Led Zeppelin: Physical Graffiti poderia ser melhor?
Resenha - Physical Graffiti - Led Zeppelin
Por Leonardo Turchi Pacheco
Postado em 26 de fevereiro de 2014
O que falar de Physical Graffiti? Fui apresentado a este "discaço" do LED ZEPPELIN no final da década de 80 por um amigo argentino. Morávamos em uma cidade universitária no interior de Minas Gerais. Eu já havia escutado o brown bomber, também conhecido com Led II, e o four symbols ou Led IV. Eles me impactaram profundamente, mas não tanto quanto o Physical.
Duas músicas me marcaram muito. In My time of dying com sua guitarra com slide e bateria maravilhosa e Black Country Woman com a conversa meio abafada, "pufejante", baforada entre JIMMY PAGE e EDDIE KRAMER que interpretávamos como uma troca de substâncias ilícitas.
Lembro que colocávamos o cd para tocar, sentávamos no sofá e assistíamos desenhos animados sem som na TV. Tudo isso sob o efeito da substância que BILL CLINTON não tragou e que o MUJICA liberou no Uruguai. Era perfeito. As músicas completavam as imagens e faziam muito sentido, como se fossem sincronizadas.
Veja bem isso foi antes da MTV no Brasil pelo menos. Antecipamos a experiência musical, visual em pelo menos 10 anos.
Recentemente li, e sempre releio, "Quando os gigantes caminhavam sobre a terra" do MICK WALL . Em determinado momento da narrativa ele afirma que ao invés de ser um Lp duplo, Physical Graffiti foi pensado como Lp simples. Mas como lançar um Lp duplo na década de 70 era uma maneira de demonstrar o prestigio criativo e de vendas das bandas de rock, a opção dos envolvidos foi lançar o disco com sobras de estúdio de outras sessões de gravação.
Fiquei intrigado com a revelação de MICK WALL e resolvi gravar um cd com as músicas que este autor indicou como sendo o que seria Physical Graffiti. Se fosse um Lp simples Physical teria no Lado A: Custard Pie, In My Time of Dying, Trampled Underfoot e Kashmir. O lado B: In the Light, Ten Years Gone, Wanton Song e Sick Again.
Para minha surpresa o disco, que já era maravilhoso, se transformou em um monstro. Talvez o elo entre o Led II e o Led IV. Não que o original, com suas texturas e músicas acústicas não fosse monstruoso. Mas esta versão teria sido um soco na cara, um disco de 8 músicas perfeito. Daqueles de se deixar com a boca aberta desde a primeira nota até o último fade out.
Fiquei pensando como a maioria dos discos clássicos incontestáveis tem em média 8 músicas. Veja bem, só para citar alguns: Moving Pictures e Machine Head tem 7. Master of Puppets, Who’s next, Let There be Rock, Second Helping, Led IV , Paranoid e Burn tem 8. Reign in Blood, Arise (este com o bônus Orgasmatron foi para 10), Among the Living e Demons and Wizards tem 9.
Como fã do Led eu acrescentaria além das 8 propostas só mais duas. Black Country Woman e The Rover. Isso porque acredito que 10 músicas são o limite para dar o recado. Entendo que desta maneira Physical Graffiti poderia ter sido melhor. Bem melhor. Incontestável.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
O lendário guitarrista que é o "Beethoven do rock", segundo Paul Stanley do Kiss
O baterista que parecia inatingível para Neil Peart; "muito além do meu alcance"
Por que Dave Mustaine escolheu regravar "Ride the Lightning" na despedida do Megadeth?
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
Prika Amaral explica por que a Nervosa oficializou duas baixistas na banda
Guns N' Roses lança duas novas canções
O improviso do Deep Purple após noite inteira de farra que virou canção clássica
Os onze maiores álbums conceituais de prog rock da história, conforme a Loudwire
Os 50 melhores álbuns de 2025 na opinião da Classic Rock
A banda que gravou mais de 30 discos inspirada em uma única música do The Doors


Robert Plant acrescenta o Rio de Janeiro à turnê brasileira em 2026
Robert Plant confirma show em Porto Alegre para 2026
O que Jimmy Page e Steve Lukather conversaram na única vez em que se encontraram
As três bandas clássicas que Jimmy London, do Matanza Ritual, não gosta
O grande problema do filme "Becoming Led Zeppelin", segundo André Barcinski
O solo de guitarra que deixa Dave Grohl e Joe Satriani em choque; "você chora e fica alegre"
As três melhores bandas de rock de todos os tempos, segundo Howard Stern
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal


