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Incursed: o grupo foca suas forças no Viking Metal

Resenha - Fimbulwinter - Incursed

Por Marcos Garcia
Postado em 06 de dezembro de 2012

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

A cena de Metal na Espanha, apesar de legar bons nomes ao mundo como BARON ROJO, sempre esteve presa a algo mais caseiro, com poucas bandas despontando na cena mundial, ou então, faltava-lhes recursos para vôos mais alto, mesmo porque a maioria ainda era presa ao idioma nativo, o que dificultava sua penetração na cena mundial. E é justamente deste país, cuja cultura é semelhante à de Portugal, que vem o ótimo quinteto INCURSED, que após alguns um EP e um CD, chegam com seu segundo Full Length, o fantástico 'Fimbulwinter', bancado pela própria banda.

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Sonoramente, o grupo foca suas forças no Viking Metal, só que com variações ótimas, em um som bem diversificado, em uma fusão onde vocais ríspidos contracenam com outros mais normais e com entonação Folk, riffs de guitarra fortes e variados, base rítmica baixo/bateria sólida e bem diversificada nos andamentos, mas sabendo dar coesão e peso ao trabalho da banda, e belos teclados sabendo daar aquela aura Pagan/Viking tão essencial ao estilo, bem como usar momentos neo-clássicos que encaixam como uma luva nas canções. Resultado da mistura: uma música vibrante, forte, empolgante e que é capaz de surpreender a todos os que a ouvem.

A produção sonora é algo de supreendente, pois soube dar clareza ao som, permitindo que cada instrumento fique extremamente claro, com seu devido volume e sem ficarem mutuamente embolados, especialmente nas incursões de violão. Mas mesmo assim, confere peso e força à banda, o mais importante, óbvio.

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Quando o disco começa a tocar, aí meus caros, a coisa fica deveras séria!

Como dito, a banda desfila uma forma de Viking/Pagan Metal bem forte e agressiva, mas sabe compor de forma que as músicas fiquem diferenciadas umas das outras, mantendo o nível de cada uma alto, o que dificulta demais o encontro de destaques isolados, mas podemos nas primeiras ouvidas destacar a ótima 'Svolder's Battle', com um trabalho de bateria fantástico, pois as conduções e andamentos estão bem trabalhados, com boa diversidade, e os teclados dão um toque de classe à música; a energética e ríspida 'Ginnungagap', com um andamento bem variado, mas com incursões de bumbos duplos velozes contapondo-se à um belo trabalho dos teclados, com riffs de guitarra gascinantes; a empolgante 'Jörmungandr', uma faixa essencial com ótimos riffs contagiantes e vocais muito bem encaixados (o contracanto de vocais rasgados e limpos é um dos pontos mais fortes da música), em uma faixa variada e bonita, mesmo sendo agressiva; a mais Folk 'Feisty Blood', onde justamente por ser instrumental, prioriza os teclados, se bem que o trabalho de guitarras e da base rítmica são surpreendentes; a gradiosa e pomposa 'Homeland', novamente com ótimos vocais e riffs que se ouve e ficam na cabeça por dias; 'Finnish Polkka', outra instrumental mais voltada ao Folk, e mais uma vez o teclado rouba a cena; e a longa e com clima de Idade Média 'Erik the Deaf', onde o lado Folk da banda vem à tona, em uma faixa longa e bem interessante. E após um período de silência, existe uma surpresinha escondida.

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Assistir vídeo no YouTube

Um disco ótimo, que merece uma ouvida com muito carinho, pois pode ser que aquilo que busca está aqui, neste disco fenomenal.

Fimbulwinter - Incursed
(2012 - Independente - Importado)

Tracklist:

01. Endless, Restless, Relentless
02. Svolder's Battle
03. Ginnungagap
04. Jörmungandr
05. Feisty Blood
06. Homeland
07. Nordwaldtaler
08. Northern Winds
09. Finnish Polkka
10. Guardians
11. Erik the Deaf

Formação:

Narot Santos - Vocais, guitarra base
Asier Fernández - Guitarra solo
Jon Koldo Tera - Teclados, backing vocals
Juan Sampedro - Baixo
Asier Amo - Bateria

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Outras resenhas de Fimbulwinter - Incursed

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Sobre Marcos Garcia

Marcos Garcia é Mestrando em Geofísica na área de Clima Espacial, Bacharel e Licenciado em Física, professor, escritor e apreciador de todas as subdivisões de Metal, tendo sempre carinho pelas bandas mais jovens e desconhecidas do público, e acredita no Underground como forma de cultura e educação alternativas. Ainda possui seu próprio blog, o Metal Samsara, e encara a vida pela máxima de Buda "esqueça o passado, não pense no futuro, concentre-se apenas no presente".
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