Mercenary: Pesado, melódico, com técnica e competência
Resenha - Metamorphosis - Mercenary
Por Renato Trevisan
Fonte: ocaralhoa4.blogspot.com
Postado em 23 de abril de 2011
Nota: 9
Ultimamente, o mundo do Metal está sendo invadido pro bandas que propõe um som pesado e agressivo, mas que se esbaldam em atmosferas e sonoridades mais modernas, fazendo uma mescla de influências Extremas, limpas e futurísticas. Dentre esses grupos, um que chama muito a atenção é o Mercenary, um grupo dinamarquês, formado em 1991, que aposta na mescla das melodias do Power Metal, com o peso e toda a agressividade do Death Metal.
Agora em 2011, o grupo lançou seu sexto full-length. "Metamorphosis", liberado dia 25 de fevereiro, pela NoiseArt, que traz um som um pouco diferente do que a banda vinha explorando. Tudo ainda continua pesado e veloz, mas, de cara, fica explícito que a banda incorporou algumas novas influências vindas do Metalcore ao seu som. Logo, atmosferas mais futurísticas e apocalípticas são encontradas por toda a audição. Essas novas influências ainda recaem sobre os vocais, já que René Pedersen utilizou um leque bem amplo de linhas vocais ao longo do disco. É possível ouvir vocais mais limpos e melódicos, e drives mais agudos e agressivos, além dos guturais mais graves, vindos diretamente do Death Metal.
O instrumental do grupo apresenta guitarras sempre muito pesadas e distorcidas, com linhas repletas de riffs abafados. A cozinha é digna de uma banda que usa o termo "Death" em sua classificação e definição, visto seu peso e agressividade, mas, que também, apresenta linhas com um certo tempero "groove", com algumas quebradas de ritmo bem interessantes. Só gostaria de deixar claro que toda essa agressividade nem passa longe de soar apenas como barulho, assim, tornando-se enjoativa, já que o grupo conseguiu a proeza de compor músicas que apresentam um som pesado, mas que tem melodias acessíveis. Logo, sendo pesado, melódico e moderno, toda essa "pancadaria", desce fácil fácil.
Alguns poderão achar o som muito calcado no Metalcore, visto todo o clima apocalíptico e caótico que o grupo conseguiu compor sem nenhum recurso que não fosse o de um teclado. Mas, de qualquer forma, quem não se importa tanto com rótulos e deseja apenas curtir algo pesado mas que soa melódico e, além de tudo, feito com muita técnica e competência, esse novo do Mercenary é uma ótima pedida.
René Pedersen - Vocals, Bass
Jakob Mølbjerg - Guitar
Martin Buus Pedersen - Lead Guitar, Keyboards
Morten Løwe Sørensen - Drums
Guest:
Kim Olesen - Keyboards
1. Through the Eyes of the Devil - 05:11
2. The Follower - 04:37
3. In a River of Madness - 05:59
4. Memoria - 05:42
5. Velvet Lies - 06:52
6. In Bloodred Shades - 04:39
7. Shades of Grey - 05:34
8. On the Edge of Sanity - 04:22
9. The Black Brigade - 05:44
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