gravado pelo guitarrista, baixista e vocalista Phil Hal (Cannabis Corpse, Municipal Waste, Iron Reagan) – que também toca baixo e guitarra nesse álbum - , mixado por Rob Caldwell (Iron Reagan, Mindscar) e masterizado por Alan Douches (Cannibal Corpse, Aborted, Death, Deicide e tantos outros), "Crypt of the Devil" também é dono de uma soberba e deslumbrante ilustração de capa ilustrada pelo vocalista Mike Hrubovcak (Monstrosity, Vile, Divine Rapture, J.J. Hrubovcak, Azure Emote), uma arte que combina perfeitamente com a proposta musical da banda e do álbum.
O álbum de inicia com "Gruesome". Primeiramente, as letras continuam recheadas de violência e temas sanguinolentos e doentios, cortesia, é claro, do "frontmen" e líder da banda, Chris Barnes, que desde os velhos tempos de Cannibal Corpse já presenteava os ouvintes com conteúdos vis e mórbidos. A faixa de abertura é dona de um "groove" insano, típico das composições da banda e já rasga os alto-falantes com seus "riffs" pesadíssimos e os guturais de Barnes, que apesar de terem sido bem prejudicados com o passar do tempo devido ao consumo abusivo de maconha, continuam monstruosos.
"Open Coffin Orgy" é a segunda faixa do álbum e a primeira a ser divulgada meses antes do registro ser oficialmente lançado. Ela é uma música que mescla momentos cadenciados e arrastados com trechos bem rápidos e agressivos, brindando a todos com bons "riffs" e solos de guitarra de Steven Swanson e dos convidados Phil Hall e Brandon Ellis, além de possuir uma "cozinha" de baixo e bateria bem encaixada pelos irmãos Phil e Josh Hall, o último também convidado para gravar o disco. Resumindo: uma típica composição do Six Feet Under! Vale mencionar que foi produzido um videoclipe recentemente para essa música. Sem deixar o trabalho esfriar, emendam com a ótima "Broken Bottle Rape", novamente trazendo doses cavalares de "riffs" doentios e solos alucinantes.
Em seguida é a vez de "Break the Cross in Half", mais um som arrastado e não menos interessante, possuindo mudanças de andamento bem encaixadas e uma truculência do mesmo nível das composições anteriores. A próxima música é "Lost Remains", uma faixa que se inicia de forma violenta e novamente sofre alternâncias rítmicas bem conduzidas.
O "riff" de "Slit Wrists" rasga os alto-falantes mais uma vez com seu "groove" devastador e "Stab", por sua vez, é uma das composições mais violentas do disco. Uma verdadeira facada no peito e nos tímpanos do ouvinte, recheada de palhetadas cortantes e viscerais, uma bateria demente e claro, os vocais sempre urrados de Barnes. O registro prossegue com "The Night Bleeds" que traz os mesmos elementos sonoros tão peculiares da banda e "Compulsion to Brutalize", que possui linhas interessantes de baixo logo em seu início, "riffs" e solos exímios, além de exalar um clima soturno bastante apropriado. Para finalizar, vem a climática e interessante "Eternal Darkness", uma das melhores faixas do álbum, contando novamente com um desempenho instrumental irrepreensível.
Sucintamente, "Crypt of the Devil" é um ótimo álbum do Six Feet Under e um ótimo álbum de Death Metal como um todo, tendo composições interessantes e que não soam forçadas ou cansativas em momento algum. Por mais que exista um grande preconceito para com a banda, é inegável que dentre os diversos altos e baixos pelo qual passaram ao longo da carreira, esse novo lançamento pertence a safra dos bons trabalhos produzidos por eles e merece ser conferido por todos os apreciadores de Death Metal.
01. Gruesome
02. Open Coffin Orgy
03. Broken Bottle Rape
04. Break the Cross in Half
05. Lost Remains
06. Slit Wrists
07. Stab
08. The Night Bleeds
09. Compulsion to Brutalize
10. Eternal Darkness
Chris Barnes (Vocal)
Steve Swanson (Guitarra)
Músicos Convidados:
Phil Hall (Guitarra Rítmica / Baixo)
Brandon Ellis (Guitarra Principal)
Josh Hall (Bateria)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
Site de ingressos usa imagem do Lamb of God para divulgar show cristão
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
Shows não pagam as contas? "Vendemos camisetas para sobreviver", conta Gary Holt
O músico que Ritchie Blackmore considera "entediante e muito difícil de tocar"
A primeira e a última grande banda de rock da história, segundo Bob Dylan
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
Desmistificando algumas "verdades absolutas" sobre o Dream Theater - que não são tão verdadeiras
Dorsal Atlântica termina gravações do seu novo disco "Misere Nobilis" e posta vídeo reflexivo
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
Graham Bonnet lembra de quando Cozy Powell deu uma surra em Michael Schenker
Os 50 melhores álbuns de 2025 segundo a Metal Hammer
Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
Metal Hammer aponta "Satanized", do Ghost, como a melhor música de heavy metal de 2025
A opinião de Prika Amaral (Nervosa) sobre o jornalista Regis Tadeu
A música do Kiss escrita por Gene Simmons que Paul Stanley não gosta
Lobão faz ranking com seus cinco guitarristas favoritos de todos os tempos
Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



