Resenha - A Brand New Day - Akashic
Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 26 de dezembro de 2005
Nota: 10 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Nasceu! Certamente este deve ter sido o sentimento dos membros do Akashic quando "A Brand New Day" foi finalmente lançado.

Há quase dois anos pronto, mas no limbo, por inúmeros problemas com gravadoras, o novo álbum é muito mais maduro que o primeiro, "Timeless Realm", do já longínquo ano de 2001. Maduro não somente na execução ou na produção (a cargo da primorosa dobradinha Luís Barros & Tommy Newton), mas nas idéias centrais que o originaram. O que diabos quero dizer com isso? Quero dizer que músicas como "Give Me Shelter" nunca poderiam sair da mente de músicos medíocres e apegados a rótulos. O Akashic é prog metal sim, mas não é nada clichê. Você pode dizer que eles fazem música no estilo que o Dream Theater e o Symphony X fazem, aliás, o timbre do vocalista Rafael Gubert é parecidíssimo com o de Russel Allen, mas seria mais adequado dizer que eles fazem música no estilo do Akashic.
Música progressiva é aquela que busca o aperfeiçoamento irrestrito, inovando, experimentando e agregando novos elementos a cada álbum. Tempos quebrados, influências diversas (da música clássica ao pop, passando pela latina), e a requerida complexidade melódica, harmônica e rítmica, tudo se encontra aqui. As coisas são amalgamadas com inteligência, não de forma gratuita e desleixada. Os recursos de diferenciação que eles se utilizam não são descarados, mas se relacionam suavemente com a conjuntura do arranjo, como em "Vaudeville", por exemplo.
Temos desde o peso do heavy metal em "Revealed Secrets" e "Count Me Out" até as deliciosamente progressivas "Hush Break" e "Be The Hero".
Marcos De Ros está entre os cinco melhores guitarristas brasileiros, e sua performance aqui não poderia ser menos que excelente. Contudo, sua atuação está melhor ressaltada pela primazia dos timbres escolhidos (incrível como sabe definir a tonalidade certa para cada momento, cada digressão, cada virada) e o perfeccionismo da produção.
Fábio Alves (baixo) e Maurício Meinert (bateria) dosam a intensidade de seus instrumentos, não atropelando os companheiros, coisa bem menos simples do que parece. Éder Bergozza é discreto e sempre contributivo, se colocando devidamente e adicionando cores magníficas nas músicas. Agora, Rafael Gubert. O melhor vocalista brasileiro que se teve notícia nos últimos 15 anos. E este só poderia sair mesmo do prog metal. Não digo isso simplesmente pelos ótimos vocais e impressionante desempenho em todos os tons experimentados, mas também por ele saber exatamente o que fazer com sua voz. As interpretações são tocantes até nos períodos mais pesados e áridos possíveis. É o seu sentimento que canta, não a laringe.
Por tudo isso que "A Brand New Day" é, facilmente, o melhor álbum nacional do ano. E, pasmem, consegue até fazer sombra a "Room V", do Shadow Gallery, em termos mundiais. Assombroso. Satisfatoriamente assombroso.
Formação:
Rafael Gubert (Vocal)
Marcos De Ros (Guitarra)
Fábio Alves (Baixo)
Maurício Meinert (Bateira)
Éder Bergozza (Teclado)
Site Oficial: www.akashic.com.br
Hellion Records – 2005.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As duas músicas do Iron Maiden que nunca foram tocadas no Brasil - e podem estrear em 2026
A banda que Slash considera o auge do heavy metal; "obrigatória em qualquer coleção"
Steve Harris não descarta um grandioso show de despedida do Iron Maiden
Os ícones do heavy metal que são os heróis de Chuck Billy, vocalista do Testament
Titãs anuncia primeiras datas da turnê que celebra os 40 anos de "Cabeça Dinossauro"
O hit do Led Zeppelin que Jimmy Page fez para provocar um Beatle - e citou a canção dele
E se cada estado do Brasil fosse representado por uma banda de metal?
A banda que vendeu muito, mas deixou Ronnie James Dio sem ver a cor do dinheiro
Battle Beast anuncia a saída da vocalista Noora Louhimo
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Os deslizes que Jimi Hendrix cometia nos show, segundo seu roadie Lemmy Kilmister
Ingressos para o festival Mad Cool 2026 já estão à venda
Jimmy Page faz post e comenta atual opinião sobre show do Led Zeppelin em 2007
A canção com rock no nome que Rick Rubin considera a mais influente da história
A divertida comemoração de James Hetfield aos seus 61 anos de idade
O dia em que Peter Frampton quis demitir brasileiro que salvou sua carreira com ideia genial
A diferença entre alguém que bebe muito e um alcoólatra, segundo Lemmy Kilmister
A atriz e cantora de rock brasileira que peitou gravadora e não se vendeu


Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



