Resenha - Shadows Of Violence - Disgrace and Terror
Por Clóvis Eduardo
Postado em 05 de janeiro de 2006
Nota: 8
Tá afim de voltar no tempo e ouvir uma banda que valorize a música feita lá nos tempos onde o underground realmente era underground? Vá a shows, procure, pesquise por "Disgrace And Terror". De balançar o pescoço eles entendem.
Surgida em 2002, a banda de Belém do Pará deu um passo importante na carreira. Com o lançamento de "Shadows Of Violence", o quarteto lançou o primeiro cd e mostra que o thrash death oitentista, com todo o groove e vontade, ainda não morreu.
Sabe que "Shadows Of Violence" é um CD diferenciado? Tem tempos que não encontro bandas do Brasil capazes de compor canções tão características do gênero já passado e que continuam a soar atuais. Neste CD com uma parte gráfica excelente e de capa caprichada, Alan Rod (guitarra), Rot (vocal), Adyr Rot (bateria) e Rômulo Machado (baixo) soltam 12 canções que lembram muito o auge de bandas violentas, barulhentas e rápidas dos anos 80. A qualidade maior do grupo foi unir todas as influências em um som único e eletrizante.
No CD estão todas as músicas que fazem parte da demo gravada em 2003 chamada "War". E agora, "The Sensation Is Dead", "Infection", "Terrorism" e "The War", ganharam nova sonorização, ficaram mais encorpadas e muito melhores. Ainda que a mixagem completa do álbum não soe 100% modernosa (ainda bem), sente-se que mesmo na presença de apenas um guitarrista, os riffs estão de nível muito bom. Há de se considerar a variação entre as faixas, que certamente pregam na cabeça do fã com rapidez.
As mais atrativas, como a releitura de "The Sensation Is Dead", "Shadow Of Violence" ou "Time Has Come", são pedradas fulminantes que qualquer headbanger irá adorar. Citamos novamente o excelente trabalho dos riffs que Alan coloca, além das impostações variadas de Rot, que vão desde o gutural ao rasgado. Tornou-se comum esta mescla dos vocais em muitas bandas onde a mistura e a variação ajudam a encorpar ainda mais as músicas.
Em linhas gerais, não tem como não prestar atenção nesta banda, notadamente o trabalho de bateria e baixo sejam galopantes e interessantes também. Adyr faz um trabalho fenomenal nos bumbos. Os palcos são a melhor alternativa para esta banda manter o pique.
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