Resenha - Live - Rockin' in the Free World - G3
Por Daniel Dutra
Postado em 10 de maio de 2004
Nota: 8 ![]()
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Há quem não goste, mas é fato que o G3'03 - com Joe Satriani, Steve Vai e Yngwie Malmsteen - foi o sonho de milhares de fãs e guitarristas (e privilégio apenas dos americanos). A lamentar apenas que tenha acontecido numa época em que está difícil agüentar o sueco, e apenas musicalmente falando. Já Satriani e Vai no mínimo têm mantido uma regularidade e o último, a bem da verdade, pode ser facilmente considerado o melhor do mundo no instrumento se levarmos em conta o conjunto da obra.
Lançado simultâneamente com o DVD Live in Denver, o CD duplo Rockin' in the Free World tem algumas músicas em comum, outras exclusivas e, claro, foi gravado em dia e local diferentes: 20 de outubro no The Uptown Theater, na cidade de Kansas, no Missouri. Sendo assim, quem gosta quer ter os dois formatos e acaba desembolsando uma graninha a mais. O fã pode não ter verba para comprar ambos ao mesmo tempo e irá optar pelo que achar mais atraente, mas sinceramente não imagino ninguém reclamando.
Acompanhado de Matt Bissonette (baixo), Jeff Campitelli (bateria) e Galen Hanson (guitarra-base e também manager de palco), Satriani escolheu a dedo as cinco músicas para colocar no CD. O que falar de canções como Midnight e The Mystical Potato Head Groove Thing e das excelentes The Extremist e Crystal Planet? Tudo bem, ele não é muito adepto a improvisos junto à banda, mas é um mestre em criar belos temas. Satriani escreveu Always With Me, Always With You e só ela já é suficiente para que seja respeitado.
Com Jeremy Colson (ex-Michael Schenker Group) no lugar do batera Virgil Donati, mas ainda com Billy Sheehan (baixo), Tony MacAlpine (guitarra e teclados) e Dave Weiner (guitarra), Vai é o espetáculo de sempre. Técnica extraordinária, eterno bom gosto, feeling a cada nota e um showman de primeira - depois de tocar ao lado de Frank Zappa, David Lee Roth e David Coverdale, tinha mesmo de aprender a dominar o palco como poucos. You're Here e Reaping - lembra de The Reaper Rap? Pois é... - são ótimas, mas só Whispering a Prayer vale todo o CD. Linda até dizer chega.
Já Malmsteen... Ele simplesmente não creditou o baixista que o acompanhou, uma vez que o músico já não estava mais com a banda quando Rockin' in the Free World foi lançado. Sintomático, não? Bom, quem tocou baixo foi Mick Cervino e o grupo ainda tem os ótimos Patrick Johansson (bateria) e Jocke Svalberg (teclados) na formação. Ao colocar o vocalista Doggie White em férias forçadas, Malmsteen foi atrás basicamente de seu material instrumental, o que não deixou de ser uma grande idéia.
Descontando Red House, de Jimi Hendrix, por motivos óbvios e Blitzkrieg, uma amostra de sua fase mais recente, não dá para se empolgar com muita coisa. Fugue (Concerto Suite for Electric Guitar and Orquestra in E Flat Minor Op. 1) e Finale teriam alguma graça se fossem apresentadas com uma orquestra, afinal, é assim que as conhecemos e, tomado pelo espírito rock'n'roll, o sueco é capaz de qualquer coisa. Como tentar tirar o brilho da maravilhosa Trilogy Suite Op. 5, The First Movement, por exemplo.
Para o sueco, a velocidade fala mais alto do que qualquer outra coisa. Prova disso é a "jam" que está no segundo CD. Não é necessário nem assistir ao DVD, já que é nítida a diferença de mentalidade de Satriani e Vai para Malmsteen. Os dois primeiros sabem a hora de debulhar e, mais do que isso, sabem do que a música precisa a qualquer momento. Por isso mesmo, Hendrix teria muito mais orgulho de Little Wing com Vai do que Voodoo Child (Slight Return) com Malmsteen, assim como Neil Young um dia ainda agradecerá por Satriani ter comandado Rockin' in the Free World.
(Epic - importado)
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