The Winery Dogs: Funcionou pela química dos membros
Resenha - Winery Dogs - Winery Dogs
Por Victor de Andrade Lopes
Fonte: Sinfonia de Ideias
Postado em 24 de julho de 2013
Nota: 8 ![]()
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Com aquela boa e velha fórmula básica do rock (guitarra/vocal, baixo, bateria; assumidos respectivamente por RICHIE KOTZEN, BILLY SHEEHAN e MIKE PORTNOY), o supergrupo THE WINERY DOGS lança em julho um álbum de estreia autointitulado com 13 faixas e influenciado por "LED ZEPPELIN, CREAM, JIMI HENDRIX, GRAND FUNK RAILROAD, SOUNDGARDEN, ALICE IN CHAINS, BLACK CROWES e LENNY KRAVITZ", segundo MIKE, que ajudou a fundar vários supergrupos depois de sair do DREAM THEATER. Uma mistura de elementos tão variados só poderia resultar em algo bem especial.
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A primeira leva de músicas traz três faixas parecidas, duas das quais agraciadas com vídeos (também bem parecidos). Essa primeira parte é uma espécie de cartão de visita do grupo, e teve recepção positiva por parte dos fãs.
No decorrer da tracklist, The Winery Dogs começa a variar um pouco mais o clima das músicas. Baladas melódicas como "I'm no Angel" e "You Saved Me" misturam-se a grooves animados como "The Other Side" e "Not Hopeless" e mais faixas como as primeiras para garantir uma boa experiência auditiva.
Este supergrupo parece ter dado certo, mas não pela mistura de influências, e sim pela química dos membros. Vale lembrar que RICHIE e BILLY não são perfeitos desconhecidos. Já tocaram juntos em dois álbuns do MR. BIG. E a adição de MIKE PORTNOY a esta combinação não tinha por que dar errado. O baterista já tocou em tantos projetos diferentes (dos mais leves aos mais agressivos) que é difícil imaginar algo no rock/metal que não dê certo com ele. Falar de suas qualidades a esta altura é chover no molhado. E não custa lembrar que THE WINERY DOGS soa bem diferente de ADRENALINE MOB e FLYING COLORS, outros dois projetos recentes com a participação do baterista. Apesar de que a crueza do som e a formação econômica o deixa mais próximo do primeiro que do segundo.
Quanto à dupla nas cordas, de um lado, temos RICHIE e sua Fender Telecaster mandando riffs arranhados ou serenos, dependendo da música, mostrando toda a sua versatilidade. Se não se surpreender com o som, o fã vai certamente se surpreender ao descobrir que RICHIE dispensa palhetas na hora de tocar. É capaz de levar um show inteiro só com os dedos. Quando era vivo, MARCELO FROMER, dos TITÃS, tentou fazer o mesmo uma vez e terminou com as mãos em carne viva, para se ter uma ideia de como a "gracinha" pode terminar mal. É curioso notar como em algumas passagens RICHIE soa como DAVE NAVARRO (JANE'S ADDICTION, ex-RED HOT CHILI PEPPERS).
Do outro lado, temos BILLY SHEEHAN, que não se limitou a acompanhar a guitarra. Na verdade, em alguns momentos, como em "Desire", ocorre o inverso, conforme RICHIE declarou ao Music Radar. Com riffs firmes e claramente audíveis, BILLY chega a assumir o papel de solista em alguns momentos, além de duelar com a guitarra. A combinação explosiva dos dois instrumentos remete ao som de RAGE AGAINST THE MACHINE em alguns momentos.
Logo de cara, o trio conseguiu criar um som próprio, que se identifica nos primeiros riffs. Destaque para "Desire", "I'm no Angel", "Not Hopeless" e o enceramento "Regret", com RICHIE ao piano.
A melhor característica de The Winery Dogs é a crueza do seu som. O álbum foi todo gravado "ao vivo", por meio de jams, economizando nos overdubs. Das 13 faixas, 11 foram escritas a seis mãos. Já arrancou e continuará arrancando elogios dos fãs. Resta torcer para que MIKE não deixe este projeto também, como deixou o ADRENALINE MOB.
Abaixo, o vídeo de "Desire":
Track-list:
1 - "Elevate"
2 - "Desire"
3 - "We Are One"
4 - "I'm No Angel"
5 - "The Other Side"
6 - "You Saved Me"
7 - "Not Hopeless"
8 - "One More Time"
9 - "Damaged"
10 - "Six Feet Deeper"
11 - "Criminal"
12 - "The Dying"
13 - "Regret")
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