Glenn Hughes: petardo de primeira do grande "voice of the rock"
Resenha - Songs In The Key Of Rock - Glenn Hughes
Por João Paulo Linhares Gonçalves
Postado em 27 de fevereiro de 2013
Vou falar sobre um grande álbum de Glenn Hughes, que completará dez anos agora em junho de 2013. Falarei de "Songs In The Key Of Rock", petardo de primeira do grande "voice of the rock".
Já analisei um disco de Glenn Hughes aqui no Whiplash e alguns do Black Country Communion, além da parceria com Tony Iommi no disco "Fused", de 2005. Sabemos que ele recuperou sua carreira no começo dos anos 90, após se livrar do vício em drogas que lhe prejudicava bastante. A partir de então, ele seguiu uma carreira solo constante, lançando álbuns quase todo ano. Destaque para "From Now On...", "Burning Japan Live" - disco incrível ao vivo, e "Return Of Crystal Karma". E agora vamos dissecar "Songs In The Key Of Rock", que está completando dez anos em junho deste ano.
O álbum, cujo nome foi inspirado em um disco de Stevie Wonder, "Songs In The Key Of Life", de 1976, tem uma sonoridade que nos remete a um hard rock setentista de primeira, parecido com o estilo que ele praticava com suas antigas bandas, Trapeze e Deep Purple. O disco conta com a participação de algumas "celebridades": Billy Sheehan toca baixo na canção "Change"; Alex Ligertwood, ex-vocalista de Carlos Santana, faz os backing vocals; e Chad Smith, que toca bateria na faixa "Get You Stoned". Chad estava apenas iniciando sua parceria com Glenn Hughes, e passou a ser o baterista oficial de Glenn em todos os discos solo que se seguiram.
O disco transborda influências do hard rock dos anos 70, o que não pode ser considerado novidade, já que Glenn Hughes foi peça importante em duas bandas da época já citadas - Deep Purple e Trapeze. O álbum abre com "In My Blood", e você logo percebe aquele climão setentista, Glenn soltando a voz como nunca, muita influência das bandas citadas que Hughes já fez parte. "Lost In The Zone" mantém a influência forte dos anos 70, belo riff de guitarra e solo caprichado de J.J. Marsh. "Gasoline" é uma canção totalmente influenciada por Deep Purple, aquela pegada forte e única, até parece que temos uma sobra de estúdio de "Burn", o clássico do Purple que Hughes fez parte. "Higher Places (Song For Bonzo)" é uma homenagem de Glenn ao antigo amigo John Bonham, que era fã da banda Trapeze, segundo a Wikipedia. Uma canção mais centrada, emocional, belo refrão, definitivamente um grande destaque do álbum. "Get You Stoned" traz Chad Smith na bateria, e o destaque da canção é a performance vocal de Hughes, simplesmente fantástica.
"Written All Over Your Face" é a minha preferida do disco e também a mais longa, mais de oito minutos num clima bem bluesy e gostoso, com um bom riff permeando a canção, além de lindos solos de guitarra. "Standing On The Rock" chuta traseiros com um clima agitado, uma das mais rápidas do disco, uma ode ao rock and roll. Já "Courageous" segue uma linha mais melódica, sem o punch hard rock das demais, sem perder, entretanto, a qualidade do trabalho. "Change" e "The Truth" são canções inspiradas, performances excelentes de Glenn, boas composições. "Wherever You Go" é outra fortemente influenciada por Deep Purple, chega a me lembrar um pouco o clássico "You Fool No One". O disco se encerra com a reprise de um pequeno trecho da homenagem a John Bonham. Um disco de grande qualidade, que está para completar dez anos agora, em junho. Saudemos mais um grande trabalho do grande Glenn Hughes, the voice of rock!!
Eis a lista de canções do álbum:
1 - "In My Blood"
2 - "Lost In The Zone"
3 - "Gasoline"
4 - "Higher Places (Song For Bonzo)"
5 - "Get You Stoned"
6 - "Written All Over Your Face"
7 - "Standing On The Rock"
8 - "Courageous"
9 - "Change"
10 - "The Truth"
11 - "Wherever You Go"
12 - "Higher Places (reprise)"
Os músicas envolvidos (fonte: Wikipedia):
Glenn Hughes - baixo e vocal;
J.J. Marsh e Jeff Kollman - guitarras;
Gary Ferguson - bateria;
Ed Roth - teclados;
Alex Ligertwood - backing vocals;
Chad Smith - bateria na canção "Get You Stoned";
Billy Sheehan - baixo na canção "Change".
Alguns vídeos:
"In My Blood", faixa que abre o disco (somente o áudio):
"Gasoline" (somente o áudio):
"Higher Places (Song For Bonzo)", canção feita em homenagem a John Bonham, ao vivo junto com "Gettin' Tighter":
Confira esta e outras resenhas no blog Ripando a História do Rock http://ripandohistoriarock.blogspot.com.br
Grande abraço e até a próxima resenha, com muito rock and roll!!!
Outras resenhas de Songs In The Key Of Rock - Glenn Hughes
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A música de amor - carregada de ódio - que se tornou um clássico dos anos 2000
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Camiseta oficial de Ozzy Osbourne zoa Roger Waters por fala que irritou a todos
Brian May escolhe os três maiores solos de guitarra de todos os tempos
As quatro músicas do Metallica que James Hetfield considera suas favoritas
Tony Iommi escolhe o maior guitarrista de todos os tempos; "meu ídolo"
A banda esquecida que Eric Clapton considera os pioneiros do heavy metal
13 shows internacionais de rock e metal no Brasil em dezembro de 2025
Nazareth: um elogio à pertinácia
O jovem guitarrista preferido de Stevie Ray Vaughan nos anos oitenta
O álbum que Eddie Kramer acha que nunca foi igualado: "Nunca houve nada gravado como ele"
A maior música do rock progressivo de todos os tempos, segundo Steve Lukather
As melhores músicas grunge feitas por 5 bandas de hair metal, segundo a Loudwire
As 11 melhores colaborações do rock nos anos 2020 (até agora), segundo a Loudwire

Os dois guitarristas que são melhores que Ritchie Blackmore, de acordo com Glenn Hughes
Glenn Hughes celebra 28 anos de sobriedade; "Pela graça de Deus, estou vivendo uma vida limpa"
Glenn Hughes diz adeus ao Brasil em vídeo - "Sentirei saudades!"
Plantão Médico Deep Purple: 6 membros atuais e antigos que convivem com problemas de saúde
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal


