Resenha - Elegy - Amorphis
Por Gustavo Dias
Postado em 09 de agosto de 2000
Banda finlandesa conhecida no underground pela sua fusão entre um death metal sórdido e um doom muito atmosférico, o Amorphis nos presenteia com um disco fascinante, que ampliou todos os horizontes musicais do grupo. "Elegy", lançado em 1996, serve como uma fase de transição entre o aclamado "Tales From The A Thousand Lakes" (1994) e a posterior fase do conjunto, sacramentada com o lançamento de "Tuonela" (1999). O que neste álbum vemos são criações de descomedido bom gosto, com passagens musicais bem cadenciadas, toques místicos orientais e folclóricos finlandeses, além de letras enigmáticas, baseadas diretamente nos poemas, contos e canções do Kantele, livro que, em conjunto de outro (o Kalevala), sintetiza criações dos últimos milênios da arcaica cultura finlandesa.
A musicalidade da banda parece ser algo latente em seus integrantes. Destaca-se a perfeita harmonia com que os diferentes direcionamentos musicais são agregados, sempre soando verossímeis e até belos em dados momentos. Interessante também o contraste proposital entre os vocais limpos e até certo ponto agressivos de Pasi Koskinen (que entrou no grupo neste disco) e os urros de Tomi Koivusaari (embora seus vocais ficaram um pouco baixos na mixagem deste disco - o único gol contra deste álbum).
Ouça as faixas "Better Unborn", "Against Widows", "Weeper On The Shore", "Relief" e a excepcional versão acústica de "My Kantele", fechando o disco com chave de ouro.
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