Father's Face: algo bom, novo e coerente, digno de nota
Resenha - Soundtrack for a Closing Light - Father's Face
Por Marcos Garcia
Postado em 01 de outubro de 2010
Nota: 9 ![]()
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O Metal no mundo inteiro está diante de um momento importante em sua história: a mudança de paradigma. Isso já aconteceu algumas vezes, apesar de ser um estilo musical relativamente ainda jovem, pois mal chegou a sua quarta década de vida e já viu o surgimento da NWOBHM, do Thrash da Bay Area e Alemão, do Black Norueguês, entre outros maiores e menores; e ainda ocorrerá tantas vezes, já que o devir não pode ser parado, mas apenas apreciado.

No momento, para quem observa, parece que o novo modelo será baseado na total repulsa aos rótulos, buscando cada vez mais elementos em subestilos diferentes, criando cada vez mais inovações e estilos híbridos fortes para resistir a um novo tempo que surge no horizonte, e os desafios que ele trará.
No Brasil, as bandas estão procurando cada vez mais utilizar estas fórmulas híbridas em seu som, e assim, acabam fazendo algo bom, novo e coerente, digno de nota. E o FATHER'S FACE, do Rio Grande do Sul, está nesta turma, e mostra claramente isso neste primeiro CD, que acaba de ser lançado de forma independente.
Calcado no Metal Tradicional bem feito, há um leque de influências musicais bem amplo e positivo em seu som, que de forma alguma é enjoativo ou insosso, mas sempre cativante, cheio de energia e vida. E o mais importante: Pesado, bem pesado.
A produção artística é simples, mas passa bem o contexto que a banda que passar, sem comprometer o resultado final. A sonorização está em um bom nível, o que é visto bastante nos últimos tempos, este bom padrão para as bandas nacionais independentes
"Evil's War" é a primeira faixa, com belas guitarras na linha JUDAS PRIEST/IRON MAIDEN, com os vocais limpos bem feitos de Lucas Alessandro, quanto os mais urrados, esses sendo contribuição do guitarrista Alessandro Marques. Ela prepara o clima para a forte "Thy Touch", uma música bem trabalhada e cheia de variações climáticas, algo entre a NWOBHM e aquele Power/Thrash Metal americano do início da década de 80, mas bem atualizado. Os duelos de solos de guitarra de Alessandro e Cristovão Viero são de arrepiar, assim como o baixo cavalgante de Luciano de Oliveira. Já em "One in Many", os duetos entre a o timbre mais agudo de Lucas e os urros de Alessando, dão a tônica da música, embora muito do peso venha do batera Daniel Seimetz, e ele mesmo dá uma aula de tempos quebrados e condução pesada na bateria em "...Or a Lonely Soul?", à lá John Bonham, que vem logo depois. Esta música, pela variedade, tem um clima que lembra o Thrash Metal lento e mais melodioso da primeira metade da década de 90 e algumas pitadas do som característico de Gotemburgo. Ouvida obrigatória.
Em "Eden", o clima já fica mais rápido, mostrando as velhas energia e garra do Power Metal dos 80's, com grandes variações musicais, e "Shivering in Gray" já é mais cadenciada, com um clima meio FLOTSAM & JETSAM, que encaixava um vocal mais melodioso em pauladas Thrash, e uma pitadinha de FATES WARNING antigo nas variações e tempos mais quebrados, assim como "My Reflection" tem o clima que lembra o "...And Justice for All" com um vocal melodioso e bem encaixado. Agora, a hiper cadenciada, bonite e pesada "Quieten my Anguish", que pode enganar o mais incauto que pensa ser ela uma balada. Cuidado, pois a surpresa ao ouvi-la é maravilhosa. "Both the Worst Sides" já retoma a pegada mais cadenciada de antes, mas bem trabalhada e em alguns momentos, pelos vocais agudos de Lucas, leva-nos a pensar em algo próximo do QUEENSRYCHE em sua melhor fase, mais um duo de guitarras bem BLIND GUARDIAN. Fechando o CD, temos a bela "Soundtrack for a Closing Light", que varia os andamentos entre partes lentas e rápidas, mas sempre mantendo as ótimas melodias e peso.
Tracklist:
01. Evil's War
02. Thy Touch
03. One in Many
04. ... Or a Lonely SOul?
05. Eden
06. Shivering in Gray
07. My Reflection
08. Quieten my Anguish
09. Both the Worst Sides
10. Soundtrack for a Closing Light
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