Resenha - Sombre Romantic - Virgin Black
Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 24 de fevereiro de 2004
Nota: 10 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Desde a primeira vez em que ouvi o Virgin Black fiquei fascinado com o som da banda. Agora com o "debut" em mãos posso comprovar a minha agradabilíssima desconfiança.

Nota-se claramente, em todos os aspectos, a preocupação de todos em serem perfeitos e artísticos em tudo o que fazem. É uma banda de extremo, digo EXTREMO bom gosto, de uma musicalidade ÚNICA, dona de uma SENSIBILIDADE fantástica, que casam PERFEITAMENTE todos os elementos do seu som. Podem ter certeza que traduzir em palavras o que Virgin Black pratica é impossível. São composições de uma beleza fora do comum. Só ouvindo para entender o que eu estou tentando passar para vocês.
Eu sei que muitas bandas já excursionaram pelo mundo da ópera, da música clássica e do goticismo. Só que nenhuma delas chegaram perto do que o Virgin Black conseguiu fazer.
O grupo não se parece com nada que já ouvi anteriormente. Funde os sons e estilos de bandas como Black Sabbath, Type O Negative, Grave Digger e black metal de primeira, adicionando um toque único, particular e interpretativo. O resultado é maravilhoso.
Além de interpretar e encaixar brilhantemente os três elementos citados (ópera, música clássica e temática gótica) o Virgin Black é dono de um peso singular. São composições extremamente pesadas (e belíssimas) como "Drink The Midnight Hymn" que traduzem o que estou dizendo. A utilização dos vocais é de chorar. Às vezes operísticos, clássicos, límpidos e fortes. Outras, rasgados, guturais, bem extremos. São uma fusão de vocais thrash, death e black.
Consegue imaginar o que isso proporciona? Todos os integrantes que fazem os vocais do grupo têm timbres bem particulares, fortes e impactantes, aliados a uma beleza lírica fantástica e interpretações memoráveis.
"Stare", "Embrace" e "Walk Without Limbs", as primeiras músicas, que vão do mais clássico, sentimental e climático, ao puro death/black metal, aguçam a curiosidade para todo o resto, e deixam um belo sabor de grandeza e originalidade no ar. "Museum of Iscariot", que tem pouquíssimos elementos extremos, e é a mais longa do álbum (quase oito minutos), vai fazer você se curvar a esses australianos, tamanha a beleza de sua interpretação e a riqueza de seus arranjos, melodias e solos. "I Sleep With The Emperor" é a faixa mais pesada do álbum. Aqui vê-se toda a influência do black metal, principalmente nos vocais. "A Poet´s Tear of Porcelain" fecha a obra de forma fantástica, profunda e hipnotizante. Não deixa nenhuma falha no trabalho do grupo.
Eu recomendo, e muito, este álbum a todos que não conhecem. É uma pérola, uma raridade, e muito prazeroso e agradável a quem o escuta. Aproveite que eles acabaram de lançar o novo álbum ("Elegant... and Dying") que só pela faixa que ouvi já me deixou salivando, e fique esperto para adquiri-lo também.
Line – Up
Craig (Vocal – Guitarra)
Ian (Baixo – Vocal)
Rowan (Piano, teclados e vocais)
Samantha (Guitarra)
Dino (Bateria)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
A única música do "Somewhere in Time" do Iron Maiden que não usa sintetizadores
Guitarrista do Blind Guardian comemora ao receber seu "CPF"
Os três melhores guitarristas base de todos os tempos, segundo Dave Mustaine
Como James Hetfield, do Metallica, ajudou a mudar a história do Faith No More
AC/DC anuncia terceiro show em São Paulo; ingressos estão à venda
A melhor banda de metal de todos os tempos, segundo Scott Ian do Anthrax
A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
A música do Yes que Mike Portnoy precisou aprender e foi seu maior desafio
A maior lenda do rock de todos os tempos, segundo Geezer Butler do Black Sabbath
A banda que mais pode repetir sucesso do Iron Maiden, segundo Steve Harris
A banda que não ficou gigante porque era "inglesa demais", segundo Regis Tadeu
Slash dá a sua versão para o que causou o "racha" entre ele e Axl Rose nos anos noventa
A clássica do rock que Sammy Hagar chamou de "uma das piores gravações de todos os tempos"
O gênero musical que Fernanda Lira mais conhece além do heavy metal
A balada romântica que foi "uma benção e uma maldição" para a banda que a escreveu
John Bonham, Keith Moon ou Charlie Watts, quem era o melhor segundo Ginger Baker?


Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto



