"Don't Break the Oath", 40 anos de um clássico do black metal
Por Isaias Freire
Postado em 13 de fevereiro de 2024
Eu poderia começar com o clichê "ame ou odeie", mas seria apenas um clichê. Confesso que por gostar mais dos graves do que dos agudos (gosto mais do estilo Dio do que Tarja Turunen) a banda de King Diamond não me empolgou muito quando a conheci, porém, hoje cada vez que escuto, eu passo a gostar mais. Este ano "Don´t Break the Oath" está completando 40 anos e, para comemorar, nada melhor do que a banda voltar ao Brasil como Headliner de festival.
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"Don´t Break the Oath" é o segundo álbum do Mercyful Fate e apesar do primeiro "Melissa" ser um clássico do black metal, gosto mais do "The Oath". Se em "Melissa" a banda, ainda por vezes, soava como os dois primeiros Iron Maiden, é aqui que ela deixa todas as suas amarras para cravar sua estaca no mundo do metal. A intermitência de falsetes e graves tornou-se marca registrada, e se King Diamond pegou a ideia de Alice Cooper em se maquiar e criar um personagem, o fez de uma forma que passou a ser referência para toda uma horda chamada "black metal".
O disco começa com três músicas enérgicas, os riffs são o ponto forte nas três, bem-construídos e Hank Shermann e Michael Denner com suas guitarras velocistas deixariam Alvin Lee do Ten Years After caminhando (durante anos 70 Alvin Lee era considerado o mais guitarrista rápido do rock). "The Oath" começa com um órgão sombrio, sons de trovão, chuva e um toque de sino que dão o tom para uma letra que renuncia a Jesus e elogia o mestre das trevas – aqui, ao trabalho das intermináveis guitarras, juntam-se um ótimo baixo e bateria. A faixa instrumental "To One far Away" se encaixa bem com o disco e faz uma cama para a última e ótima "Come to the Sabbath". O disco acaba com a certeza de que se tornaria um clássico.
Se o heavy metal conseguiu criar capas horrorosas como "Born Again" do Black Sabbath, aqui o designer Thomas Holm criou um clássico do heavy, com uma figura macabra envolta em chamas amarelas e vermelhas. É tudo o que um headbanger espera.
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