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Resenha - Live - Family

Por Rodrigo Werneck
Postado em 04 de maio de 2006

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

A lendária banda Family, liderada pelo carismático vocalista Roger "Chappo" Chapman e sempre contando com ótimos músicos, durou prolíficos 7 anos (1967-1973), nos quais lançou uma série de criativos discos de estúdio, que trafegaram por estilos variados, do progressivo ao folk, passando pelo hard e pelo jazz rock. Nunca foi lançado um disco ao vivo oficial, lacuna esta preenchida recentemente com este excelente "Live", gravado originalmente em 1971.

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O quinteto era naquela época formado por Chappo nos vocais, seus fiéis companheiros John "Charlie" Whitney na guitarra e Rob Townsend na bateria, mais John "Poli" Palmer nos teclados, flauta e vibrafone, e John Wetton no baixo e vocal. Wetton, egresso do Mogul Thrash, entraria logo a seguir no que viria a ser uma das mais bem sucedidas encarnações do King Crimson.

O registro ao vivo em questão é da turnê do disco "Fearless", o primeiro com esta formação, que viria ainda a gravar no ano seguinte o disco "Bandstand". A master deste CD foi gerada a partir de uma fita que ficou todos esses anos em poder de Chapman, e que foi felizmente resgatada pela Mystic Records agora. O grupo estava em seu ápice criativo e de performances ao vivo, sempre intensas. Tanto que corria um boato na época de que o Jimi Hendrix Experience evitava tocar logo após o Family em festivais(!). Apesar disso, a banda nunca foi muito conhecida aqui no Brasil, provavelmente por não ter também estourado nos EUA, mas na Europa muito influenciou a emergente cena hard/prog de forma indubitável.

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O vocal de Chappo, totalmente idiossincrático, rasgado, rouco, cheio de "vibratos", que fez com que na época fosse chamado por muitos de "electric goat" (isso mesmo, "bode elétrico"), era uma marca registrada do grupo. Inseparável de seu pandeiro – muito útil nas longas partes instrumentais – Chapman tinha uma performance de palco ímpar, contorcendo-se e entrando totalmente no espírito da música, chamando a atenção (e, portanto, a responsabilidade) toda para si.

O álbum abre logo em grande estilo, com a faixa "Good News – Bad News", do disco "Anyway", que já mostra logo de cara que o grupo não estava de brincadeira e que assumia qualquer tipo de riscos para atingir seus objetivos (Jimi Hendrix devia ter razão, afinal!). Mudanças de tempo, de tom, e de estilo, se sucedem com uma rapidez tal que demonstram uma falsa facilidade. Não raramente Whitney e Wetton usavam instrumentos de 2 braços, o que facilitava sobremaneira essas alterações, o mesmo se aplicando a Palmer, que alternava entre órgão, sintetizadores, piano, vibrafone e flauta como se isso fosse tudo uma brincadeira de criança. Por fim, cabia a Townsend manter o ritmo e o tempo a salvo, tarefa que por sinal cumpria com soberba maestria. A energia da apresentação é flagrante, e mesmo com a qualidade da gravação não sendo perfeita, por vezes com o som até mesmo saturando (em especial o baixo), de certa forma isso acrescenta ao clima "ao vivo" que um disco como esse merece.

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Seguem-se "Spanish Tide", do disco "Fearless", oscilando entre o folk e o blues, e "Part Of The Load", do disco "Anyway", aqui numa versão mais cru, com muitos improvisos, contemplando solos extras de baixo e guitarra e um final estendido.

"Drowned In Wine", do disco "A Song For Me", um clássico da banda, é a próxima, seguida por "Holding The Compass", mais uma do disco "Anyway". Mais uma série de faixas do disco "Fearless", que estava sendo promovido pela turnê em questão: "Between Blue And Me", a balada "Children", "In My Own Time" (esta, na realidade proveniente de um single lançado logo antes do disco), e finalmente "Take Your Partners", enérgica e arrebatadora, intensa e delirante, um prato cheio para os fãs de rock nos anos 70.

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Fecho com chave de ouro: outro clássico da banda, "The Weaver’s Answer", do seu segundo disco, "Family Entertainment". A letra, uma narração em primeira pessoa de alguém chegando ao fim de sua vida e se preparando para a morte e uma nova vida em outro plano, parece ideal para um fim de concerto. Improvisos num clima de "caos controlado", com guitarra e teclado solando ao mesmo tempo, nada a ver mas ao mesmo tempo tudo a ver, e a "cozinha" totalmente irrequieta. Todos juntos, mas cada um por si. Mais de 8 minutos de delírio total, e uma platéia extasiada. Final glorioso para uma apresentação perfeita.

Altamente recomendável!

Tracklist:
1. Good News – Bad News
2. Spanish Tide
3. Part Of The Load
4. Drowned In Wine
5. Holding The Compass
6. Between Blue And Me
7. Children
8. In My Own Time
9. Take Your Partners
10. The Weaver’s Answer

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Site relacionados:
http://www.chappo.com
https://www.mysticrecords.co.uk/chappolive.htm

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Sobre Rodrigo Werneck

Carioca nascido em 1969, engenheiro por formação e empresário do ramo musical por opção, sendo sócio da D'Alegria Custom Made (www.dalegria.com). Foi co-editor da extinta revista Musical Box e atualmente é co-editor do site Just About Music (JAM), além de colaborar eventualmente com as revistas Rock Brigade e Poeira Zine (Brasil), Times! (Alemanha) e InRock (Rússia), além dos sites Whiplash! e Rock Progressivo Brasil (RPB). Webmaster dos sites oficiais do Uriah Heep e Ken Hensley, o que lhe garante um bocado de trabalho sem remuneração, mais a possibilidade de receber alguns CDs por mês e a certeza de receber toneladas de e-mails por dia.
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