Trey Anastasio: positividade rara e simples
Resenha - Shine - Trey Anastasio
Por Rodrigo Simas
Postado em 06 de abril de 2007
Nota: 7 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Pouco conhecido no Brasil, mas com uma legião de fãs nos EUA, o Phish foi (sim, a banda lançou seu último CD em 2004, o excelente "Undermind", e depois declarou suas atividades encerradas) uma banda que sempre primou pelos shows, com performances ao vivo espetaculares, que fizeram história e saciaram durante anos os órfãos do Gratefull Dead. Juntos, lideraram o movimento das jam bands americanas, abrindo território para outros tantos grupos que seguiram sua mesma proposta de liberdade musical.

Para alegria dos fãs, Trey Anastasio, ex-líder do Phish, continua em frente, compondo, gravando e fazendo turnês. "Shine" (2005) é seu último CD de estúdio e traz a tona o lado mais acessível do guitarrista. Em contraponto às infinitas partes instrumentais dos CDs de sua antiga banda, Trey mostra em "Shine" que consegue fazer, sozinho, um repertório que captura o clima ao vivo de suas apresentações, criando uma atmosfera positiva em faixas mais diretas, assimiláveis, com boas melodias e, logicamente, pitadas de Phish.
Os solos estão presentes (ouça "Wherever You Find It"), mas não duram mais 10 minutos e não há muitas guitarras pesadas (momentos mais pesados como a poderosa "Come As Melody" são raros, mas funcionam). Trey sabe dosar as partes mais calmas com cuidadosos arranjos, que combinam seu ecletismo musical com simples canções de rock (é impossível não se envolver com faixas como "Sweet Dreams Melinda" e "Invisible"), conseguindo criar um repertório que provavelmente vai agradar os antigos fãs do Phish e ainda angariar novos apreciadores que não tinham paciência para a viagem psicodélica dos épicos progressivos e jams alucinadas.
Por outro lado, as mesmas qualidades apresentadas em "Shine" podem ser um problema: a natureza mais simples das músicas mostram um Trey Anastasio comportado, sem experimentações e com limitações para sua criatividade normalmente ilimitada. Optando por construir músicas bem estruturadas de pop rock, com duração média de 5 minutos, seguindo um padrão pré-concebido, Trey pode decepcionar os admiradores de seu lado mais inquieto e imprevisível.
Ouça "Shine" sem preconceitos, despretensiosamente, já que é isso que ele é: uma obra sem pretensões de ser o que não é, mas que consegue envolver o ouvinte com uma positividade rara e simples. A versão dual-disc ainda traz o CD completo em "Enhanced Stereo", quatro músicas ao vivo no lendário Red Rocks Amphitheater (a já citada "Come As Melody", "Air Said To Me", "Shine" e a ainda inédita "Dark and Down"), entrevistas com Trey Anastasio e sua banda e algumas cenas de bastidores.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O álbum clássico do Iron Maiden inspirado em morte de médium britânica
A música que surgiu da frustração e se tornou um dos maiores clássicos do power metal
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
Andi Deris garante que a formação atual é a definitiva do Helloween
O melhor álbum do Led Zeppelin segundo Dave Grohl (e talvez só ele pense assim)
A canção emocionante do Alice in Chains que Jerry Cantrell ainda tem dificuldade de ouvir
O álbum do Led que realizou um sonho de Jimmy Page; "som pesado, mas ao mesmo tempo contido"
John Petrucci destaca influência de Maiden e Metallica na relação do Dream Theater com os fãs
O rockstar que Brian May sempre quis conhecer, mas não deu tempo: "alma parecida com a minha"
A banda que superou Led Zeppelin e mostrou que eles não eram tão grandes assim
Steve Harris reconhece qualidades do primeiro álbum do Iron Maiden
Como a morte violenta do namorado bem na sua frente mudou a vida de Rob Halford
Cinco músicos brasileiros que integram bandas gringas
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
A canção que Sandy & Junior recusaram e acabou virando hino do rock nacional nos anos 2000
Metallica: a regressão técnica de Lars Ulrich
O artista de rock nacional com maior cachê do mercado hoje, segundo ex-diretor da BMG
A triste constatação de Erasmo Carlos sobre o rock brasileiro

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



