Rolling Stones: Pedras que Rolam deixam traços no limbo

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As obscuridades lisérgicas da maior banda de rock de todos os tempos.

São muitas as músicas feitas pelos ROLLING STONES que estão espalhadas por coletâneas e versões americanas / britânicas dos primeiros álbuns, além de compactos esquecidos no tempo.

É um trabalho prazeroso pesquisar sobre elas e tentar agrupá-las numa matéria. Porém, vamos nos ater principalmente à época psicodélica.

Existem 3 coletâneas com várias músicas descartadas em gravações, cedidas à outros interpretes ou apenas figurantes de álbuns oficiais britânicos, que retratam o período psicodélico dos ROLLING STONES, que vai um pouco antes de "Between the Buttons"(1967), até um pouco depois de "Their Satanic Majesties Request" (1967).

A primeira delas, "Flowers"(cuja capa é do artista TOM WILKES, que criou a identidade visual do "Monterrey Pop Festival"), foi uma coletânea lançada em 1967, o verão do amor, nos EUA. É uma reciclagem de faixas da versão inglesa de "Between the Buttons" e contém também algumas faixas nunca antes lançadas: "Have You Seen Your Mother, Baby", que contém arranjos experimentais; "Sitting on a Fence", uma balada folk-psicodélica; um cover suave de "My Girl", clássico do R and B; "BackStreet Girl", uma canção sarcástica em ritmo de psicodelismo folk.

"Metamorphosis", coletânea lançada em 1975, era para ser (segundo o desejo de Bill Wyman), um extenso apanhado que se configuraria num arquivo sonoro de todo o trabalho alternativo da banda.

Mas, segundo produtores da gravadora, o álbum se tornou uma coletânea enxuta, que prioriza músicas de autoria dos próprios Stones, o que geraria mais lucros do que lançar todo o trabalho alternativo (que contém muitos covers).

As faixas de "Metamorphosis" são heterogêneas, indo de descartes da era psicodélica como: "I don't Know Why" de STEVE WONDER, mixada no dia da morte de BRIAN JONES, e "Memo from Turner", até músicas do começo da banda que foram gravadas por outros cantores. Destaques para: "Memo From Turner", trilha sonora do filme "Performance"; "Downtown Suzie", composta por Bill Wyman; "I Don't Know Why" - Blues, soul, feeling psicodélico à la JIMI HENDRIX.

A 3º coletânea importante, que contém lado B dos ROLLING STONES, é a coletânea britânica "No Stone Unturned", lançada em 1973, repleta de canções inéditas. Destaque para a lisérgica e soturna canção "Child of the Moon".

Este disco apresenta ainda outras preciosidades como "Who's Driving Your Plane" e "Sad Day", esta ultima é uma canção de rock and roll e psicodelia precoce (idos de 1964/1965), incrivelmente injustiçada. A coletânea ainda conta com um cover de "Poison Ivy" (Venenooosa, yêhehehe, Eva Venenoosa, yêyêyê, seu veneno é Cruel.

Outro destaque a parte é a faixa "Stoned", um blues diferente de todos os outros gravados pelos Stones.

Uma boa fonte é o livro de Alan Clayson: "Rolling Stones - gravações comentadas e discografia completa":
http://www.dropmusic.com.br/index.php/ultimas-noticias/3254-discografia-comentada-dos-stones-e-lancada-no-brasil