RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Linkin Park confirma três shows no Brasil e lança nova música

A música épica do Iron Maiden que influenciou clássicos do Metallica

Lars Ulrich considera "Toxicity", do System of a Down, um dos maiores discos de todos os tempos

O álbum que foi gravado por uma chantagem emocional da gravadora e marcou o rock pesado

O lendário guitarrista dos anos 60 que trocou a mesma Mercedes por cocaína duas vezes!

Paul Stanley e Gene Simmons se reunirão para show que contará com alguns convidados

A reação de Lars Ulrich ao ouvir Motörhead pela primeira vez; "Me deixou louco"

Kirk Hammett usa clássico do Led para explicar porque hoje "todos amam" o "Load" e "Reload"

Herman Rarebell solta o verbo e diz que foi ignorado por membros do Scorpions

As proibições que Lou Reed impôs a Kirk Hammett (Metallica) em "Lulu"

Nevermore já tem novos vocalista e baixista escolhidos

Zetro Souza não estava na mesma página dos colegas de Exodus, diz Gary Holt

Evanescence lança "Afterlife", música da trilha do anime "Devil May Cry"

John Petrucci relembra saída de Mike Portnoy do Dream Theater; "Ele queria parar, nós não"

O maranhense que gerou um dos primeiros grandes clássicos do rock nacional dos anos 1980


Stamp

Lou Reed NYC Man (2003): I'm Waiting for the Man

Por Rodrigo Contrera
Postado em 31 de dezembro de 2017

Todos somos de algum lugar. Mesmo quando isso não parece tão claro. Lou Reed era de Nova Iorque, e isso sem tirar nem pôr. NYC Man (Homem de NYC) é a coletânea lançada em 2003 que representa toda minha discografia do sujeito. Pouca. Mínima. Mas hoje temos Youtube.

Mas era estranho, porém, alguém se considerar de algum lugar - naquele fim de século (Lou vivia aquele momento em que tudo se tornava uma coisa só, afinal). Considero que ele correspondesse a um mesmo movimento, embora tardio, de retirar da Europa o centro das atenções. A pintura, a música, o jazz, o rock, o cinema, agora estavam em Nova Iorque. Claro que há mais na música. E no contexto geral.
Mas o seu lugar é aqui.

Lou Reed - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Tanto que ele próprio reconhece a atenção que deu à seleção, sequenciando-a e, com suas próprias palavras, pondo as pessoas certas para trabalhar na obra. Estamos, claro, numa época em que a integridade da obra toda parece responder a uma necessidade maior (uma espécie de coerência, de reafirmação de princípios, etc.). Algo diverso dos dias de hoje, em que pegamos tudo em picadinhos (o tempo todo). E em que não parecemos dar bola a esse tipo de coisa (obra preservada é coisa de outro tempo). Lou era um homem do século passado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

I'm Waiting for the Man

Os acordes aparentemente toscos do piano (de John Cale) desta faixa sempre me chamaram a atenção. Havia algo de moleque nesse jeito de tocar (e o próprio Lou nota no CD como a pegada é forte). Um jeito descompromissado de falar do "crime". Crime? Que crime? Ele (o protagonista) estava "apenas" esperando o Homem que iria lhe trazer a heroína de 26 dólares, ora. Algum problema nisso?

Velvet e I'm Waiting (original)

Assistir vídeo no YouTube

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

O garoto branco espera, e comenta enquanto espera, com os negros que o abordam, que não veio atrás das "mulheres deles". E que aprendeu logo que a primeira lição era saber esperar. Depois o garoto vai embora correndo, e comenta, como se sente bem agora. Pois é. A gente percebe que o mundo conspira contra ele. Mas que ele não liga.
Em que época estamos? Por volta de 1967 (quando eu nasci). Época de seriados como Columbo e Serpico (que vi de moleque). Época em que o mundo se tornava diferente, após e durante as lutas contra a segregação racial (o mundo politicamente correto nasceria ali). Mas onde estava Lou? Procurando sua fuga. Bissexual tratado com choques, de origem judaica, que não estava nem aí. Gostava de literatura e de rock, e de arte.
Sei algo daquilo que seja isso. Comentar a chegada do traficante. Mas pouco. Passei por meses as noites de dia e fim de semana num teatro do chamado underground paulista. Até aí nada demais. Mas o teatro fica no entroncamento da Frei Caneca com a Paim. Onde o pessoal ia quando a energia, digamos, acabava? Descia apenas um quarteirão. É lá que ficava o sujeito de "paletó e chapéu de palha" (sqn). Por vezes, a pessoa já chegava abastecida, claro. Por vezes, estava na fissura e era obrigada a sair.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Matéria sobre o underground em NYC naquela época
http://www.telegraph.co.uk/travel/destinations/north-america/united-states/new-york/articles/The-Velvet-Undergrounds-New-York-in-search-of-the-citys-darker-side/

O jeito simples e matreiro com que o Lou aborda um assunto corriqueiro para quem vivia como ele causa sensação até hoje. É como se não houvesse lei nem culpa ou responsabilidade rondando nada do que acontece. Como se fosse natural. Porque era natural. Ocorre que o mundo mudou. E tudo se torna mais complexo, e há coisas em meio a tudo isso. E a simplicidade do Lou Reed da época chega quase a chocar. Sinal dos tempos.
Basta repararmos na edição original da música, neste CD, e em versões inspiradas (algumas delas que posto por aqui), para diagnosticarmos o óbvio: ninguém superou o original. Pouco importa que Cale se meta a fazer isso num concerto milionário. Ou que Echo tente algo com violões. A própria versão de Bowie, que foi seu parceiro em algumas obras, parece mais datada, inclusive. Creio que parte da razão para isso está no caráter eminentemente tosco do original. Algo de selvageria, ali. Algo de momento. Algo de real. O resto, por melhor tocado que seja, é edulcuração. Dourar uma pílula desnecessariamente. O título da música virou título de livro para falar de rock e drogas. Nada mais óbvio, de certa forma.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Livro

Velvet sem Cale e I'm Waiting ao vivo no Matrix

Assistir vídeo no YouTube

Outras versões

Echo & The Bunnymen

Assistir vídeo no YouTube

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

Velvet (Cale and Musk) tocam a música
https://www.rollingstone.com/music/news/see-velvet-undergrounds-waiting-for-the-man-reunion-w508487

Bowie - I'm Waiting for the Man

Assistir vídeo no YouTube

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Bangers Open Air


publicidadeEfrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Glasir Machado Lima Neto | Richard Malheiros | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Rodrigo Contrera

Rodrigo Contrera, 48 anos, separado, é jornalista, estudioso de política, Filosofia, rock e religião, sendo formado em Jornalismo, Filosofia e com pós (sem defesa de tese) em Ciência Política. Nasceu no Chile, viu o golpe de 1973, começou a gostar realmente de rock e de heavy metal com o Iron Maiden, e hoje tem um gosto bastante eclético e mutante. Gosta mais de ouvir do que de falar, mas escreve muito - para se comunicar. A maioria dos seus textos no Whiplash são convites disfarçados para ler as histórias de outros fãs, assim como para ter acesso a viagens internas nesse universo chamado rock. Gosta muito ainda do Iron Maiden, mas suas preferências são o rock instrumental, o Motörhead, e coisas velhas-novas. Tem autorização do filho do Lemmy para "tocar" uma peça com base em sua autobiografia, e está aos poucos levando o projeto adiante.
Mais matérias de Rodrigo Contrera.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS