Napalm Death: "Utilitarian" é um dos trabalhos ousados
Resenha - Utilitarian - Napalm Death
Por Vitor Franceschini
Postado em 27 de maio de 2012
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Receber este trabalho lançado pela Shinigami Records foi de grande satisfação, pois se trata de um álbum de uma das maiores bandas do Metal extremo mundial. Este é o décimo quarto disco de estúdio lançado pelo Napalm Death (o total de trabalhos entre demos, singles, Ep´s, DVD, entre outros chegam a 60!) em mais de 30 anos de carreira.
Mesmo como um dos principais – talvez o principal – pilares do Grindcore, a banda nunca deixou de ousar ou, no mínimo, mesclar influências do Death Metal e do Hardcore em seus trabalhos. "Utilitarian" figura dentre os trabalhos ‘ousados’ da banda, lembrando que o Napalm sempre adiciona ao seu som e nunca muda drasticamente.
Desde o início com a introdução densa e apocalíptica de Circumspect o álbum irá causar calafrios nos fãs mais radicais, mas logo se animam com Errors In The Signals, que vem logo em seguida mostrando a verdadeira face da banda. Mesmo assim, o freio é puxado em um refrão bem grudento e com excelentes backing vocals (como sempre) do guitarrista Mitch Harris.
Seguindo a linha mais tradicional da banda Protection Racket mostra o lado Death/Grind, com variação rítmica e peso ímpar. Think Tank Trails desperta a insanidade do grupo, com a velocidade que lhe é cabível e Nom De Guerre mantém o tom e a agressividade característica da banda.
Indo para o lado polêmico, aliás, inusitado podemos citar Everyday Pox, que conta com um saxofone (a cargo de John Zorn) muito insano, seguindo o Grindcore da banda. Particularmente curti muito a inclusão do instrumento, loucura total. Já The Wolf I Feed, com uma veia Punk no instrumental, deixará os fãs com a pulga atrás da orelha. A divisão de vocais entre Barney Greenway e Mitch ficou excelente, mas o refrão com vozes limpas (bem parecido com Fear Factory) pode causar vários xingamentos.
Outra que causará estranheza será Fall On The Swords, seu refrão chega a ser épico e seu ritmo é bem cadenciado para os padrões da banda. Às mentes abertas as faixas apenas soarão como surpreendentes, já que são ótimas composições e só acrescentam no som da banda (como foi dito no início da resenha).
"Utilitarian" ainda apresenta um Danny Herrera muito mais técnico na bateria, onde acompanhado da lenda Shane Embury, detonam em 90% das composições. "Utilitarian" é um disco que não oscila entre o bom e o ruim, mas sim entre o habitual e o inusitado. Tudo sem deixar de soar Napalm Death, o que é o que mais importa. E olha, essa versão vem num lindo digipack e é limitada, portanto corra atrás do seu!
Outras resenhas de Utilitarian - Napalm Death
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A música de amor - carregada de ódio - que se tornou um clássico dos anos 2000
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
As quatro músicas do Metallica que James Hetfield considera suas favoritas
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
O melhor baterista dos últimos 10 anos, segundo Lars Ulrich do Metallica
Brian May escolhe os três maiores solos de guitarra de todos os tempos
O Melhor Álbum de Hard Rock de Cada Ano da Década de 1980
Camiseta oficial de Ozzy Osbourne zoa Roger Waters por fala que irritou a todos
A banda esquecida que Eric Clapton considera os pioneiros do heavy metal
O músico que fez o lendário Carlos Santana se sentir musicalmente analfabeto
Líder do Metal Church conta como a nova formação da banda foi montada
Roger Waters presta homenagem a Marielle Franco em nova faixa
Tony Iommi escolhe o maior guitarrista de todos os tempos; "meu ídolo"
David Gilmour revela quais as quatro bandas de prog rock que ele mais detesta
O jovem guitarrista preferido de Stevie Ray Vaughan nos anos oitenta
A única pessoa que poderia ter substituído John Lennon nos Beatles, segundo Noel Gallagher
"Quando Radiohead copia Beatles é genial; já o Oasis é plágio", diz Noel Gallagher
A hilária crítica de Roberto Frejat contra fala cheia de "pretensão" do Bon Jovi

Shane Embury, do Napalm Death, presta emocionante homenagem a Tomas Lindberg
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal



