Resenha - Traces Of Sadness - Vanilla Ninja
Por Sílvio Costa
Postado em 08 de novembro de 2004
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Não tinha como dar errado. Apesar de parecerem com uma versão "bad" das Spice Girls, as garotas do Vanilla Ninja arrebentam com um rock moderno, recheado de variações e muito bem produzido. Sou capaz de apostar que teve muita gente torcendo o nariz para o excesso de publicidade que cercou o lançamento deste disco e que, de antemão, julgou o trabalho das garotas pela campanha publicitária, sem ter se dado ao trabalho de ouvir um único acorde do CD. Que pena.
Vanilla Ninja - Mais Novidades
Traces of Sadness pode até não responder às expectativas de quem está confiando na publicidade que cerca o seu lançamento, já que não apresenta quase nada do tal "hard rock" com pitadas de Europe e Vixen. O que se ouve aqui são canções muito bem construídas, que giram sempre em torno de um pop pesado e um rock concentrado em influências modernas. A maior inovação do Vanilla Ninja está em mesclar guitarras baixas e riffs pesados com elementos da música pop dos anos 70 e 80 sem perder a identidade e a pegada. Em resumo: para um trabalho de estréia, elas arrebentaram.
Desde a abertura, com a empolgante "Tough Enough" (confira um trecho do clip dessa música no site oficial. Vale a pena), passando pela pesadíssima "Metal Queen" (a melhor do disco) até o encerramento do disco, com a linda "Destroyed by You" o que se ouve é uma alternância de momentos ultrapesados com outros dominados pela melodia tipicamente pop e sonoridades "radiofônicas". É bem difícil resumir a salada que o Vanilla Ninja realizou aqui. Ao lado de faixas que lembram um single perdido do Abba ("Heartless") estão outras que transbordam peso e, principalmente, modernidade, como na bela balada "When Indians Cry". Apesar do apelo comercial berrante, isto não diminuiu a qualidade das composições, nem tirou o brilho e a pegada das meninas, que podem até não ser grandes instrumentistas, mas entendem razoavelmente do negócio.
Que mal há em ser pop? No caso do Vanilla Ninja, não há mal nenhum. Faixas como "Don´t You Realize" parecem feitas sob medida para as rádios ditas "jovens". Tem gente que ainda acha que fazer um trabalho voltado para interesses mercadológicos traduz-se, necessariamente, em um trabalho de qualidade duvidosa. O Vanilla Ninja não apenas prova que isso é uma grande bobagem, como também demonstra que não há nada mais incoerente em termos de crítica musical quanto conclusões precipitadas. Não acredite na propaganda, mas mesmo assim, não se feche ao som do Vanilla Ninja. Pode até não ser hard rock, mas é inegavelmente bom.
Putz. Como elas são lindas...
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Show do AC/DC no Brasil não terá Pista Premium; confira possíveis preços
Download Festival anuncia mais de 90 atrações para edição 2026
O disco do Metallica que para James Hetfield ainda não foi compreendido; "vai chegar a hora"
Os melhores guitarristas da atualidade, segundo Regis Tadeu (inclui brasileiro)
As duas bandas que atrapalharam o sucesso do Iron Maiden nos anos oitenta
A música do Kiss que Paul Stanley sempre vai lamentar; "não tem substância alguma"
Regis Tadeu explica por que não vai ao show do AC/DC no Brasil: "Eu estou fora"
"Guitarra Verde" - um olhar sobre a Fender Stratocaster de Edgard Scandurra
Max Cavalera fala sobre emagrecimento e saúde para turnê desafiadora
Mais um show do Guns N' Roses no Brasil - e a prova de que a nostalgia ainda segue em alta
Wolfgang descarta gravar álbum com ex-membros do Van Halen
A banda que Dave Grohl acha "indiscutivelmente a mais influente" de sua geração
Greyson Nekrutman mostra seu talento em medley de "Chaos A.D.", clássico do Sepultura
Como era sugestão de Steve Harris para arte de "Powerslave" e por que foi rejeitada?
Pepeu Gomes comenta convite para tocar no Megadeth
James Hetfield prometeu que Exodus nunca mais abriria os shows do Metallica
Por que Renato Russo batizou a música "Andrea Doria" com o nome de um navio que naufragou?

Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto



