Rush: "A Farewell to Kings", clássico do rock progressivo
Resenha - A Farewell to Kings - Rush
Por João Pedro Leopoldino
Postado em 30 de junho de 2012
Nota: 10
O Rush já tinha lançado 4 álbuns de estúdio, começando do hard rock e indo até o progressivo. A cada álbum eles iam se distanciando do hard rock do primeiro álbum. "Fly By Night" já mostrava alguns indícios de progressivo com "By-Tor and the Snow Dog", no disco seguinte "Caress of Steel", eles decidiram arriscar com "The Necromancer" e com "The Fountain of Lamneth", com quase 19 minutos. Mas foi o álbum "2112" que os levou para o mundo do progressivo com a faixa-título, de quase 20 minutos. E o que dizer deste álbum? Que tinha o trabalho de ser muito melhor que o "2112"?
O Rush teve cinco fases ao longo de sua carreira.
Fase hard rock blues (1974-1975)
Fase progressiva (1975-1980)
Fase comercial (1980-1982)
Fase dos teclados (1982-1989)
Fase hard rock (1989-atualmente)
E no ano de 1977, eles estavam no auge da fase progressiva. A cada dia eles ganhavam novos fãs que estavam abismados com o som do "2112". E foram pro estúdio criar seu mais novo material.
E se deram muito bem! Na minha opinião é o melhor disco do Rush. Mas mesmo assim "A Farewell to Kings" não foi tão bem recebido pela crítica (Claro! A crítica sempre odiou esse fantástico trio), conquistando 3 estrelas e meia no AllMusic.
Enfim, vamos apertar o play!
O disco começa com um violão suave, que é apenas a introdução da porrada que vinha a seguir. A faixa-título é simplesmente sensacional, destaque para a linha de baixo de Geddy Lee. Que estava começando a virar o grande baixista que é hoje.
"Xanadu", a melhor do álbum, começa bem suave, com Alex Lifeson solando suavemente, com alguns toques do sintetizador de Geddy. Para logo depois ficar mais agressiva. Pra mim essa é a faixa que Lifeson mais se destaca. Ao lado de "La Villa Strangiato", do álbum seguinte.
Então passamos para uma das músicas mais famosas do Rush, a baladinha "Closer to the Heart", que mostra as qualidades do Rush fazendo baladas. E também mostra que Neil Peart é um excelente letrista.
"Cinderella Man" é uma outro musicaço, com uma excelente linha de baixo de Geddy Lee. "Madrigal" é uma faixa muito subestimada pelo power-trio, deveria estar presente nas set-lists.
E então, o trio traz essa maravilha de música para encerrar o álbum. "Cygnus X-1, Book 1: The Voyage" é a primeira faixa da sequência "Cygnus". A segunda está no álbum seguinte, "Hemispheres". A bateria de Neil está sensacional, Lifeson toca a guitarra com a alma. E Geddy Lee atingindo altos tons é uma perfeição. Enfim, maravilha de música, maravilha de álbum. Um clássico do rock progressivo.
Tracklist:
"01. A Farewell to Kings" (5:51)
"02. Xanadu" (11:08)
"03. Closer to the Heart" (2:53)
"04. Cinderella Man" (4:21)
"05. Madrigal" (2:35)
"06. "Cygnus X-1, Book 1: The Voyage" (10:25)
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