Resenha - Symphonic Live - Yes
Por Jau
Postado em 28 de janeiro de 2004
Nota: 9
Gravado em uma noite de novembro de 2001 em Amsterdã durante a tour do album Magnification, este DVD duplo do lendário grupo prog Yes é soberbo. Acompanhados pela European Festival Orchestra, composta de jovens músicos (lindas jovens em sua maioria, diga-se de passagem), Jon Anderson (vocais), Chris Squire (baixo), Alan White (bateria), Steve Howe (guitarra) e o agregado Tom Brislin (teclados) fizeram uma noite de gala.
O Show é muito bem filmado em um belo teatro lotado com um palco bem jeitoso com o fundo representando uma noite estrelada; impressiona também a quantidade de parafernália instrumental que o grupo utiliza para executar as músicas.
A qualidade de som é a melhor possível, límpida e cristalina, evidenciando a voz afinadíssima de Anderson. O repertório escolhido é muito bom, com direito aos clássicos épicos quilométricos "Close to The Edge" (que abre o show), "Gates of Delirium" (com a orquestra dando uma nova dimensão à parte experimental da música) e a sensacional "Ritual"; todas executadas na íntegra. As músicas novas "Don't Go", "In the Presence Of" e "Magnification", se não chegam ao nível das dos anos 70, são bem agradáveis de se escutar, especialmente a última com uma belíssima introdução de violino.
Steve Howe faz um solo de violão na metade da apresentação de fazer cair o queixo, provando que ele é sim um dos melhores gutarristas da história do rock.
Já perto do final a banda manda os hits "I've Seen All Good People" e a ultra-oitentista "Owner of a Lonely Heart", levantado o público holandês das cadeiras. O encerramento de quase três horas de música maravilhosa ficou a cargo da famosa "Roundabout", com as moças da orquestra pulando feito doidas em cima do palco.
Como recurso especiais o disco um tem a opção de se assistir o show com efeitos de animação justapostos a alguns momentos da apresentação. Algumas dessas animações são fúteis, mas outras são excelentes, como a colagem de filmagens e desenhos da primeira guerra mundial durante Gates of Delirium. No final das contas é um recurso interessante.
O pequeno problema do DVD está no disco dois que ficou com apenas 25% de sua capacidade ocupada com um documentário de apenas meia hora e um videoclipe de "Don't Go" com imagens do próprio show. Já que tinham um espaço de disco tão grande podiam ter realizado um documentário maior ou então terem colocado faixas multiângulo. Mas acho que estou sendo um pouquinho exigente.
Enfim, esse DVD é um petardo obrigatório para quem é fã do grupo. Se você é apenas apreciador de progressivo, compre sem medo.
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