Voyager: Um Tears For Fears australiano fazendo Prog Metal
Resenha - V - Voyager
Por Anderson Silveira
Postado em 13 de fevereiro de 2015
Nota: 8
Imagine você leitor se de uma hora para a outra o Tears For Fears decidisse se aventurar em um ramo mais pesado, Prog Metal, talvez? Estranho? E esse Tears For Fears metálico viesse da Austrália?
Esta banda já lançou alguns discos, mas vou falar deste. Apresentando a banda, acrescentando o que citei antes, eles são da Austrália, da cidade de Perth, a metrópole mais ocidental do país.
Segundo a biografia da banda o VOYAGER seria como uma mistura entre AMORPHIS, SOILWORK e A-HA. O vocalista Danny Estrin tem um bom timbre de voz, mas particularmente achei mais parecida com a do Roland Orzabal (Tears For Fears). Em alguns momentos achei o timbre parecido com o D.C. Copper (Silent Force, Royal Hunt).
Quanto às canções dá para perceber essa mistura. A primeira faixa, Hyperventilating com videoclip disponível no youtube, já dá as cartas do que iremos ouvir. Peso e melodia na medida certa e um refrão que fica na cabeça. Destaque para o riff a lá Symphony X.
A segunda faixa Breaking Down, muito bem construída, aqui há um pouco mais de teclado e o apoio de Simone Dow (Guitarra) nos vocais. A Beautiful Mistake segue correta mantendo o nível do álbum. Novamente há o apoio (agora um pouco maior) de Simone.
Fortune Favours the Blind – poderia estar em um álbum do Tears for Fears. Faixa bem curta.
You, the Shallow – Boa mistura de peso e melodia.
Embrace the Limitless – Quando ouvi a primeira vez achei meio estranho o teclado. Não é a melhor do álbum, mas segue correta.
Orpheus – Agora há alguns trechos mais guturais, mas boa parte da música é com vocal limpo. Agora já percebo lampejos (próximo à metade da faixa) de solos ao modo do Soilwork.
The Domination Game – Boa faixa, sem erros e muitas inovações. Não difere muito do que o Vanden Plas, Symphony X, Circus Maximus fazem por aí.
Peacekeeper – Um começo um pouco melancólico, com vocais bem limpos. Achei que poderiam ter ido além. É uma faixa razoável. Tem bons momentos, algumas ideias interessantes, mas fica aquele sentimento de que "faltou algo"
It’s a Wonder – Refrão interessante. Acho que o que faltou na Peacekeeper sobrou na It’s a Wonder.
The Morning Light – Gostei dessa faixa. Ouvindo não parece diferente das outras, mas acaba cativando.
Summer Always Comes Again – Outra que estaria num álbum do Tears For Fears. Não é tão boa quanto as outras, praticamente um cover. Não há a experimentação, a mistura.
Fechando o álbum, Seasons of Age – O teclado do início me lembrou um pouco Alan Parsons, a música vai numa crescente até o refrão, bom por sinal.
Veredito: É uma ótima banda que tende a crescer musicalmente e galgar o seu lugar ao sol. Álbum bem gravado, muito boa essa experimentação de Prog e sons da década de 80, seja em maior ou menor intensidade.
Não é a toa que foram convidados para tocar no ProgPower USA.
Faixas:
1. Hyperventilating
2. Breaking Down
3. A Beautiful Mistake
4. Fortune Favours The Blind
5. You The Shallow
6. Embrace The Limitless
7. Orpheus
8. The Domination Game
9. Peacekeeper
10. It's A Wonder
11. The Morning Light
12. Summers Always Come Again
13. Seasons Of Age
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