Slipknot: Um gigante que parece mais forte do que nunca
Resenha - 5: The Gray Chapter - Slipknot
Por Júlio César Tortoro Ribeiro
Fonte: Blog Its Electric
Postado em 28 de novembro de 2014
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Goste ou não o Slipknot é um dos maiores nomes do Heavy Metal dos últimos anos, a banda que assombrou o mundo da música pesada com uma estética sonora pouco convencional foi se transformando ao longo dos anos, do New Metal do debut Slipknot (1999) passou a soar extremamente brutal em Iowa (2001), encontrou melodias e estruturas mais tradicionais com solos de guitarras em Vol3 (2004) e viajou entre os extremos da calmaria a brutalidade em All Hope Is Gone (2008).
Muita coisa aconteceu desde o disco de 2008, a morte do baixista e fundador Paul Gray e a saída conturbada de um dos pilares da banda, o baterista Joey Jordison poderia marcar o fim do Slipknot, porém eles juntaram os cacos e lançaram o quinto capitulo dessa história.
Essa introdução é importante para entender .5 The Gray Chapter, que esteticamente consegue fundir os quatro discos anteriores, as estruturas desconstruídas, niilistas e furiosas do debut e Iowa dão as caras, assim como os solos de guitarra, melodias e o ar melancólico de Vol 3 e All Hope Is Gone se fazem presente.
A nova empreitada do Slipknot é pretensiosa e foi idealizada para ser o disco que colocará a banda no topo de sua carreira, tarefa complicada, mas se não conseguiu seu objetivo chegou bem perto. .5 The Gray Chapter é um grande registro.
Apesar de todo o peso e sujeira, o Slipknot sempre primou por estruturas conceitualmente complexas, a música é pouco convencional, mas brilha em momentos que combinam um turbilhão de emoções como a melancólica e agonizante abertura com XIX que serve de introdução para a caótica Sarcastrophe, que parece ter saído do debut Slipknot, um começo forte e empolgante.
Mais uma pedrada vem na sequencia com a thrash AOV que já caiu no gosto dos fãs os efeitos de Craig Jones complementam as guitarras da dupla James Root e Mick Thomson, vale destacar a bateria enfurecida do batera (especula-se que seja Jay Weinberg) que substitui Jordison.
The Devil In I foi divulgada antes do lançamento fazendo uso dos vocais limpos de Corey Taylor, que brilha com sua voz bem postada e um refrão bem fácil, a música feita para suceder Duality e Psychosocial. Killpop explora novas sonoridades com muita melodia aliada ao ritmo e percussão de Shawn Carhan,Chris Fehn e do misterioso batera, destaque para o grande solo de guitarra.
Dando sequencia vem a esquistona e barulhenta Skeptic recheada de efeitos e distorções se aproximando do que faziam no inicio da carreira, Lech da continuidade ao padrão desconstrutivo da faixa anterior, um metal industrial furioso recheado de acordes dissonantes, a calmaria se faz presente com a bem arranjada Goodbye.
Seguindo viagem no universo doentio dos mascarados, Nomadic é o retorno aos tempos do aclamado Vol 3, linhas de vocais grudentas de Taylor aliada ao timbre sujo das guitarras de Root e Thomson que despejam bons solos, guitarras essas que brilham em The One That Kills The Least e sua alternância angustiante entre calmaria e agressividade, uma das melhores do disco.
Custer chuta tudo para o alto trazendo o Slipknot mais enlouquecido do que nunca, os grooves do baixo carregam os efeitos e percussões montando uma massa sonora impiedosa como um rolo compressor, a breve Be Prepared For Hell introduz outro massacre, o primeiro single The Negative One presenteia o ouvinte com mais uma aula de Metal Industrial. Para fechar o disco, a sombria e melódica If Rain Is What You Want encerra com competência um dos discos mais empolgantes de 2014.
Para quem acha que só as bandas clássicas fazem Heavy metal de qualidade é bom atualizar suas playlists e coleções, o Slipknot é um gigante que parece mais forte do que nunca.
.5 The Gray Chapter (2014)
XIX
Sarcastrophe
AOV
The Devil In I
Killpop
Skeptic
Lech
Goodbye
Nomadic
The One That Kills The Leaste
Custer
Be Prepared For Hell
The Negative One
If Rain Is What You Want
A Banda
(#0) Sid Wilson – turntables
(#3) Chris Fehn – percussão, backing vocals
(#4) Jim Root – guitarra, baixo
(#5) Craig "133" Jones – sampler, teclado
(#6) Shawn "Clown" Crahan – percussão, backing vocals
(#7) Mick Thomson – guitarra, baixo
(#8) Corey Taylor – vocal
Alessandro Venturella - baixo
Jay Weinberg (provavelmente, mas ainda não confirmado pela banda) - bateria
Outras resenhas de 5: The Gray Chapter - Slipknot
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
Dream Theater anuncia turnê que passará por 6 cidades no Brasil em 2026
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
Helloween fará show em São Paulo em setembro de 2026; confira valores dos ingressos
A banda de rock que deixava Brian May com inveja: "Ficávamos bastante irritados"
O guitarrista que Geddy Lee considera imbatível: "Houve algum som de guitarra melhor?"
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Como e por que Dave Mustaine decidiu encerrar o Megadeth, segundo ele mesmo
Lemmy lembra shows ruins de Jimi Hendrix; "o pior tipo de coisa que você ouviria na vida"
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
A maior banda, música, álbum e vocalista nacional e gringo de 1985, segundo a Bizz
O clássico álbum ao vivo "At Budokan" que não foi gravado no Budokan
Os dois discos do ELP que Carl Palmer disse que deveriam virar vasos
Queen: Bowie, Mercury e a história de Under Pressure
Os álbuns dos Beatles mais possuídos (e os mais cobiçados) pelos colecionadores de discos
Dave Grohl explica porque não toca clássicos do Nirvana ao vivo

Slipknot: Superando adversidades com um dos seus melhores discos
Slipknot: Fúria e melodia é o que resume o novo álbum!
A reação do filho de Corey Taylor ao ver o pai com máscara do Slipknot pela primeira vez
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
Após negócio de 600 milhões, Slipknot adia álbum experimental prometido para esse ano
A maior balada de heavy metal do século 21, segundo a Loudersound
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme



