DeathStars: originalidade que falta a uma maioria
Resenha - Termination Bliss - DeathStars
Por Caron+e
Postado em 24 de novembro de 2007
Nota: 9
DeathStars é uma banda sueca que estreou em 2002 com o lançamento do razoável "Synthetic Generation" e que começou agora a se consolidar com o recente trabalho "Termination Bliss".
Apesar de se definirem como glam-death, a verdade é que o DeathStars faz um heavy metal com influências do industrial, abusando do apelo visual, mas com referências claras a trabalhos de gente como Marylin Manson e Rammstein, embora, em entrevistas, seus integrantes sempre neguem o fato.
Sons experimentais, teclados básicos porém "ambientais", guitarras devastadoras e uma bateria acima da média garantem o deslanchar de clássicos instantâneos, como "Tongues", "Blitzkrieg" e "Cyanide".
"Blitzkrieg", embora muitos não gostem, é agitada e tem muito daquele "trance metal" que o Till Lindermann do Rammstein fala... Já "Cyanide" é uma faixa de gente grande, realmente impossível de ouvir uma vez só. Só ela já valeria o CD inteiro!
"Play God" e "The Last Ammunition" não ficam muito atrás. A última, por sinal, é considerada por alguns fãs, a segunda melhor faixa do CD, marcada pelo cozinha bem azeitada das guitarras, ora tocando em uníssono.
Se você procurar em sites como Youtube, encontrará pelo menos meia dúzia de clipes destes caras, que apelam sem dó para a imagem e fazem questão de ressaltar este aspecto como marca de seu estilo.
As letras, bem... estão mais para In Flames que para as bandas de gothic. São sutis como uma colheitadeira ceifando cana e falam justamente daquela parte do ID que Jung e Freud chamam de "Sombra"...
O vocal do Andreas (vulgo Whiplasher) é que ainda me parece o calcanhar-de-Aquiles desta banda. Se por um lado, ele tenta alternar entre graves a la Till Lindermann e passagens mais suaves, o abuso de distorções e efeitos eletrônicos às vezes tira a identidade do vocalista, que ainda precisa evoluir musicalmente.
Mas, resumo da ópera: o CD é original e a banda, apesar de nova, mostra originalidade e uma criatividade que eu vejo faltar em 99% dos atuais grupos de metal. Nota 9 com louvor.
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