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Resenha - Workingman's Dead - Grateful Dead

Por Rodrigo de Andrade (GARRAS)
Postado em 01 de junho de 2003

O Grateful Dead é o principal expoente musical do cenário hippie que aflorou em San Francisco em meados dos anos 60. Geralmente, são lembrados pelo seu envolvimento com os beatniks, pelas hordas de bichos-grilo que os idolatravam, pelas orgias psicodélicas que promoviam na Haight Street e pelas suas jams sessions viajandonas que nunca acabavam. O que poucos imaginam é que o maior sucesso comercial da banda foi com um álbum que nem de perto se assemelha a esse universo da contracultura sessentista.

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Lançado no dia 14 de junho de 1970, "Workingman’s Dead" é o quinto disco do grupo e, reconhecidamente, um dos seus melhores trabalhos. Logo de cara, nota-se que a banda procurou dar um direcionamento musical inusitado ao álbum. Jerry Garcia e sua trupe foram fundo nas raízes musicais norte-americanas e brindam o ouvinte com um repertório nitidamente influenciado pelo blues, country, folk, gospel, ragtime e bluegrass. E além dessa mudança de estilo, qualquer conhecedor do grupo (não precisa nem ser um dead-head) estranha o desaparecimento das longas improvisações (verdadeiras trilhas sonoras para viagens lisérgicas), tão características na obra do Grateful Dead. Como resultado, se têm canções muito mais concisas, melódicas, acústicas e despidas de qualquer excesso, nem parecendo se tratar do mesmo grupo. Incrível é constatar que a banda se garantiu muito bem apostando nesse novo foco musical.

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A primeira música da obra é "Uncle John’s Band". Foi o primeiro hit radiofônico do conjunto, ainda que tenha sido um single menor. Na versão do compacto foi suprimido cerca de um minuto e meio (e cortada a palavra "goddamn"). Algumas gravações de shows revelam que, em setembro de 1969, a banda já tocava uma primeira versão da música e, numa performance no dia 4 de dezembro, ela já estava acabada. Uma audição atenta revela que a canção foi inspirada em "Suite: Judy Blue Eyes", de Crosby, Stills & Nash, especialmente pelas harmonias vocais em três vozes, cantada por Garcia, o baixista Phil Lesh e o guitarrista Bob Weir. A faixa, que inicia com um belo trabalho de violões, segue com a bateria e percussão na maior manha, sem pegar pesado. Quando parece que a música chegou ao fim, o refrão é repetido sem acompanhamento e, então, a banda volta com tudo, garantindo um final explosivo. O Grateful Dead continuou tocando "Uncle John’s Band" regularmente durante toda sua carreira, e geralmente ela entra nas coletâneas da banda, provando que é uma faixa que merece ser ouvida.

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A segunda pérola do disco é "High Time". Com um walking bass que vai levando a canção, é uma das faixas mais tranqüilas e melódicas do álbum, com direito a três vozes no refrão. Tem um ótimo trabalho de slide e "foi feita para se ouvir na sombra". A melodia é um brilhante casamento entre o blues e o country.

Depois dela, é a vez de "Dire Wolf". Levemente mais animada, é cantada num estilo similar ao de Bob Dylan daquele período (dos álbuns John Wesley Harding e Nashville Skyline). Também, é possível perceber uma pitada de Flying Burrito Brothers, pelo "cheiro de faroeste" que a canção exala.

"New Speedway Boogie" é uma das mais pesadas do disco. Um bom blues-boogie-rock com riff marcante e direito a palmas. É uma música sobre o concerto de Altamont, de dezembro de 1969, onde um espectador foi morto durante a apresentação dos Rolling Stones por um Hell Angel, contratado para cuidar da segurança do evento. Como o Grateful Dead era uma das atrações, e estava lá, a composição aparece nesse seu primeiro álbum posterior ao acontecimento.

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A próxima música, "Cumberland Blues", é um bluegrass de refrão empolgante. A bateria e o baixo seguem num andamento jazzístico enquanto um banjo dá aquela pitada country. Os ótimos vocais reforçam a idéia de que a banda estava bebendo na fonte de Crosby, Stills & Nash.

O disco segue com "Black Peter", que apresenta fortes elementos de gospel e country. É uma balada bucólica, com um ótimo trabalho de órgão hammond. A partir da metade da canção, mais uma vez pode-se ouvir as harmonias em três vozes, enquanto a cozinha mantém o seu andamento e a melodia vai variando e se tornando mais rebuscada. Próxima do final, a harmônica da um brilho todo especial à música.

O álbum se aproxima do fim e é só então que aparece uma música originária dos primórdios da carreira do Grateful Dead. "Easy Wind" é uma das primeiras composições do grupo. Indiscutivelmente, a mais suingada do álbum, com baixo e bateria negróides. O vocal é mais grave que no restante do disco, e também cantado de modo muito mais queimado. As duas guitarras que permeiam toda a canção se lançam num longo solo, com direito a improvisações, no meio da faixa. Essa é mais uma característica que denota "Easy Wind" como pertencendo ao repertório mais remoto da banda.

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Por fim, "Casey Jones" encerra "Workingman’s Dead". Ao lado de "Uncle John’s Band", é uma das melhores composições do álbum. Também chegou a ser um dos poucos sucessos radiofônicos do grupo, até ser censurada e banida. Não era prá menos, a música, que já começa com uma "cafungada", é totalmente a favor das drogas e cheia de referências à cocaína. Tem um trabalho de slide muito bom. Em determinada altura, ela fica embalada (ou cocaínada, se preferir), quando desanda e acaba de forma bem light. Depois dela, fica a sensação de que a audição realmente valeu a pena. E a gente vai embora com o seu refrão na cabeça.

Portanto, "Workingmans’s Dead" não é só o álbum que deu ao Grateful Dead o certificado de um milhão de cópias vendidas (garantindo um lugar no Top 30). É também um dos melhores álbuns da banda, cheio de canções memoráveis. Nele, pode-se ver o grupo seguindo por aquele caminho (apontado pelo Buffalo Springfield, Dylan e a The Band) que tantos grupos (Byrds, CSN&Y, Flying Burrito Brothers, etc) tomaram após a falência do sonho hippie. É uma volta ao interior, ao campo, onde se buscou uma sonoridade mais acústica, melódica, e climas mais bucólicos. Enfim, é um grande registro de uma banda se aventurando em uma praia que não era a sua, e se dando muito bem nessa.

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Músicas:
1 - Uncle John's Band (Garcia/Hunter) 4:42
2 - High Time (Garcia/Hunter) 5:12
3 - Dire Wolf (Garcia/Hunter) 3:11
4 - New Speedway Boogie (Garcia/Hunter) 4:01
5 - Cumberland Blues (Garcia/Hunter/Lesh) 3:14
6 - Black Peter (Garcia/Hunter) 5:41
7 - Easy Wind (Hunter) 4:57
8 - Casey Jones (Garcia/Hunter) 4:24

Músicos:
Jerry Garcia: guitarras, steel, vocais
Bob Weir: guitarras e vocais
Robert Hunter: letras
Bill Kreutzmann: bateria
Phil Lesh: baixo e vocais
Ron "Pigpen" McKernan: harmonica, teclados e vocais
Mickey Hart: bateria, percussão
David Nelson: violão

Produção: Betty Cantor-Jackson, Bob Matthews e Grateful Dead
Capa, fotos e design: Greg Allen, Stanley Mouse e Henry Diltz
Engenheiros e mixagem: Tom Flye, Jeffrey Norman, Mickey Hart e Alembic
Técnico de Equipamentos: Scott Heard

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