Iced Earth: trabalho bom, mas não um trabalho excepcional
Resenha - Crucible of Man - Iced Earth
Por Walter Alfredo
Postado em 05 de setembro de 2008
O Iced Earth ganhou fama ao longo dos anos graças a uma verdadeira coleção de fatores: riffs arrastados de Thrash Metal, um certo toque épico em algumas músicas ("Angels Holocaust" é um exemplo perfeito disso), habilidade de seus músicos - em especial a voz potente de Matt Barlow, e as temáticas dos álbuns, com referências a mitologia, em "Dante´s Inferno", e histórias de terror, como no álbum "Horror Show". Esse ano a banda apresenta "The Crucible of Man", um trabalho onde pode-se perceber tudo isso e um pouco mais.
Os toques acústicos e os vocais limpos da curta "In Sacred Flames" abrem o álbum, e logo dão lugar a riffs furiosos em "Behold the Wicked Child". Essa música demonstra muito do que o Iced Earth faz (e muito bem): guitarras e baixo fortes e rápidos, solos bem feitos, bateria com bumbo duplo bem usado, e os vocais graves, tudo em perfeita sintonia. Há momentos mais suaves com "A Gift or a Curse", que graças aos riffs leves fica com um jeito de balada, e "Harbinger of Fate", onde se ouve o som de sinos enquanto o coral canta.
Porém, mesmo apresentando tudo que o Iced Earth faz de bom, "The Crucible of Man" tem seus problemas. "Crucify the King", "I Walk Alone" e "Something Wicked (Part 3)" são músicas boas, mas quem conhece bem a banda sabe que eles fazem sons não necessariamente mais pesados, mas melhores. A presença excessiva de corais e a ausência de peso passam uma impressão de que a banda resolveu experimentar um pouco neste CD. "Come What May" e "Epilogue", que encerram o álbum, são bons exemplos disso: a primeira é longa e calma, com uma distorção leve, e a segunda é totalmente instrumental – o que não é novidade nenhuma, basta ouvir "1776" do "Something Wicked This Way Comes" para perceber isso – que conta com sons de violino, algo que é novidade nas melodias do Iced.
Esses problemas não chegam a comprometer o mais novo trabalho do Iced, mas tiram um pouco de seu valor. O retorno de Matt Barlow já acrescenta muito ao grupo - ele sabe usar perfeitamente a voz, tanto em músicas mais pesadas quanto em baladas. Porém, os fãs mais radicais talvez não gostem do CD por não conter todo o peso e empolgação de álbuns mais antigos, como "Horrow Show", "Dark Saga" ou o CD triplo "Alive in Athens", registro de um show que a banda fez em 1999. Pode-se dizer que sobrou vontade de fazer algo mais experimental, algo novo, deixando um pouco de lado as distorções de costume. Em resumo, "Crucible Of Man" é um trabalho bom - mas não é um trabalho excepcional do Iced Earth.
Iced Earth- The Crucible of Man
1. "In Sacred Flames" 1:29
2. "Behold the Wicked Child" 5:38
3. "Minions of the Watch" 2:06
4. "The Revealing" 2:40
5. "A Gift or a Curse" 5:34
6. "Crown of the Fallen" 2:49
7. "The Dimension Gauntlet" 3:12
8. "I Walk Alone" 4:00
9. "Harbinger of Fate" 4:43
10. "Crucify the King" 5:36
11. "Sacrificial Kingdoms" 3:58
12. "Something Wicked (Part 3)" 4:32
13. "Divide and Devour" 3:15
14. "Come What May" 7:24
15. "Epilogue" 2:21
Tempo Total 59:19
Jon Schaffer- Guitarra e Backing Vocals
Matt Barlow- Vocal
Troy Seele- Guitarra
Brent Smedley – Bateria
Freddie Vidales - Baixo
Outras resenhas de Crucible of Man - Iced Earth
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