Toto: ao-vivo, no auge, embora desfalcado
Resenha - Falling In Between Live - Toto
Por Diego Vianna
Postado em 04 de fevereiro de 2008
Outrora massacrada pela mídia pró-hype, a banda de westcoast/AOR Toto traz à luz o que pode ser chamada de revanche. "Falling In Between Live", quarto ao vivo da carreira, cobre a turnê do álbum homônimo lançado em 2006. Desde já pode ser considerado uma pequena obra-prima, pois o show ocorrido na França (e recentemente no Brasil) mostra a banda em seu auge (mesmo que desfalcada de Mike Porcaro e David Paich), tanto em termos de técnica quanto feeling.
A canção "Falling In Between" abre o concerto de forma espetacular. Um prog-metal com influência indireta de Dream Theater em que o vocalista Bobby Kimball, aos berros, divide os vocais com Greg Phillinganes, culminando numa sessão instrumental de cair o queixo. De imediato, a também recente "King Of The World" segue de forma coesa o set-list para emendar com "Pamela". Ao final, o baixista barbudão Leland Skylar, substituto temporário de Porcaro, é apresentado.
"Bottom Of Your Soul" é uma balada grandiosa, uma "Africa" do novo milênio. Nela Steve "Luke" Lukather canta e toca violão como poucos, porém, um tanto desnecessário o efeito usado no vocal.
"Caught In The Balance", do álbum "Mindfields" - que marcava a volta de Bobby Kimball - é outro destaque maior. Em "Don’t Chain My Heart", os solos bluesy de Lukather e o piano de Philinganes dão o tom da canção. Na seqüência as indispensáveis "Hold The Line" (do debut auto-intitulado de 1977), "Stop Loving You", cujos vocais ficaram muito bem a cargo do guitarrista-base Tony Spinner, e a brega "I’ll Be Over You".
A veia soul de Kimball volta em "Cruel". Um solo individual de Phillinganes encerra o "lado A".
"Rosanna", maior hit do Toto, surge em novo arranjo para fugir da mesmice - segundo os próprios músicos - e depois volta à roupagem original, para deleite do público. "I’ll Supply The Love" e "Isolation" são puro AOR, enquanto "Gift Of Fate" e "King Of "Desire possuem tendências de hard rock, sendo esta última uma agradável surpresa.
Um solo de Luke, a instrumental "Hydra" e um solo de bateria a cargo do exímio Simon Philips esbanjam técnica e precisão.
Mais uma nova, a rápida "Taint The World" e outra de "Kingdom Of Desire", "Gypsy Train" com a banda detonando.
A bela e dramática "Africa" emociona a todos e finaliza o concerto. No bis, "Drag Him To The Roof" resgata "Tambu" (1995), com alguns toques progressivos e agudos rasgados de Kimball ao final: conclui-se que este sessentão ainda soa como um guri. Sem sombra de dúvidas um registro magistral.
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