A incrível canção que serviu de inspiração para obras como "2112" do Rush
Por Bruce William
Postado em 19 de novembro de 2023
Lançado em 1976, "2112", o quarto álbum de estúdio do Rush, é considerado uma obra-prima e um marco na carreira da banda, sendo um trabalho conceitual que conta uma história distópica escrita pelo baterista e letrista do Rush, Neil Peart. A narrativa é ambientada em um futuro onde a música é proibida, e um herói descobre uma antiga guitarra e desafia a opressão.
O principal destaque do álbum é a faixa título que conta a história descrita acima e leva o mesmo nome e ocupa o lado A do vinil, sendo uma peça épica com mais de 20 minutos de duração, dividida em sete partes, incorporando várias seções musicais e mostrando a habilidade técnica distintiva dos membros da banda, já que o álbum exibe fortes influências do rock progressivo da época, trazendo elementos clássicos e experimentando com estruturas musicais complexas.
E em conversa recente com a CBS News, transcrita pela Far Out, Geddy Lee falou sobre as músicas que serviram de inspiração citando que tem a banda britânica The Who como uma de suas favoritas, e que suas músicas sempre lhe serviram como base para as composições que escreveu ao longo da vida. E ao ser perguntado sobre a canção que ele gostaria de ter escrito, Geddy respondeu imediatamente: "Won’t Get Fooled Again".
Sobre o que fala "Won't Get Fooled Again", lançada pelo The Who no álbum "Who's Next".
Lançada no "Who's Next" de 1971, "Won't Get Fooled Again", com seus mais de oito minutos de duração, é a última canção do álbum e durante muitos anos foi a música que encerrou os shows do The Who. Conforme relata o Songfacts, Pete Townshend escreveu esta música sobre uma revolução. No primeiro verso, há um levante. No meio, eles derrubam os que estão no poder, mas, no final, o novo regime acaba sendo igual ao antigo ("Conheça o novo chefe, ele é igual ao antigo"). Mas Townshend sentia que a revolução era inútil, pois quem assume o controle está destinado a se corromper. Em "Townshend: A Career Biography", Pete explicou que a música era contra o establishment, mas que "a revolução não vai mudar nada a longo prazo, e as pessoas vão se machucar".
A música fazia parte do projeto "Lifehouse". Ele queria lançar um filme sobre um mundo futurista onde as pessoas são escravizadas, mas salvas por um concerto de rock. Townshend não conseguiu finalizar o projeto, e muitas das músicas que ele escreveu foram usadas no "Who's Next".
Pete Townshend morava na Ilha Eel Pie em Richmond, Londres, quando escreveu "Won’t Get Fooled Again". Na época, havia uma comunidade hippie ativa na ilha situada no que costumava ser um hotel. Segundo Townshend, essa comunidade foi uma grande influência na música. "Havia como um caso de amor acontecendo entre eu e eles, que curtiam porque eu era como uma figura de destaque em um grupo, e eu curtia porque podia ver o que estava acontecendo lá. Em um ponto, houve uma cena incrível onde a comunidade estava realmente acontecendo, mas depois o ácido começou a rolar e eu me vi no meio de algumas conversas psicóticas".
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