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Sepultura: entrou para a história da música pesada pela ousadia

Resenha - Roots - Sepultura

Por Rodrigo Noé de Souza
Postado em 12 de janeiro de 2013

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

Com o álbum Chaos A.D. (1993), o Sepultura fez inúmeras apresentações, participou de várias premiações musicais (incluindo o VMA da MTV), conquistou platéias de todos os cantos do globo. Mas só faltava uma coisa para a banda mineira: homenagear os seus fãs, com um disco remetendo suas origens. Sem saber o que o futuro reservaria para o Sepultura...

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Para gravar Roots, eles se instalaram em um estúdio chamado Indigo Ranch, em Malibu (CA), cujos equipamentos se encontravam velhos e amplificadores valvulados. Era isso que a banda queria. Apesar do seu vocalista, Max Cavalera, se dedicar as mamadeiras do que à sua banda, as gravações correram tudo bem, da maneira que queriam.

Cada faixa foi gravada com afinação baixa, o pique era como se o Sepultura tocasse ao vivo. Faixas como Roots Bloody Roots e Attitude são os exemplos mais óbvios. A primeira começa com um barulho de grilo, para a partir daí os riffs explodirem junto com os "batuques" que o Igor Cavalera adotou quando se impressionou ao ver e ouvir grupos, como Olodum e Timbalada. O refrão é marcante, virando, mais tarde, a faixa de encerramento das apresentações. Não à toa que ela foi escolhida como vídeoclipe.

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Já Attitude foi escrita por Max e seu enteado Dana Wells (que mais tarde foi morto por razões desconhecidas). Ao som do berimbau, essa faixa virou vídeo clipe, com a participação da família Gracie. Como o disco todo fala sobre as injustiças socias no Basil, faixas como Ambush (sobre o Chico Mendes), Endangered Species (sobre a devastação da floresta amazônica) e Dictatorshit (sobre a ditadura Militar) são exemplos claros.

Cut-Thorat critica as grandes corporações, incluindo a gravadora Epic que desrespeitou a banda nos EUA. Se prestarem atenção no refrão Enslavement, Pathetic, Ignorant, Corporations vão entender.

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Várias participações especiais marcaram presença, como Carlinhos Brown, nas faixas Ambush, Endangered Species e Ratamahatta. Essa última dividiu os vocais com Max, citando símbolos nacionais como Zé do Caixão, Zumbi e Lampião. E é outra faixa que virou clipe, com animações de massinha, sem a presença da banda. Mesmo criticada por parte dos fãs, a banda defendeu que a escolha de Brown foi certeira para o projeto.

Lookaway teve a participação de Mike Patton, Jonathan Davis (Korn, que escreveu a letra) e DJ Lethal. Essa faixa é um noise-metal, no melhor estilo Faith no More. Mas a faixa que mais destaca, ao lado das primeiras, é a Itsari.

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Para gravarem essa faixa, o Sepultura resolveu viajar para o Mato Grosso e, após muitas negociações, a tribo Xavantes aceitou que participassem numa jam. Após se adaptarem às tradições locais, a banda e a tribo gravaram, sem overdubs, Itsari (Raízes, na linguagem indígena). Uma experiência para não se esquecer.

Roots foi lançado em diversas versões, sendo que a nacional conta com dois covers: Procreation Of The Wicked (Celtic Frost) e Symptom of the Universe (Black Sabbath). A capa foi obra de Michael Whelan, utilizando um índio extraído na nota de 1000 cruzeiros.

Com o disco lançado, a banda aumentou ainda mais sua popularidade, vários convites para festivais foram oferecidos, shows marcados... Porém, como nem tudo era alegria, o destino resolveu que a banda separaria mais tarde. Divergências com a então empresária Glória (esposa de Max), shows com a formação desestabilizada, brigas internas e falta de apoio da gravadora fizeram com que a unidade Max-Andreas-Paulo-Igor trincassem de vez.

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Apesar dessa mancha que tomou conta na trajetória, Roots entrou para a história da música pesada por sua ousadia, experimentos e por levar o Brasil aos quatros cantos do Globo. Sangrentas Raízes.

Confiram os víeos abaixo - Roots Bloody Roots:

Attitude:

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Ratamahatta:

Formação:

Max Cavalera – vocal/guitarra
Andreas Kisser – guitarra
Paulo Xisto – baixo
Igor Cavalera – bateria

Tracklist:

1-Roots Bloody Roots
2-Attitude
3-Cut-Throat
4-Ratamahatta
5-Breed Apart
6-Straighthate
7-Spit
8-Lookaway
9-Dusted
10-Born Stubborn
11-Jasco
12-Itsári
13-Ambush
14-Endangered Species
15-Dictatorshit
16-Procreation (Of The Wicked) – Celtic Frost Cover
17-Symptom Of The Universe (Black Sabbath Cover)

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Sobre Rodrigo Noé de Souza

Nasci em 1984. Esse ano não é só o início de uma nova democracia, mas também é o ano em que vários discos foram lançados, como Powerslave (IRON MAIDEN), Stay Hungry (TWISTED SISTER), W.A.S.P., Don't Break The Oath (Mercyful Fate), Slide It In (WHITESNAKE), 1984 (VAN HALEN), The Last In Line (DIO) e, o meu favorito de todos, Ride the Lightning (METALLICA). Sou um aficcionado por Metal, desde AC/DC e ZZ Top, até Anaal Nathrakh e Krisiun.
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