Resenha - Destination's End - Beyond Surface
Por Carlos André
Postado em 23 de outubro de 2004
(Century Media - nacional)
O grupo Beyond Surface realizou o sonho que qualquer banda iniciante possui: vencer um concurso e ganhar quatro semanas num estúdio - no caso o Karo Studios, na Alemanha - para gravar um disco. O evento em questão é o festival Young Metal Gods, organizado pela Noise Records junto a sete revistas européias especializadas em heavy metal. A demo Beyond Surface, lançada em 2003, e uma apresentação aclamada na final do concurso no Zeche Club, em Bochum, ofereceram ao grupo a oportunidade de se destacar entre centenas de competidores.

A demo em questão possuia cinco canções que sofreram alterações em relação a Destination's End, principalmente nos backing vocals, e a produção do álbum ficou a cargo da própria banda, mas com supervisão do renomado Piet Sielck, guitarrista, produtor e líder do Iron Savior. Isso indubitavelmente contribuiu para o ótimo resultado alcançado na sonoridade do CD, algo que o próprio grupo credita à "interferência" de Sielck.
Comparado a HIM e Sentenced, o Beyond Surface é classificado como gothic metal. Injusto, diga-se de passagem. As melodias das canções são alegres demais para serem consideradas góticas e depressivas, sem levar em consideração as letras, também com temáticas bem distantes dos conceitos anteriores. Sim, há influências dos nomes citadas, e também de Paradise Lost, mas a banda alemã tem outras características incorporadas ao seu som: heavy tradicional, pop e, principalmente, hard rock.
A música de abertura é um dos grandes destaques do álbum. From the Mountain é um belo cartão de visitas com seu refrão grudento. Em seguida temos a faixa-título, que alterna peso e melodia. Don't Let it Go tem um andamento bem hard e agrada pela melodia. Come Back and Stay, cover de Paul Young e sucesso pop na década de 80, ganhou uma versão com a cara do Beyond surface.
No campo individual, Gerrit tem uma voz agradável e versátil para o estilo, sendo possível para a banda enveredar por caminhos outros que não se restringem ao gothic. E este é um dos trunfos do Beyond Surface, ou seja, a capacidade de incorporar elementos diferentes à sua música. Um fato que comprova maturidade surpreendente para os jovens músicos que se apresentam somente pelo primeiro nome - além do vocalista Gerrit, a formação conta com os guitarristas Thorsten e Marten, o baixista Max, o tecladista Sascha e o baterista Löffel.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Brian May escolhe os 5 maiores bateristas e inclui um nome que poucos lembram
Disco do Pink Floyd atinge o topo das paradas do Reino Unido 50 anos após lançamento
Com shows marcados no Brasil em 2026, Nazareth anuncia novo vocalista
Cinco músicos brasileiros que integram bandas gringas
A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
O vocalista que irritou James Hetfield por cantar bem demais; "ele continua me desafiando"
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
O megavocalista que Axl Rose teve como seu maior professor; "eu não sei onde eu estaria"
A música "esquecida" do Dream Theater que fala sobre pilantragem
A banda que John Paul Jones considerava num patamar acima do Led Zeppelin
O hit de Raul Seixas que ele precisou compor rápido após 30% do álbum ser censurado
Turnês não rendem dinheiro, diz Gary Holt: "A gente toca para você vir visitar a nossa loja"
Blaze Bayley relembra reação de Steve Harris ao ser apresentado a "Man on the Edge"
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra
Saída do Scorpions marcou queda irreversível de James Kottak: "Bebia o tempo todo. Dia e noite"
O desconhecido conjunto brasileiro que Beatles gostou tanto que resolveu espiar o ensaio
O álbum "extremamente subestimado" do Pink Floyd que é o preferido de Max Cavalera
A mudança de opinião de Bruno Sutter sobre a depressão após morte de Fausto Fanti

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



