Resenha - Live Invasion - Freedom Call
Por Clóvis Eduardo
Postado em 19 de outubro de 2004
Algumas bandas tornam-se especiais com o passar do tempo. Para aqueles que apreciam um power metal cheio de "recheios", devo dizer que o Freedom Call é uma das bandas que mais se destacam na atualidade. Tendo conhecimento disso, os caras mandam ver em suas apresentações. E aí está... Live Invasion! Como de hábito, os CDs ao vivo da maioria das bandas de metal são duplos. Este também é. Mas de maneira curiosa, pois apenas o primeiro disco é realmente ao vivo.

Talvez seja esse o ponto "meia-boca" do trabalho, já que os mais afoitos podem comprar a bela caixinha pensando que algumas ótimas músicas como Warriors of Light, Kingdom Come e Dr. Stein, esta um cover do Helloween, façam parte do set list. Infelizmente não fazem. Na verdade, o segundo CD é uma prensagem especial com o EP Taragon mais covers e edições especiais. Vale porque o mini-álbum é difícil de ser encontrado, uma vez que foi lançado apenas no Japão e na França, em 1999. Mas vamos ao show, que é a parte mais interessante.
A curta introdução The Speel anunciando We Are One já diz tudo o que rola ao longo de Live Invasion. O Freedom Call ao vivo é exatamente igual ao de estúdio. Tanto na parte dos vocais de Chris Bay como nos inevitáveis coros, a sonoridade é quase perfeita (uns overdubs aqui, outros acolá) e o destaque da banda fica por conta do talentoso vocalista, que por uma ou duas vezes escorrega ao dar aqueles gritinhos bem estridentes.
O talento do restante da banda é inegável. É só citar o batera Daniel Zimmermann (Gamma Ray) que metade dos aplausos já está garantido. Cede Dupont manda bem nas seis cordas, com solos bem encaixados, e ainda dá um auxílio nos teclados - o baixista Ilker Ersin cumpre sua função com competência. As faixas mais brilhantes do álbum, gravado numa turnê com o Blind Guardian pela Alemanha, são os hinos Tears of Taragon, Metal Invasion, Warrior e a linda Hymm to the Brave. Faltaram algumas boas músicas do álbum Stairway to Fairland, como a fantástica Graceland, mas quase tudo de bom está no disco.
Enfim, a parte realmente lamentável é que Live Invasion nem parece ser um disco ao vivo! Explico: qual a graça de um trabalho feito durante um grande show se não dá para ouvir o público durante as músicas? Tudo bem que a banda hoje pode figurar entre as melhores do metal melódico, que houve uma preocupação com arte gráfica (o encarte é um livro!)... Mas é chato não ouvir a platéia cantando os belos refrãos que os alemães compuseram, além de alguns coros e aplausos no início e fim das faixas. Se isso é o certo, de fato eu não consigo entender o significado de um CD ao vivo.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
Regis Tadeu elege os melhores discos internacionais lançados em 2025
A performance vocal de Freddie Mercury que Brian May diz que pouca gente valoriza
A primeira e a última grande banda de rock da história, segundo Bob Dylan
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
Banda dinamarquesa perde grande parte de seus equipamentos em incêndio
A faixa do Iron Maiden que ficou com 5 minutos a mais do que eles imaginaram
Turnê atual do Dream Theater será encerrada no Brasil, de acordo com Jordan Rudess
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
Shows não pagam as contas? "Vendemos camisetas para sobreviver", conta Gary Holt
O baterista que Phil Collins disse que "não soava como nenhum outro", e poucos citam hoje
A música que surgiu da frustração e se tornou um dos maiores clássicos do power metal
Mark Morton, do Lamb of God, celebra sobriedade e explica por que ainda aborda o assunto
O álbum dos Rolling Stones que é melhor do que o "Sgt. Peppers", segundo Frank Zappa
O álbum do Metallica que impactou negativamente o metal, segundo baixista do Testament
Preconceito: dificuldades de ser roqueiro em cidade do interior
A banda brasileira que Bruno Sutter achou que não fosse de verdade devido técnica extrema

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



