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Sepultura e Tambour Du Bronx: Muito bom, mas poderia ser melhor

Resenha - Metal Veins Alive At Rock In Rio - Sepultura e Tambour Du Bronx

Por Leonardo Daniel Tavares da Silva
Postado em 07 de outubro de 2014

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

A parceria SEPULTURA+TAMBOUR DU BRONX + ROCK IN RIO fica cada vez mais forte. O quarteto mineiro/paulista/americano e o coletivo francês já se apresentaram duas vezes juntos no festival no Brasil e participaram do lançamento da edição ianque do evento. Um dos frutos desta parceria é o DVD "Metal Veins - Alive at Rock In Rio" (Rock World, Sony, MZA, Multishow e Globo), que acaba de chegar às lojas.

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Em primeiro lugar, o DVD tem que responder a pergunta. Por que alguém iria querer ter em casa o registro em vídeo de um show que já passou na televisão?

A resposta começa a aparecer quando a execução é iniciada. Em primeiro lugar, o som e imagem estão excelentes. O disco serve de registro pra quem compareceu ao show presencialmente ou assistiu à transmissão e também deve agradar quem não pode fazer nenhuma das duas coisas, especialmente ao público de fora do Brasil. Pode parecer desnecessário lembrar que um documentário falado em português, inglês e francês receba legendas pelo menos nos três idiomas. Afinal, isso é óbvio, não é mesmo? Não, não é não. Felizmente, o lançamento em mãos não comete o mesmo pecado de muitas outros lançados por aqui recentemente.

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Quem abre o play é o TAMBOUR DO BRONX, executando sua versão de "Kaiowas". Embora o poder da parte percussiva da canção tenha sido, obviamente, aumentado, a viola sertaneja de Andreas Kisser soa melhor que qualquer sample e faz falta na faixa. Em "Spectrum" a banda entra em cena e a parceria com o TDB torna a música do SEPULTURA ainda mais pesada. "Refuse/Resist" aproxima-se do industrial, mas, durante o solo é a guitarra de Kisser e a bateria de Casagrande que dominam. "Sepulnation" traz um grande solo de Kisser e uma curta lembrança das manifestações de junho daquele ano, enquanto "Territory" (já vista aqui) é obrigatória. E conseguiu ficar melhor com a contribuição do TDB.

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O disco segue alternando canções do SEPULTURA com as dos franceses. Em cada música, fica claro que um grupo está apenas contribuindo na música do outro. Os TAMBOURS DU BRONX conseguem adicionar algo étnico ao SEPULTURA (coisa que Iggor Cavalera já tinha experimentado muito bem), mas as músicas ainda tem a pegada da banda brasileira, enquanto nas músicas do coletivo francês, os brasileiros (e Derrick) adicionam o ingrediente heavy-metal, mas não deixa de ser batucada. Apenas "Big Hands" aparece realmente como uma contribuição de ambas em partes iguais. Mas isso não quer dizer que a união formada pelos dois conjuntos seja algo ruim. Longe disso. Como dito no doc que acompanha o show,os TAMBOURS aqui lembram o personagem Volverine. "Já era forte, colocou metal no corpo e ficou mais forte".

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O disco também vale por mostrar alguns clássicos do SEPULTURA com uma nova roupagem, registrar algumas boas canções da era Derrick, assim como a boa atuação do moleque Casagrande, que consegue se sobressair diante de mais de uma dúzia de percussionistas. As canções do TAMBOUR DO BRONX que recebem a personalidade do SEPULTURA também não fazem feio (principalmente "Fever", quando um dos tambours deixa o tambor e divide os vocais com Derrick). "Firestarter", que não pertence a nenhum dos dois grupos (é do PRODIGY) fará os bangers troo torcerem o nariz e os verdadeiros bangers baterem cabeça. A música já é conhecida de quem adquiriu a versão deluxe do "Kairos".

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Confira "Roots Bloody Roots" no vídeo abaixo e tire suas próprias conclusões.

Um documentário de 23 minutos retratando os ensaios e a preparação para o show. A mistura inusitada até parecia que não ia dar certo, mas deu e se transformou na obra da qual estamos falando. Algo interessante no doc é ver de perto um pouco do trabalho dos técnicos e músicos por trás do quarteto, o guitar tech, o bass tech, o drum tech.
Por ser show de festival e não ser de headliner da noite, é compreensível que o set seja curto (apenas uma hora). Pesa ainda mais o fato de serem dois grupos, contribuindo com um número de canções que faz justiça a ambos. No entanto, um dois extras além do documentário fariam valer mais as dilmas (ou marinas, ou aécios, como queiram) aplicadas na aquisição da peça (ou obamas já que o disco deve vender bastante no exterior). As músicas cantadas com Zé Ramalho seriam as candidatas dos sonhos, mas também temos que lembrar que do show do Rock In Rio pra cá também tivemos o lançamento de "Mediator..." (com clipe para a faixa "The Vatican"), e a turnê comemorativa do "Chaos A.D" com a obra prima do SEPULTURA tocada na íntegra. Alguém pode até responder que tudo isso extrapolaria o foco deste DVD, mas eu discordo. A clássica "Arise", a faixa-título de "Kairos" (último lançamento antes do show, pois o "Mediator" só seria lançado um mês depois) mesmo que gravadas em estúdio também enriqueceriam a obra. Além disso, por ser uma obra conjunta, um clipe (ou dois) do TDB também mereceria seu espaço.

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Se você sequer conseguiu engolir algumas batucadas em "Chaos A.D" e "Roots", passe longe desse DVD. Se, ao contrário, está aberto a ver novas misturas, é um item indispensável. Se preferir, compre (ou compre também) a versão em CD.

Track List:

1. Kayowas
2. Spectrum
3. Refuse/Resist
4. Sepulnation
5. Delirium
6. Fever
7. We'Ve Lost You
8. Firestarter
9. Requiem
10. Structure Violence
11. Territory
12. Big Hands
13. Roots Bloody Roots

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Sobre Leonardo Daniel Tavares da Silva

Daniel Tavares nasceu quando as melhores bandas estavam sobre a Terra (os anos 70), não sabe tocar nenhum instrumento (com exceção de batucar os dedos na mesa do computador ou os pés no chão) e nem sabe que a próxima nota depois do Dó é o Ré, mas é consumidor voraz de música desde quando o cão era menino. Quando adolescente, voltava a pé da escola, economizando o dinheiro para comprar fitas e gravar nelas os seus discos favoritos de metal. Aprendeu a falar inglês pra saber o que o Axl Rose dizia quando sua banda era boa. Gosta de falar dos discos que escuta e procura em seus textos apoiar a cena musical de Fortaleza, cidade onde mora. É apaixonado pela Sílvia Amora (com quem casou após levar fora dela por 13 anos) e pai do João Daniel, de 1 ano (que gosta de dormir ouvindo Iron Maiden).
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