U2: mais do que nunca, a atual maior banda do planeta
Resenha - No Line On The Horizon - U2
Por Anderson Nascimento
Fonte: Galeria Musical
Postado em 11 de março de 2009
O U2 está de volta, e certamente é o U2 da década atual. Dificilmente o U2 terá novamente a cara dos anos 80 como tolamente ainda esperam algumas pessoas. Na verdade, em três décadas, o U2 caracterizou-se de formas diferentes, muito embora a forma politizada de ver o mundo tenha sido a mesma em todas as fases. Algumas vezes mais ácida, como na primeira metade dos anos 80, outras menos, leia-se fase Pop nos anos 90, e depois como ativistas e permanentes engajados em políticas humanitárias nos anos 2000.
A verdade é que qualquer um que espere que o artista ou banda volte à fase clássica terá que esperar sentado. A música evolui, os temas são outros e a própria necessidade do artista é diferente.
Em "No Line on The Horizon", a banda está mais relaxada, porradas como "Vertigo" do álbum anterior não dão as caras no novo lançamento. Em compensação, discursos políticos, de guerra e de respeito ao planeta estão lá.
Quem se assustou com o primeiro single, a faixa meia-boca "Get on Your Boots", uma mistura de Beatles com o próprio som do U2, mas que "sem dar liga", vai se impressionar com a qualidade de músicas como a faixa título. "No Line on the Horizon", uma bonita balada romântica, ao contrário do que se imagina tratar a música em um primeiro momento. Ou ainda no segundo single do álbum "Magnificent", que remonta a atmosfera noventista do grupo, com direito à participação de Will.I.Am nos teclados.
Em "Moment of Surrender", com seus longos sete minutos, temos outro momento agradabilíssimo, percebemos uma ode ao próprio U2, recheada de referências musicais da própria banda. Assim como em "Unknow Caller", grande faixa que faz o ouvinte pensar em sua provável versão ao vivo, que também é temperada com o sabor dos anos 80, onde os antigos "Oôoôoo" estão de volta. Em tempo, a ode acontece inclusive ao próprio disco novo, no caso da música "Fez - Being Born" que cita a cidade onde parte do álbum foi gravado e auto-referencia o próprio álbum.
Em termos de faixas mais agitadas, temos "I’ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight", um dos melhores momentos do álbum, que chega a lembrar o som feito no grande álbum "All That You Can Leave Behind", um Rock de refrão empolgante e pegajoso, que leva o ouvinte a se perguntar o porquê do álbum não ter mais momentos como esse.
Outro grande momento é o discurso político de "Stand up Comedy", que faz lembrar John Lennon com "Power to The People", a letra tenta sacudir o povo em busca de um mundo melhor.
Entre "White Snow" e a faixa que encerra o álbum "Cedars of Lebanon", duas músicas com temática voltada para guerra, que musicalmente deixam um pouco a desejar, está a angustiante canção "Breath", que é um dos raros momentos mais roqueiros do disco, e poderia muito bem ter sido escolhida para encerrar o álbum, talvez aí o grande erro do álbum que acaba encerrando com a música que, apesar da letra, é menos expressiva do álbum.
O novo disco provou que o U2 é, mais do que nunca, a atual maior banda do planeta. A movimentação em torno do lançamento foi incrível, rádio, jornal, televisão, blogs, todos falando sobre o mesmo assunto. Só no Brasil, o disco foi lançado em três versões diferentes, coisa difícil aqui na terrinha, sem contar que no Brasil não foram lançadas as versões em vinil e os singles do disco, o que é comum lá fora, e acaba totalizando até agora, oito formatos diferentes para o ouvinte escolher e comprar.
E por incrível que possa parecer, o U2 já anunciou que lança outro álbum ainda esse ano. Desta vez a espera por um álbum inédito, que entre "How to Dismantle an Atomic Bomb" e o novo disco durou cinco anos, foi drasticamente reduzida. Vamos torcer que o U2 consiga manter o padrão de boas músicas, mas que acelere um pouco mais o ritmo.
Outras resenhas de No Line On The Horizon - U2
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



"Come to Brazil" - 2026 promete ser um ano histórico para o rock e o metal no país
Welcome to Rockville 2026 divulga line-up oficial
Manowar anuncia turnê celebrando álbuns "Fighting the World" e "Kings of Metal"
O melhor cantor de baladas de todos os tempos, segundo Bob Dylan
O que Chorão canta no final do refrão de "Proibida Pra Mim"? (Não é "Guerra")
As 3 melhores músicas do Aerosmith de todos os tempos, segundo Regis Tadeu
Pink Floyd disponibiliza versão integral de "Shine On You Crazy Diamond"
A postura passiva de filho de Bon Jovi com esposa que foi alvo de críticas na web
Os quatro maiores solos de guitarra de todos os tempos, segundo Carlos Santana
Site americano lista os 11 melhores álbuns de rock progressivo dos anos 1990
Bangers Open Air confirma Twisted Sister e mais 40 bandas para 2026
O guitarrista que Alex Lifeson acha que merecia ter sido muito maior
Com Tesla e Extreme, Mötley Crüe anuncia turnê celebrando 45 anos de carreira
Charlie Sheen relembra encontro com Ozzy Osbourne em clínica de recuperação
Mike Portnoy conta como está sendo tocar músicas que o Dream Theater gravou com Mike Mangini
Pearl Jam: os temas complexos abordados em "Daughter"
Nando Reis ia com frequência até a casa de Cássia Eller, mas não sabia o endereço dela
Black Sabbath - Perguntas e respostas e curiosidades

U2 é confirmado como atração do Todo Mundo no Rio em 2026
Bono cita dois artistas que o U2 jamais vai alcançar; "Estamos na parte de baixo da escada"
A "melhor banda de rock'n'roll em disco", segundo Bono, do U2



