Steppenwolf
Postado em 06 de abril de 2006
Por Carlos, o Chacal
John Kay ainda era uma criança, quando foi para o Canadá fugindo da perigosa Alemanha Oriental pós-guerra. Foi acolhido pelas Forças Armadas e lá começou a trabalhar numa rádio amadora. Bastante influenciado por Little Richard e Chuck Berry resolveu fazer do Rock ‘n Roll a sua vida.
Sempre rebelde, aos 14 anos de idade, Kay de repente se viu do outro lado do Atlântico, em Toronto, Canadá, com um violão na mão. Aprendeu inglês com uma rapidez incrível e começou a executar, na rádio em que trabalhava, as músicas de sua preferencia.
Após sair do colegial, Kay começou a tocar blues acústico em cafeterias e bares da região. Não demorou muito para que conhecesse e se unisse à banda canadense The Sparrow, em 1965, enquanto tocava na Toronto Yorkville Village.
O grupo viajou de Toronto para Nova Iorque e depois para São Francisco fazendo um show atrás do outro, tendo como conseqüência uma integração completa no cenário musical da região.
Em 1967 a banda se separa depois de várias tentativas fracassadas de lançar um disco pela Columbia Records. Dois meses depois, John Kay forma a banda Steppenwolf em Los Angeles com os americanos Michael Monarch na guitarra, Goldy McJohn nos teclados e os canadenses Rushton Moreve no baixo e Jerry Edmonton na bateria.
Conquistam um público nunca esperado com o lançamento do single "Born To Be Wild" em 1968 escrito pelo guitarrista do The Sparrow, Dennis Edmonton, e seu irmão baterista Jerry. Canção essa que se tornaria mais tarde um dos maiores clássicos do Rock se imortalizando no clássico filme de Dennis Hopper, "Easy Rider".
Antes de gravar o primeiro disco, John Morgan substitui Moreve no comando do baixo, e lançam então o esperado álbum com o mesmo nome do single de sucesso anterior, "Born To Be Wild". Empurrado pelos outros hits "Magic Carpet Ride", "The Pusher" e "Rock me", o debute alcança o segundo lugar na lista dos mais vendidos em poucas semanas.
Decididos a se aproveitar do sucesso instantâneo, a banda começa a compor sobre assuntos contemporâneos como política, drogas e preconceito racial, e com mais uma mudança de formação, desta vez com Larry Byrom assumindo a guitarra e o alemão Nick St. Nicholas no baixo (ex-membros da Time), lançam o disco "Monster", outro álbum de sucesso nos Estados Unidos. As constantes mudanças de seus integrantes, entretanto, minaram a estabilidade do grupo.
Em meio aos anos 70, Kay decide terminar com o grupo e embarca em carreira solo lançando discos como "Forgotten Songs", "Unsung Heroes", "My Sportin' Life And All In Good Time". No fim dos anos setenta, porém, Kay percebeu vários falsos grupos usando o nome Steppenwolf que estavam fazendo turnês e denegrindo a reputação da banda original criada por ele. Em 1980 decidiu agir, e rapidamente a John Kay Band se tornou John Kay e Steppenwolf. Vários anos de turnês intensivas se seguiram e resultaram na reconstrução do nome. Para restabelecer esse nome, John Kay e Steppenwolf lançaram cinco álbuns e viajaram durante todos os anos pelo mundo, mas não com a mesma força de antes.
Na metade dos anos 80, Kay deixa a banda novamente e passa a produzir e compor para os sócios Michael Wilk (teclados, baixo, vocais) e Ron Hurst (baterista e vocalista). A banda passou a ser conduzida então pelo guitarrista Danny Johnson.
Em 1994 Kay retorna triunfalmente com o Steppenwolf para tocar em concertos na antiga Alemanha Oriental onde ele se reencontrou com os amigos e parentes que não via desde os 4 anos de idade, e nessa oportunidade aproveita para lançar a sua autobiografia intitulada de "Magic Carpet Ride"
Com vendas globais de mais de 20 milhões de discos por todo o mundo (e aumentando anualmente), suas canções entram cada vez mais para uso em cinema e televisão, e o grupo continua gravando e fazendo shows. Lançam então uma coletânea com 25 sucessos ao vivo, incluindo 2 inéditas gravadas durante a The Silver Anniversary Tour Recordings.
Em 1996 eles lançaram um dos mais pesados discos da banda, o "Feed The Fire" pela Winter Harvest Records. Com o mesmo nome desse último álbum sai o único vídeo da banda.
Kay foi introduzido pela Academia Canadense de Artes Gravadoras e Ciências (CARAS) no Hall Of Fame em março de 1996. Com um fã-clube ativo e realizando anualmente o Wolf Festival, a banda continua tocando e se apresentando esporadicamente, porém não mais com a magia do final da década de 60.
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