Resenha - Welterwerk - Drottnar
Por Ben Ami Scopinho
Postado em 15 de outubro de 2006
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Realmente, o mundo dá voltas e nunca sabemos o que vem pela frente. Já há alguns anos vêm aparecendo por aí conjuntos de Black Metal Cristão. O Drottnar é um destes, e norueguês ainda por cima! Este paradoxo é algo que vem fazendo muitos dos blackbangers fãs de Darkthrone espumarem de indignação e, por que não dizer, com certa razão. Mas como a liberdade de expressão é uma das conquistas mais importantes em qualquer sociedade, então haja resignação...

Esta banda começou sua carreira em 1996 tocando death metal sob o nome Vitality, porém sua música começou a ser orientada para o estilo atual e, como era uma fase de mudanças, aproveitaram para alterar o nome do conjunto também, e Drottnar (traduzindo, Mestre e Rei – no caso, Jesus Cristo) foi uma escolha natural. E esta "fase de mudanças" parece ter vida longa, pois seus dois EPs vem com sonoridades bem distintas entre si, indo do Black Metal primitivo com muitas influências vikings, e seguindo a algo bem técnico, com violinos e outros elementos não tão usuais no Heavy Metal.
Agora em 2006 o Drottnar enfim está liberando seu debut, "Welterwerk", com uma progressão nos arranjos que consegue impressionar. Categorizar este disco como sendo apenas Black Metal é simplificar demais sua música. Com vocalizações gritadas e uma seção instrumental muito técnica, as canções são repletas de mudanças de tempo precisas e totalmente insanas, mas estruturadas; flertam com o industrial e o Death Metal, usando velocidade e cadência de forma coerente e sempre visando o dinamismo. Até mesmo os efeitos sonoros que tendem a aumentar este caos são inseridos de forma inteligente, sejam lá suas cornetas, transmissão radiofônica ou cães.
Conclusão: sua música é extrema, torcida e moderna, mas com tanta variedade entre os gêneros utilizados que culmina em algo bem diferente mesmo. "Welterwerk" tem tudo para agradar o público que não abre mão da música agressiva. Bom, quase tudo... A mensagem de suas letras poderá se tornar um empecilho para os radicais, mas azar o deles, pois o Drottnar provou ser uma banda totalmente Heavy Metal e cheia de grandes idéias. Mesmo com seu visual esquisitão de militar-meio-comunista-meio-psicótico. Um discão!
Formação:
Sven-Erik Lind - voz
Karl Fredrik Lind - guitarra
Bengt Olsson - guitarra
Håvar Wormdahl - baixo
Glenn-David Lind - bateria
Drottnar – Welterwerk
(2006 / Endtime Productions - importado)
01. Ad Hoc Revolt
02. The Kakistocracy Catacombs
03. Autonomic Self-Schism
04. Niemand Geht Vorbei
05. Victor Comrade
06. Stardom In Darkness
07. Rullett
08. Destruction's Czar
09. Vulgo Vesper
Homepage: www.drottnar.com
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
O melhor baterista de todos os tempos, segundo o lendário Jeff Beck
A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
Pistas a distâncias diferentes e com mesmo preço no show do AC/DC? Entenda
A banda que não ficou gigante porque era "inglesa demais", segundo Regis Tadeu
Por que Angra não chamou Marco Antunes de volta, segundo Rafael Bittencourt
Meet & Greet com Dave Mustaine, que custa mais que um salário mínimo, está esgotado
Jon busca inspiração no Metallica para shows de reunião do Bon Jovi
Quando Lemmy destruiu uma mesa de som de 2 milhões de dólares com um cheeseburguer
A banda com quem Ronnie James Dio jamais tocaria de novo; "não fazia mais sentido pra mim"
O hino do metal moderno cuja introdução nasceu de forma "telepática"
A única música do Pink Floyd com os cinco integrantes da formação clássica
16 dicas da BangerTV para novembro, com um destaque brasileiro
As músicas que o AC/DC deve tocar no Brasil, segundo histórico dos shows recentes
O melhor guitarrista que Jimmy Page ouviu em sua vida; "Ele era instintivamente o melhor"
Scott Ian conta como foi o dia que Dave mustaine foi demitido do Metallica
James Hetfield comenta seu top 10 de maiores canções de todos os tempos


Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto



