Resenha - Cold and Terrible - Tiger Cult
Por Raphael Crespo
Postado em 02 de abril de 2004
Texto originalmente publicado no
JB Online e no Blog Reviews & Textos.
Alguma coisa de muito positiva acontece atualmente no heavy metal brasileiro. Bandas com alguns anos de estrada estão conseguindo, depois de muito esforço, gravar seus primeiros discos e, o que é melhor e mais importante, com qualidade de primeiro mundo. Os paulistas do Tiger Cult são um grande exemplo de que as dificuldades ainda são muitas, mas podem ser superadas sem concessões e com criatividade. A banda, surgida em 1996 e inicialmente batizada de Angry Angel, assinou recentemente com o selo Die Hard Records e gravou um primoroso trabalho de estréia, Cold and Terrible, para começar no mercado fonográfico com o pé direito.
A cancha obtida nos anos de shows, no final das contas, acaba sendo um aditivo quando os grupos conseguem gravar seus primeiros discos. Eles chegam no estúdio seguros de sua performance, afiados e depois de ter testado as músicas com as exigentes platéias do heavy metal. E é exatamente essa a imagem que passa o Tiger Cult. De uma banda segura, com composições muito bem amarradas.
A banda faz um heavy metal clássico, com fortes influências de grupos como Accept, Wasp e Judas Priest e Primal Fear, mas que, em diversas oportunidades, beira o thrash metal e tem até mesmo alguns toques death metal melódico, principalmente no vocal de Eric Piccelli, que lembra o Children of Bodon. A guitarrista Marina Takahashi é fantástica e proporciona os melhores momentos do álbum, com solos e riffs agressivos.
Renato Armani (guitarra), Vinnie Kuhlmann (baixo) e Eric Claros (bateria), completavam o time, sendo que o último foi o produtor de Cold and Terrible. Mas, os três não fazem mais parte da banda, que conta atualmente com Anderson Juan, Daniel Costa e Allan Juliano, respectivamente.
O álbum abre com Intro - Cold and Terrible, numa narração assustadora feita por Eric, ditando o clima 'frio e terrível' do trabalho, que segue com a rápida e forte Down the Bastards. A banda se sai melhor nos momentos mais thrash/death, como em Soldiers of the Loud, Angry Angel e Slave of Emptiness, sem dúvida os destaques do ótimo álbum, que já foi negociado com a gravadora belga Mausoleum e será lançado na Europa, Estados Unidos, Canadá, México, Turquia, Israel e nos países da ex-União Soviética.
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