Resenha - Thornography - Cradle Of Filth
Por José Cláudio Carvalho REis
Postado em 03 de janeiro de 2007
Nota: 8
Black Metal? talvez a pecha tenha sido equivocada desde o início. Com peças que evocam vampirismo, Elizabeth Bathory e, finalmente, o escritor inglês Lord Byron, a banda do malucão Dani Filth é muito mais versátil (embora tenha uma queda abissal pelo gótico).
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A cena Black sempre se levou a sério demais. Essa história de adorar o diabo é, a princípio, (mais) uma forma de dar um tapa na caretice. Pois o rebolado de Elvis, ou os insultos dos Sex Pistols já não incomodam a mais ninguém...
Pensando assim, o Cradle Of Filth aprendeu a lição - e com louvor! Praticantes de um estilo "burlesco" e teatral, a turma de Dani Filth sempre foi rechaçada pelos "true", mas possui um séquito fiel de admiradores.
Sorte de quem tem a mente aberta. Assim, pode apreciar, sem ressalvas, a mais uma doideira "filthiana". A parte instrumental traz aquela competência característica, com uma produção mais caprichada. O som está bem direto, sem aquela atmosfera à la "Dusk And Her Embrace" (clássico!), mas o climão carregado se faz presente.
Dani já não canta como antes. Seu vocal está mais contido, próximo de uma Linda Blair possuída. Na faixa "The Byronic Man", temos a participação de Ville Valo (vocalista do HIM), num resultado pra lá de interessante. E, quem já ouviu os covers que o Cradle Of Filth fez para "Hallowed Be Thy Name" (Iron Maiden) e "Black Metal" (do Venom, em versão arrasadora!), vai ter uma surpresa inusitada: "Temptation", do Heaven 17, em uma roupagem que a torna legal. Preste atenção em "lovesick For MIna" e "I Am The Thorm" - essa última, com um punch dos infernos! Há também "Rise Of The Pentagram", "Libertina Grimm", "Cemetery And Sundown"...
Querendo seus detratores ou não, o Cradle Of Filth está aí; criativo como sempre!
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