Resenha - 25 To Live - Grave Digger
Por Bruno Sanchez
Postado em 17 de março de 2006
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
São 25 anos de carreira, 12 álbuns de estúdio lançados (sem contar singles, EPs e registros ao vivo), o pioneirismo do ‘Power Metal’, diversas trocas de formações e uma parada de 6 anos no meio do caminho. Os alemães do Grave Digger têm muita história para contar desde 1980 e nada melhor do que comemorar a longa carreira com uma coletânea dupla em CD, mas não uma compilação normal e sim um registro ao vivo de um show especial gravado em 7 de Maio de 2005, no DirecTV Music Hall em São Paulo.
A capa é uma das mais bonitas do Grave Digger até hoje, com a famosa mascote em destaque (a "morte" – que nos shows é representada pelo tecladista Hans Peter Katzenburg) mas o encarte é bem simples, trazendo apenas algumas fotos da apresentação e informações técnicas. Já que este é um álbum em comemoração aos 25 anos de estrada, bem que poderiam ter caprichado um pouco mais com uma mini-biografia ou um depoimento do vocalista e líder Chris Boltendahl, único remanescente da formação original. Mas quem se interessar pela história dos caras ainda tem a opção de comprar o livro com toda a biografia do Grave Digger pelo site oficial. Infelizmente ele está disponível apenas em alemão.
É interessante notar que as fotos do encarte mostram alguns ângulos do DirecTV Music Hall que fazem ele parecer muito maior do que de fato é. Na verdade, o DirecTV (que agora mudou de nome e se chama Citibank Hall) é uma das menores casas da cidade atrás dos famosos Via Funchal, Olympia e Credicard Hall. De qualquer forma, é um espaço muito aconchegante onde todos ficam relativamente próximos ao palco e com uma ótima acústica, o que refletiu positivamente nos CDs: a qualidade de som está excelente, superior a qualquer registro ao vivo que tenha sido lançado pelos alemães antes.
Se no encarte, não temos nada de mais, o grande destaque de "25 To Live" vai mesmo para o ‘setlist’ da apresentação com incríveis 26 músicas (sem contar a introdução "Passion") que abrangem toda a carreira do Grave Digger com pelo menos uma faixa de cada álbum (com exceção do "glam", "Stronger Than Ever"). Então os fãs que não estiveram presentes naquela noite histórica em São Paulo podem esperar eternos clássicos como "Rebellion" e "Heavy Metal Breakdown", mas também músicas menos conhecidas que não eram tocadas há anos (ou décadas) como é o caso de "Shoot Her Down" (do EP de mesmo nome de 1984) e "Paradise" (do subestimado "War Games" de 1986).
Todas as composições são executadas com perfeição (e alguns ‘overdubs’ – é verdade), e a reação do público justifica porque a banda escolheu o Brasil para gravar em suas bodas de prata. Os destaques vão para a nova "The Last Supper" que mal tinha sido lançada e já era cantada em uníssono por todos no show, "Excalibur" e a eterna "Rebellion" que tem seu famoso começo levado totalmente pelos fãs.
O fã mais chato pode até dizer que faltaram algumas músicas ("Scotland United" e "Lionheart" vêm logo à cabeça), mas dentro de um universo tão grande de opções e com a idéia de tocar pelo menos uma composição de cada disco, a escolha das 26 faixas foi muito bem feita.
No geral temos um ótimo álbum refletindo bem a garra dos alemães e a animação do público, mas infelizmente inferior à apresentação em 2003 (em termos de agitação dos fãs, não obviamente do set que foi único e bem mais completo) na turnê do "Rheingold" quando Chris disse com todas as letras que éramos mais barulhentos que as 10.000 pessoas presentes no Wacken Open Air (onde a banda gravou o primeiro registro ao vivo alguns anos antes). Esse show histórico foi inclusive o responsável pelos caras optarem pelo Brasil para a comemoração de aniversário dos 25 anos.
Se você ainda não conhece o trabalho do Grave Digger, essa pode ser uma boa oportunidade de ter um primeiro contato com a competência da banda. E para quem já conhece do que esses alemães são capazes, não preciso nem dizer que este é um registro obrigatório certo? Especialmente porque "25 To Live" já saiu em versão nacional e por um preço bem camarada para um CD duplo.
CD 01:
01. Passion (Intro)
02. The Last Supper
03. Desert Rose
04. The Grave Dancer
05. Shoot Her Down
06. The Reaper
07. Paradise
08. Excalibur
09. The House
10. Circle Of Witches
11. Valhalla
12. Son Of Evil
13. The Battle Of Bannockburn
14. The Curse Of Jacques
CD 02:
01. Grave In The No Man´s Land
02. Yesterday
03. Morgane LeFay
04. Symphony Of Death
05. Witch Hunter
06. The Dark Of The Sun
07. Knights Of The Cross
08. Twilight Of The Gods
09. The Grave Digger
10. Rebellion
11. Rheingold
12. The Round Table
13. Heavy Metal Breakdown
Formação:
Chris Boltendahl: Voz
Manni Schmidt: Guitarra
Jens Becker: Baixo
H. P. Katzenberg: Teclado
Stefan Arnold: Bateria
Página Oficial: http://www.grave-digger.de
(Rock Brigade Records – 2006)
Outras resenhas de 25 To Live - Grave Digger
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Monsters of Rock confirma as 7 atrações da edição de 2026 do festival
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O guitarrista que Jimmy Page admitiu estar fora de seu alcance: "Não consigo tocar"
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Fender lança linha de instrumentos em comemoração aos 50 anos do Iron Maiden
O Melhor Álbum de Hard Rock de Cada Ano da Década de 1980
Brian May escolhe os três maiores solos de guitarra de todos os tempos
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
As quatro músicas do Metallica que James Hetfield considera suas favoritas
Evanescence anuncia turnê mundial para 2026
A música de amor - carregada de ódio - que se tornou um clássico dos anos 2000
Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Dave Grohl
Roger Waters presta homenagem a Marielle Franco em nova faixa
As três bandas clássicas que Jimmy London, do Matanza Ritual, não gosta
A banda esquecida que Eric Clapton considera os pioneiros do heavy metal
A música do Led Zeppelin que Noel Gallagher escolheu como uma das melhores de todos os tempos
A clássica música do Queen que Brian rejeitava pois pressentia a tragédia de Freddie
O cover que Bruce Dickinson confessa ter se arrependido de ter feito


A importância de "Thriller" do Michael Jackson para cantor do Grave Digger
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal



