Resenha - Of Whales and Woe - Les Claypool
Por Rodrigo Simas
Postado em 04 de janeiro de 2007
Nota: 8
Chega a ser ridículo comentar sobre a habilidade com que Les Claypool toca seu baixo. Mas também é ridículo como em cada novo lançamento, ele ainda consegue deixar todos impressionados. Com vários projetos em atividade (além do Primus), como o supergrupo Oysterhead (com Trey Anastasio nas guitarras e Stewart Copeland na bateria) ou a Frog Brigade, sua criatividade parece não ter fim.
Desta vez com um disco solo, Les conseguiu inovar novamente. Praticamente sem guitarras, sendo acompanhado por um saxofone, uma cítara e um theremin, tudo soa um pouco estranho (como quase tudo escrito por ele) na primeira audição. E talvez na segunda e na terceira. Mas quando as coisas começam a fazer sentido, tudo se encaixa. O baixo, logicamente em destaque, serve como base – sempre com aquele groove característico – para as aventuras vocais e suas linhas melódicas caóticas, as vezes faladas, cantadas ou gritadas. Ou tudo isso junto.
Os exóticos instrumentos que entraram nessa mistura não são esquecidos. Les reservou espaço para solos e arranjos que destacam suas participações. E tudo na verdade acaba parecendo um disco do Primus, com outros colegas de banda, logicamente. Não menos pesado, não menos inspirador.
Depois da introdução, "One Better" é um belo cartão de entrada, com um dos melhores riffs (de baixo!) dos últimos tempos. Já que falamos – novamente – de baixo, vale citar a esquisitíssima "Iwoan Gal", uma pérola que só poderia ter saído de cabeça de Les Claypool. Gostou? Ouça "Nothin’ Ventured", "Rumble Of The Diesel" e "Filipino Ray" e contemple um músico que ainda não descobriu os limites para a liberdade de sua música. Ainda bem.
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