Hardcore puro à Exploited da fase "Punk’s Not Dead". Dead Kennedys da época "Bedtime for Democracy". Cro-Mags. Murphy’s Law. Ouvir o disco de estréia da banda de Boston é fazer um exercício de memória de muito, muito bom gosto. Produzido por Dean Baltulonis, responsável por trabalhos da tríade sagrada do hardcore nova-iorquino, Agnostic Front, Madball e Sick Of It All, "Rage of Discipline" é um álbum perfeito para quem ouve e gosta de hardcore em sua forma original. As dez faixas se atropelam sem dó, despudoradamente, como que anunciando o mosh inevitável; fazem lembrar um ideal de união, uma cara tão contemporânea do antigo que é impossível passar incólume à audição. Todo o espírito do hardcore oitentista está aqui: "Invasion" avisa, em duas frases, que o Righteous Jams veio "pra ficar". O cd, inclusive, traz um tosquíssimo vídeo com a banda tocando ao vivo em um buraco sujo; este explica a verdadeira função do hardcore: não interessa dizer de onde veio, o que importa é dizer a que veio.
A temática straight edge é abraçada com vigor e um certo distanciamento por parte do conjunto em relação ao processo de desvirtuamento pelo qual a postura vem passando. Em outras palavras, o Righteous Jams aponta o dedo para a própria cena sXe, e toma a bandeira. Pelo que consta, a gravadora Broken Sounds (propriedade de Chad Gilbert, do New Found Glory), em pareceria com a Kung Fu Records, está apostando violentamente no Righteous Jams. Numa época em que qualquer nota vira hardcore e o principal expoente se encontra em uma congregação de metaleiros chamada Hatebreed, ouvir um disco como "Rage of Discipline" é como ter o espírito purificado de todo pecado. Para quem aprendeu a andar de skate ouvindo Agent Orange, Suicidal Tendencies e Grinders, amar o Righteous Jams é questão indiscutida e indiscutível: é o óbvio ululante.
Estudante de Comunicação Social na Puc-Rio, cheirou dúzias de carreiras de Música e hoje é completamente debilitado por causa disso. Tem um corte no córtex por causa do Mr. Bungle, mas acredita que isso seja legal. Doutrinado no bom e velho Metal (ainda chora ouvindo o grande Venom), aprendeu a ouvir Jazz e Samba na marra. É responsável pela coluna Nós do Noise e colabora com o site Bacana e a revista Valhalla. Sua máxima é: "quanto mais você sabe, mais você sabe que pouco sabe". Traduzindo, gosta de aprender e de ensinar. Espera poder somar algo à família Whiplash a partir de 3, 2, 1 segundo!
ADEMIR BARBOSA SILVA ANDRE SUGARONI ANDRÉ SILVA ELEUTÉRIO ANDRÉ STANLEY ANTONIO FERNANDO KLINKE FILHO ALEXANDRE FARIA ABELLEIRA CARLOS EDUARDO RAMOS CESAR TADEU LOPES CHRIS DE BRIDA DANIEL RODRIGO LANDMANN DALMAR COSTA V. SOARES DÉCIO DEMONTI ROSA DOUGLAS CESAR DOUGLAS PACINI DA SILVA DYMM P&M EFREM MARANHAO FILHO ERIC FERNANDO RODRIGUES FERNANDO ZAHIL GABRIEL FENILI HELÊNIO PRADO IVAN ZEPTERSB JESSE ALVES DA SILVA JORGE ALEXANDRE NOGUEIRA SANTOS JOSE PATRICK DE SOUZA KARINA DE PAULA KENJI OMURO LH WASILEWSKI MARCIO RAIMUNDO PESTANA MARCIO RODRIGO BINHARA MÁRCIO ASSIS CORREIA MARCO AURÉLIO MISSACI NELSON SANTOS ODAIR DE ABREU LIMA RAFAEL WAMBIER DOS SANTOS REGINALDO TOZATTI SAULO MIRANDA TALES BATTAGLIA THIAGO BARZ TOM PAES VINICIUS SEGALIN VINÍCIUS VALTER DE LEMOS