Matérias Mais Lidas


Stamp
Summer Breeze 2024

Resenha - Complexity - Vitrea

Por Giorgio Moraes
Postado em 02 de fevereiro de 2009

Nota: 7 starstarstarstarstarstarstar

E eis que me deparo com mais uma banda nacional. A bola da vez são os caras da Vítrea, banda independente formada em fins de 2003 na cena de Curitiba e que chega ao seu 2º CD, "Complexity", álbum que nasceu pelas mãos do baterista, Fábio Lavalle, em 2008. Ele gravou, mixou e masterizou a criança. Uma agência local de turismo entrou com a grana e possibilitou que o CD fosse prensado no Pólo Industrial de Manaus.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

"Complexity" surge marcado e alinhavado pela relevante e atualíssima preocupação com a destruição do meio-ambiente. Esse conceito vem expresso tanto na parte gráfica — a capa do CD mostra uma folha amarelando, com uma paisagem urbana em segundo plano — quanto no que concerne às letras (a faixa-título fala do respeito que o homem deveria ter pelo seu lar, a Terra). Há ainda a faixa 7 — cujo nome é "Amazônia". Nela, a banda chama de "filhos da impunidade" aqueles que promovem o desmatamento na região, sob os olhares complacentes de nossos governantes. Não bastasse tudo isso, o material usado na fabricação do CD é todo reciclável. Eis o que eu chamo de postura ecológica!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Em termos de produção, no entanto, pude notar certo descuido por parte da Vítrea. Entre as faixas finais há cortes bruscos, muito típicos de desacertos e desencontros na produção e pós-produção. Isso não pega bem para quem pretende entrar com seriedade no mercado musical. Um pouco mais de cuidado, portanto, será bem vindo em trabalhos futuros.

Quando a banda entra em ação faz-se necessária nova ressalva, dessa vez quanto à limitação do vocal de Roberto Valle - especialmente nos momentos em que ele incorpora ares de vocalista de Metal, estilo sobre o qual — ao meu ver — a Vítrea se apóia (apesar de constar em seu site oficial que eles promovam uma fusão de estilos para moldar o som da banda). O fato é que o esforço feito por Valle para alcançar as notas mais altas é tão nítido quanto o Pão de Açúcar em um dia de verão. Isso causa perda de naturalidade, fazendo com que praticamente tudo soe como um grande "fake profile". Roberto Valle só não compromete de forma irremediável o trabalho da Vítrea devido ao empenho da banda em explorar de forma competente as boas melodias criadas pelo guitarrista Marcos Mayer, responsável por todas as músicas do CD. O baixo de Djalma Shimada também merece destaque, pois "fala alto" desde a abertura dos trabalhos e permanece navegando com tranquilidade ao longo dos 43 minutos de "Complexity". A bateria de Fábio Lavalle soa correta, apenas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Como destaques, eu elegeria a bela "Like a Storm"; "Brand New Heart"; "Just Another Day" e a instrumental "Synchronous Rotation". O CD encerra com uma versão acústica de "Like a Storm" — executada de forma bem apropriada ao alcance natural da voz de Valle.

Creio que uma nota 7 está de bom tamanho.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Bruce Dickinson
Jethro Tull

Grave Digger: Ceifando a vida dos incrédulos da Terra Santa

Resenha - Aurora do Triunfo Herétiko - Sevo

Resenha - Black Bible - Judas Iscariotes

Resenha - Master Executor - Warfield

Resenha - Ocean - Holdark

Resenha - SupremeInstinctNumb - Malice Garden

Varathron: A hegemonia do caos

Resenha do álbum "Eu Sou a Derrota", da banda Sangue de Bode

Resenha - Gates Of Metal Fried Chicken Of Death - Massacration

Guns N' Roses: Resenha de "Chinese Democracy" na Rolling Stone

Dream Theater: Falling Into Infinity é um álbum injustiçado?

Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Giorgio Moraes

Giorgio Moraes, 33 anos, é formado em Letras. Natural do Rio de Janeiro, ele reside a 20 anos em São Luis do Maranhão. Tem em seu currículo shows como Raimundos, Detonautas, Skank, e a histórica apresentação dos Stones em Copacabana, no ano de 2006. Escritor, atualmente divulga seu 1º Ebook de poesia.
Mais matérias de Giorgio Moraes.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS